Transcrição dos comentários do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/09/2008, sobre como algumas empresas podem usar o Orkut para avaliar um candidato a emprego.
Áudio original pode ser conferido no site da CBN.
Orkut pode ter relação direta com o próximo emprego de muita gente
O Orkut é uma vasta rede de relacionamento social que foi criada em 2004, por um engenheiro do Google. Em seus 4 anos e meio de existência, o Orkut se transformou em um fenômeno no Brasil. Mais da metade dos usuários mundiais do Orkut está aqui: são mais de 12 milhões de pessoas, e desse total, 60% são jovens com menos de 25 anos. Exatamente a faixa etária em que há o maior índice de desemprego no Brasil.
Qual é a relação do Orkut com o desemprego? Absolutamente nenhuma. Mas o Orkut pode ter uma relação direta com o próximo emprego de muita gente.
Eu já tinha ouvido falar de empresas que vinham utilizando o Orkut para avaliar candidatos a emprego. E finalmente tive contato com uma delas. Antes da entrevista, a empresa procura o candidato no Orkut, e muitas vezes, realmente encontra. Aí, com uma simples leitura, o entrevistador descobre como o candidato realmente é, quando expressa suas opiniões livremente. Na entrevista, alguns dos pontos de vista que o candidato colocou no Orkut são inseridos no meio daquelas perguntas rotineiras, que todo entrevistador faz. E a maioria dos candidatos sabe que não seria prudente repetir em entrevistas, algumas das coisas que em princípio, foram escritas apenas para os amigos internautas.
Segundo o recrutador me disse, o objetivo de usar o Orkut não é o de avaliar as opiniões pessoais do candidato sobre qualquer assunto. Cada um é livre para achar e dizer o que bem entender. A entrevista serve para verificar o quanto o candidato é sincero e autêntico. Ou, em outras palavras, se ele não vai afirmar na entrevista o contrário do que afirmou no Orkut.
O mais importante é que essa empresa, com a qual eu conversei, avisa o candidato antes do início da entrevista que o Orkut foi pesquisado. Mas certamente, devem existir empresas que pesquisam e não avisam. Fica o alerta, quem sabe, para ser discutido, com o devido cuidado, num fórum do Orkut.
Max Gehringer, para CBN.
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