2009-04-05

A melhor maneira de encontrar um emprego - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/04/2009, com uma explicação de como a melhor maneira de encontrar um emprego evoluiu com o tempo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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A melhor maneira de encontrar um emprego

classificados emprego
Uma ouvinte faz uma consulta sobre as artimanhas do tempo. "Antigamente", diz ela, "o melhor método para se buscar empregos era através de anúncios de jornal. As melhores vagas apareciam no caderno de classificados. Qual é a melhor maneira de se ter acesso, atualmente, às vagas disponíveis?"

Não sei exatamente a quanto antigamente você se refere, mas imagino que seja até o comecinho da década de 80, há quase 30 anos. De lá para cá, surgiram três palavras novas que mudaram a situação, para tristeza dos jornais, cujos cadernos domingueiros de empregos pesavam quase um quilo. A primeira palavra, que na verdade são duas, é headhunter. A segunda é internet. E a terceira é networking.

Já a partir da década de 70, os headhunters parassaram a substituir os jornais, no caso daquelas vagas que traziam um título antes da função, como gerente, diretor, presidente. Sobraram então, para os jornais, as vagas técnicas ou não-especializadas.

E aí veio a internet. E a possibilidade de postar o currículo num site, garantindo uma visibilidade que as antigas páginas de jornais não podiam oferecer. Ou pelo menos, é isso que os sites apregoam.

E finalmente veio a palavrinha que mais lhe interessa: networking. Das vagas que as empresas têm aberto, nos últimos cinco anos, no mínimo, só uma pequena quantidade chega a ser divulgada externamente. A oferta de bons candidatos tem sido tão grande, que alguém da própria empresa se encarrega de recomendar um potencial ocupante.

Embora não existam estatísticas perfeitas a esse respeito, não mais que 3 de cada 10 vagas entram em algum processo de seleção que envolva instituições fora da empresa, como agências de recrutamente, internet ou jornais.

Em ordem de chance de conseguir um emprego, ter um currículo apresentável e mandá-lo por correio ou por email, ou postá-lo num site, gera infinitamente menos respostas do que conhecer uma pessoa que esteja interessada e tenha condições de fazer uma recomendação pessoal.

Isso é o que mudou de antigamente até agora. Embora tenhamos caminhado para frente, principalmente em termos de tecnologia e de relações humanas, no fundo no fundo, voltamos a muito mais antigamente ainda, quando ninguém sabia ler ou escrever, e os empregos eram arrumados por referência direta de alguém que já estava empregado e gozava da estima do patrão.

Max Gehringer, para CBN.

4 comentários:

  1. Não sei se eu já te contei, mas tenho me aproveitado de suas transcrições para enviar textos bacanas sobre comportamento profissional para a galera da minha empresa... Você tem me quebrado um galhão...

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  2. Que bom que alguém acha útil.

    Sabe que às vezes dá um desânimo de fazer, por isso é bom ver que tem gente que gosta. :)

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  3. Ah, vou parar de comentar então! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!

    Hoje é o dia que Andarilho quer confete...

    Olha, só pra complementar aí o pensamento do Guéri-guéri, acho que concurso público é uma das formas de se arrumar emprego que não depende NECESSARIAMENTE de indicação.

    Eu disse NECESSARIAMENTE. Dependendo do cargo público, a gente saber que só se emprega mediante indicação.

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  4. Ah, Ana, eu sei que vc é viciada em comentar, hauhauhauha.

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