(Mara Luquet)
Bem, a questão é claro, não se resume à conta do restaurante, mas às despesas do casal. E cita a reportagem feita pela Marili Ribeiro, para a revista Elas & Lucros, muito boa, sobre essa questão.
Resumindo: você, macho, pague a conta. Se não de todos os encontros, no mínimo, do primeiro. E fique esperto, se ficar pegando algumas "gatinhas mocinhas", cuidado pra não ficar pagando uma maria-cartão-de-crédito (hehehe, acho que acabei de inventar essa expressão!).
A reportagem está na íntegra no blog da Mara Luquet, mas eu separei alguns trechos.
A introdução da reportagem, que já dá o tom dela:
A mesa estava localizada no melhor canto do salão. Tinha sido reservada e escolhida por ele. A iluminação indireta, acrescida de suave luz de velas ao centro, era perfeita. Mais do que isso, convidativa para uma conversa a dois. Para completar, a refeição servida estava na medida e o vinho, novamente uma escolha dele, era, como diriam os gourmets, a melhor opção para harmonizar com os sabores dos pratos. Tudo caminhava para uma noite de sonhos até o momento em que veio a conta, e ele a empurrou na direção dela com a fatídica frase: "Vamos dividir?".
Para a maioria das mulheres, não importa a idade nem a condição econômica, uma atitude como essa no primeiro encontro gela o clima, choca e estraga o romance. Mesmo a mulher bem-sucedida e independente, com dinheiro suficiente para gastar como bem entender, dificilmente aceitará um deslize tão grande. Exceções podem existir, mas que ninguém tenha dúvidas. Essa é a norma. Catherine Duvignau, empresária que, entre outras ações de sucesso, tem no portfólio a iniciativa de trazer para o Brasil a Cow
Parade, é categórica: "Eu brocho, literalmente", diz, com seu charmoso sotaque francês.
(Catherine Duvignau: nos encontros iniciais o homem deve assumir o papel de cavalheiro e pagar a conta)
Reforçando, se você for sair com uma mulher mais velha, tenha cacife:
A questão da divisão de contas poderá até desaparecer nas próximas gerações, mas, por enquanto, ainda é culturalmente forte o papel do homem cortês que paga as despesas, pelo menos nos primeiros encontros. "Na minha faixa etária é inaceitável sair com um cavalheiro e dividir a conta com ele", diz Lilice Sadek, viúva, com boa situação financeira e também mãe de dois filhos. "A minha filha acha natural dividir a conta com seus colegas, mas, mesmo assim, o namorado dela faz questão de pagar quando os dois saem sozinhos."
E se for sair com uma mulher mais nova, de preferência, tenha cacife também:
Assim como Lilice, as mulheres mais jovens também esperam atitudes cavalheirescas, ainda que tenham sido criadas em ambiente de maior participação feminina nas decisões de vida, como constata o psicoterapeuta Carlos Alberto Carvalho. Ele vê nisso não só uma questão cultural, mas de valorização do encontro. Ao pagar a conta, o homem dá demonstrações de interesse real na mulher, além de respeito e atenção para com ela.
"A grande maioria das mulheres, minha filha inclusive, adora delicadezas masculinas, em especial a de eles se oferecerem para pagar as contas", diz ele. "Algumas até fazem a cena do ‘vamos dividir’, mas esperam que a resposta seja um sonoro não." Para ele, essa reação está muito vinculada ao fato de 99% das mulheres terem o projeto de ser mães. Diante disso, a expectativa é de conviver com um homem que dê conta de bancar, pelo menos, parte dos compromissos. O homem deve ser, no imaginário feminino, provedor e acolhedor, dando assim sinais de afeto compatíveis com a condição de futuro pai.
Mas tome muito cuidado com este grupo:
Há, porém, outro grupo, bem diferente e cada vez maior, que é o de jovens que só saem com rapazes que ostentam riqueza. "É um tipo que escolhe a parceria pelo modelo do carro e pelas roupas de grife que ele use", revela Carvalho. "Elas se sentem privilegiadas por compartilhar programas com os bem-sucedidos. Fazem, no consultório, comentários do tipo: ‘Nós tomamos um vinho que custou 600 reais’. Pergunto se era francês ou italiano, e, invariavelmente, não sabem responder, porque não há prazer em tomar o vinho em si, mas sim no status", completa ele.
