Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/05/2009, sobre os caçadores de erros (dos outros), um tipo asqueroso que se você ainda não conhece, cuidado, pois provavelmente conhece e não sabe. E veja como não se deixar incomodar com eles.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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Uma consulta sobre erros
Uma consulta sobre erros. Escreve uma ouvinte: "Temos um colega que vive falando dos erros dos demais colegas. Sem ter um cargo que lhe permita agir assim, ele se comporta como se fosse uma espécie de auditor das nossas pequenas deficiências. Ele diz que faz isso só para colaborar, sem querer prejudicar ninguém. Mas nós temos dúvidas quanto às reais intenções dele."
Bom, em primeiro lugar, não tenham dúvidas: as intenções dele não são boas. Vocês estão diante do caçador de erros alheios. Toda empresa tem um, no mínimo. Como erros fazem parte da vida profissional, o caçador tem sempre um campo fértil para explorar.
Às vezes, o caçador é um diplomata disfarçado. Ele parece estar elogiando um colega, mas no meio do elogio, dá um jeitinho de incluir uma referência a um erro que esse colega cometeu. E o que fica gravado depois da conversa, é sempre o erro, porque é da nossa natureza dar mais atenção às exceções do que às regras. Mas existem também os caçadores descarados, aqueles que simplesmente ignoram os 99% de acertos e concentram as suas baterias no 1% de erros.
Por que existe gente assim?
Porque há duas maneiras de alguém conseguir se destacar. A primeira, é mostrar que é bom. E a segunda, é mostrar que os outros não são. Evidentemente, a primeira é bem mais difícil do que a segunda. Fazer um trabalho bem feito requer tempo, conhecimento, concentração e talento. Dizer que os outros são ruins só requer uma frase.
O caçador de erros alheios é um profissional inseguro. Ele compensa a falta de confiança, para competir de igual para igual, ressaltando os aspectos negativos de seus competidores. Sabendo que também está sujeito a erros, ele se previne mostrando que os outros também erram e amplificando os erros alheios, para que seus próprios erros pareçam menores.
Como muitos tipos, com os quais ninguém gosta de conviver, o caçador de erros alheios faz parte da paisagem das empresas. Mas há um jeito de neutralizá-lo. Os profissionais bem sucedidos, com os quais eu convivi, tinham a habilidade de reconhecer e anunciar os seus erros, antes que alguém o fizesse. E de imediatamente dizer o que fariam para não errar novamente. Esses profissionais nunca foram incomodados pelos caçadores de erros, porque já não havia mais nada para caçar.
Max Gehringer, para CBN.
As pessoas no meu trampo têm medo de apontar meus erros, pq eu posso acabar apontando a cara delas.
ResponderExcluirComigo é assim, mano, encheu mto meu saco, é pé na porta e soco na cara!
\o/
[às vezes... só às vezes... é bom ter uma cara assustadora!]