Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/02/2009, com seis sinais de que uma empresa é rápida e ágil apenas no discurso, e na ação, lenta.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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Em terra de perdedores, quem empata se sente rei
Não é novidade para ninguém que as empresas precisam ser ágeis, atualizadas, espertas, ligadas. Existe porém um tipo de empresa muito interessante: aquela que é rápida no discurso, mas devagar na ação.
Normalmente, quem trabalha em uma empresa assim, quase não percebe que ela está andando para trás, porque parece que vai indo para a frente e a todo o vapor.
Eu trabalhei em uma empresa assim. E não por coincidência, alguns anos depois, ela quebrou. Para surpresa dos clientes, dos fornecedores e, principalmente, dos funcionários. Então, aqui vão alguns sinais de que uma empresa está devagar, mas não parece.
Primeiro sinal: tudo tem desculpa. Se um projeto não dá certo, ou se um resultadonão é atingido, a culpa é sempre da concorrência, que sonega. Ou da legislação, que é antiquada. Ou da economia que é imprevisível. Ou da globalização. Ou de um terremoto nas Ilhas Galápagos.
O segundo sinal: tudo é desproporcional. A punição é desproporcional ao erro. A comemoração é desproporcional ao resultado.
Terceiro sinal: fala-se muito em novos projetos, mas poucos projetos são de fatos implantados. Normalmente, novos projetos vão sendo adiados com base em uma frase sem muita consistência: "Agora não é o momento".
Quarto sinal: novas idéias são incentivadas e aplaudidas. Mas são rapidamente engavetadas ou esquecidas.
Quinto sinal: fala-se muito em futuro, mas as boas histórias são sempre as mesmas e de um passado já distante.
Sexto sinal: os objetivos são muito agressivos. Mas a agressividade fica só no papel. Depois, na vida prática, tudo volta ao primeiro sinal, o das desculpas. E aí o ciclo recomeça.
Mesmo assim, a direção da empresa continua parecendo motivada e empolgada. E o motivo é simples: em terra de perdedores, quem empata se sente rei.
Hum... daquele tipo de empresa dirigida por pessoas que se nivelam por baixo.
ResponderExcluirCompreendo: não é o caso da minha.
Ouch! O que dizer daquelas multinacionais gigantescas de anos de "estrada" que são mantidas pela "marca" ao invés da qualidade?
ResponderExcluirIxi... reconheci todos os sinais... e agora? Espero por 2012? rs
Ah, 2012 está tão pertinho...
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