E a conclusão é:
É possível que, daqui a algum tempo, seja perfeitamente aceitável que homem e mulher dividam a conta logo no primeiro jantar, sem implodir a possibilidade de um romance. Por enquanto, não é assim. Aos cavalheiros preocupados em tratar bem uma mulher, sobretudo no ritual do primeiro encontro, recomenda-se que não esqueçam o cartão de crédito.
Não vai dar pra eu ler tudo agora, o que é uma pena, e tb pode ser que meu comentário já esteja ilustrado de alguma forma na reportagem. Mas perceba: acho tão besta esse negócio de o homem paga a conta.
ResponderExcluirSei lá, acho que a sociedade evoluiu, e a não ser que vc seja bem mais rico que a mulher e a leve para jantar no Fasano, não vejo porque não rachar a conta, mesmo que seja no primeiro encontro.
Claro, dá todo aquele ar de "nossa, que cavalheiro, não me deixa pagar a conta e pans", mas tb me deixa um pouco constrangida [falando de mim, tá?], pensando que o cara já acha que eu vou só explorar ele.
A única coisa que eu não faço questão NENHUMA de rachar conta é de motel. Aí já é ouuuuuuutra história.
Vixi, Andarilho...
ResponderExcluirBom, vamos lá:
Sou uma romântica... "machista"? Basicamente sou aquilo que as feministas têm horror e aquela a quem os homens não entendem, LOL!!!
Particularmente não acho que seja obrigação dos homens pagarem as contas, mas não significa que não goste, rs. O que eu realmente abomino é a idéia da obrigação, do forçado. Se o rapaz tem essa educação, cresceu assim, eu acho muito gentil. Mas não gosto daqueles que pagam e ficam ou se exibindo por pagarem ou resmungando por isso. Precisa ser natural.
Mas só me sentiria bem com o rapaz que apesar de pagar me visse como alguém, não alguma coisa. Em geral os homens que costumam pagar a conta (e fazerem papel de romântico ou seja lá qual for a idéia) chegam com comentários do tipo: "tinha que ser mulher" - quando falam de alguma barbeiragem. Isso sim pra mim é brochante, como diz a Catherine.
É uma noção tão complexa na minha mente que pra explicar o que eu sinto, só numa discussão, um tetê-a-tetê, que eu consigo expor minha idéia. Hahahaha!
Hummm... eu sempre me ofereço pra pagar a conta no primeiro, no terceiro, em todos os encontros. Pra mim rege a regra do.. eu convidei, eu pago. Se ela me convidar e quisér rachar, tudo bem, mas eu convidando me sinto na obrigação.. sabe..
ResponderExcluirDo comentario da Ana P.
"Sei lá, acho que a sociedade evoluiu, e a não ser que vc seja bem mais rico que a mulher e a leve para jantar no Fasano, não vejo porque não rachar a conta, mesmo que seja no primeiro encontro."
Conheço uma guria que toda vez que saimos, sempre rachamos.. Quando eu tomo a frente e não deixo ela pagar metade, ela briga comigo, que eu não sou o pai dela, que não tinha que fazer isso.. bem guria independentes é assim msm.
Comentário importante..
"Mas só me sentiria bem com o rapaz que apesar de pagar me visse como alguém, não alguma coisa. Em geral os homens que costumam pagar a conta (e fazerem papel de romântico ou seja lá qual for a idéia) chegam com comentários do tipo: "tinha que ser mulher" - quando falam de alguma barbeiragem. Isso sim pra mim é brochante, como diz a Catherine."
Anotado... Obrigado pelo conselho.
@AnaP, vc faz parte do outro grupo de mulheres, que tem medo de parecer exploradoras, huhuhu. Não coloquei no post, mas a matéria completa tem uma parte falando disso.
ResponderExcluirE eu que ia te convidar pra rachar umas horinhas no motel, hauhauhauh.
