Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/11/2008, sobre o que os empregados devem fazer num processo de fusão. Será que foi motivada pela fusão dos grandes bancos?
O áudio original se encontra no site da CBN (neste link).
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Consulta sobre processos de fusão
Consulta de uma ouvinte em processo de fusão. Ela diz: "Trabalho em uma grande instituição que se fundiu com outra grande instituição. Como a nossa instituição é a menor das duas, estamos preocupados. Nosso gerente disse que não haverá demissões e que o importante será buscar sinergias."
Certo. O seu gerente falou o que cabe a ele falar. Mas, vamos por partes.
Em épocas de crise, como a atual, sempre aumenta o número de empresas compradas ou fundidas. Separadas, duas grandes empresas fazem muita onda. Juntas, elas provocam um tsunami. Para se proteger, os concorrentes diretos também partem para fusões ou saem comprando empresas menores. Quando a borrasca termina, a quantidade total de concorrentes diminui, e os que sobram se tornam mais fortes e mais aptos a concorrer.
O seu gerente está certo quanto às sinergias. Quando duas empresas se juntam, cada uma pode contribuir para melhorar a outra. Mas quando seu gerente diz que não haverá demissões, não leve isso ao pé da letra. Primeiro, porque não existe a fusão perfeita: aquela em que as duas empresas fundidas continuam a ter vida própria e independente: uma delas prevalercerá sobre a outra, e é fácil descobrir qual será ela. Basta ver quem ocupará os cargos mais importantes após a fusão.
Aí é que entra a parte da sinergia. Se as duas empresas possuem áreas idênticas, como por exemplo, processamento de dados, certamente haverá também duplicidade de funções. Ao juntar as duas áreas numa só, sobrará gente. E a sinergia, nesse caso, será tecnológica, e não humana.
Eu não conheço um só processo de fusão, no Brasil ou fora dele, que tenha resultado em mais contratações, pelo menos no primeiro momento. As demissões são uma consequência quase natural. Imagino que seu gerente chamará a isso de "pequeno ajuste", mas ele também poderá vir a ser um dos "ajustados".
Nesse momento, de compreensível preocupação, o mais importante é o empregado da empresa fundida se convencer de que a sua antiga empresa já não existe mais, mesmo que o nome dela continue a existir. Os que entenderem isso mais rapidamente correrão menos riscos de serem "sinergizados".
Max Gehringer, para CBN.
Demissões??? Maxiiiiiiiina, quase num existem!
ResponderExcluirEssa daí certeza funcionária do Unibanco! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHU!!!
Ai, amei o site cute overload!
ResponderExcluirArigato!
Bjs