Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/05/2009, sobre porque as empresas exigem curso superior e idiomas, enquanto que para o presidente da república, isso é desnecessário.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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Empresas exigem cursos e idiomas desnecessários para o desempenho da função
"Não estou conseguindo emprego porque não tenho escolaridade", escreve um ouvinte. "As empresas exigem curso superior e conhecimento de inglês, mesmo quando nada disso é necessário para o desempenho da função. O número 1 deste país já declarou que ele e vários políticos não têm nem o primeiro grau completo e não falam nenhum idioma. Como é que uma empresa pode exigir para uma função subalterna, coisas que não são exigidas de quem precisa dirigir um país inteiro?"
Bom, de fato, para uma pessoa se candidatar a qualquer cargo eleitoral, de vereador até presidente, as exigências de escolaridade são mínimas. Acontece que o nosso presidente não precisa falar inglês porque sempre há alguém do lado dele que fala inglês fluente, para traduzir um diálogo com um governante de outro país. E no caso de ministérios técnicos, como o da economia, os ministros e seus assessores possuem um caminhão de cursos.
Portanto, o presidente está cercado por pessoas cheias de escolaridade. E elas compensam a lacuna do idioma ou do curso superior.
O relacionamento funciona muito bem porque os subordinados do presidente não esperam que ele entenda em detalhes, coisas que só quem estudou muito consegue entender. Eles sabem que o papel do presidente é determinar uma direção política, e o papel de seus assessores é dar sustentação prática a esse direcionamento.
Em empresas privadas, não existem cargos equivalentes ao do presidente da república. Cada profissional é um técnico, desde o estagiário até o presidente. Essa é a primeira parte da resposta.
A segunda parte é quanto a exigência de cursos ou de idiomas que não serão necessários para o desempenho de uma função. Nesse caso, a empresa coloca pré-requisitos para admissão, imaginando que os que forem contratados seguirão uma carreira dentro da empresa, e um dia, precisarão do inglês e do curso superior para assumir novos cargos. Ou seja, a empresa se antecipa e exige já o que será necessário depois. E sempre aparecem muitos candidatos que preenchem esses pré-requisitos, o que coloca quem não os tem, em pé de desigualdade.
Eu concordo com o ouvinte que isso pode não parecer justo, mas essa já se tornou a regra do jogo. Portanto, o brilhante exemplo de nosso presidente é o melhor dos incentivos para quem pensa seguir uma carreira política. Mas não para quem deseja construir uma carreira em empresas.
Max Gehringer, para CBN.
[momento insensível] Meu, esse povo desempregado reclama de tudo também, hein????
ResponderExcluirHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHAUHAUAHUAHUAHUAHUAHUA
[acordei malvada...]
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei a foto, Lula apesar n ter a escolaridade de FHC, por exemplo, fez muuuuuito mas q ele, q era formado logo em q? em sociologia! Bem palmas para LULA, que hoje é respeitado com um dos maiores líderes mundiais.
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