@I-Pixel, esse tipo que fala "tinha que ser mulher", se pagar a conta, tá fazendo isso só pra tentar impressionar (e levar logo pra cama) mesmo.
Essas são pessoas que só enxergam estereótipos, e não pessoas.
@Gerundino, vc que faz bem. Li num desses negócios de etiqueta, que independente de se for um encontro romântico ou não, a boa prática pede que quem convidou, paga.
Vim para aqui pelo Ueba e quando olhei de novo pensei, conheço esse blog rsrsrs.
ResponderExcluirEu pensei que era "cacife" ou algo do gênero, pra mim cacique era índio, bom mas enfim, se necessário eu divido a conta sim, não porque é obrigação, bonito, machista ou feminista, mas acho que dinheiro de todo mundo tem valor, portanto nada de exploração. Se ele tiver mais e puder pagar ok, se não nóis divide sem problemas, o negócio é não deixar de se divertir por causa desses "protocolos" da sociedade.
Beijundas ^^
Eu nem tinha reparado... Mas já consertei, valeu Cristal.
ResponderExcluirVou resumir o que diz o guru dos relacionamentos, e sem revelar seu nome pois isso é segredo...
ResponderExcluirÉ você quem escolhe.
Há dois papéis distintos que o homem pode assumir diante do imaginário feminino. O de provedor e o de "lover" (amante).
Se você, desde o primeiro encontro, opta por pagar as contas, é o provedor quem assumirá as rédeas dessa relação. Mas se você optar por dividir as contas, alternativamente ou não, fazendo isso de forma natural, ou por uma regra do tipo "quem convida paga", é o papel de bom amante que falará por você.
Uma pesquisa na Inglaterra revelou que mais de 50% das crianças de casamentos estáveis não eram filhos dos respectivos maridos da relação. Mas sim, de um conquistador, ou, em outras palavras, um bom espécime com potencial de fornecer uma boa "prole", ou seja, o "bom amante". É você quem escolhe.
Mulheres buscam, naturalmente, segurança na relação. Mas são sexualmente atraídas pelo tipo confiante, aquele que não "paga" para estar com ela e nunca mostra tal necessidade e ainda, o pior, agem com um "quê" de cafajestia.
existe um site bem legal para rachar contas... www.rachaconta.com.br
ResponderExcluirBom, como esse artigo provavelmente foi escrito por uma mulher aproveitadora e preguiçosa, vou dar o meu parecer (aceito contra-respostas).
ResponderExcluirMulher que espera que o homem pague todas as contas, seja provedor e sustente todas as suas necessidades financeiras, não passam de prostitutas informais. OK, vou ser linchado, mas vamos às explicações.
Uma mulher que espera algum certo de benefício ou retorno financeiro por um encontro com ela é uma prostituta, podem procurar nos dicionários. Se o homem não paga a conta do restaurante ela não sai? Se ele não for provedor de todas as contas de casa, ela não vai casar? A desculpa é o cavalheirismo? Tá bom, nós estamos no século 21, as mulheres não queimaram sutiã e exigiram direitos iguais? Agora aceitem!
Agora se vocês querem "cavalheirismo" e dizem ser "a moda antiga", então vamos fazer o serviço completo. O homem paga tudo, sustenta todas as suas necessidades e em troca vocês passam o dia em casa, cuidando dos filhos, lavando a louça, passando roupa e limpando os banheiros, como boa dona de casa do século passado. Ahhh, aí vocês não querem, né?! Desculpe, quem pensa assim não passa de prostituta, não quero ofender, está no dicionário. Aproveitadoras!
Só pra constar, sou homem, empresário muito bem financeiramente e pago todas as contas da minha namorada PORQUE EU QUERO, não por ela achar minha obrigação, muitas vezes ela briga comigo e enfia o dinheiro no meio da conta dizendo ser um absurdo eu pagar tudo. Faço questão de pagar, porque isso é uma mulher de verdade, e não uma garota de programa que espera algo em troca por um encontro com ela.
Tem um aplicativo para iPhone que ajuda a dividir a conta, se chama Dividir a Conta e esta disponível na Apple App Store de graça: http://controlesuasfinancas.blogspot.com/
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