2009-08-05

Quando a emoção fala mais alto que a razão - by Mauro Halfeld

Transcrição dos comentários do Mauro Halfeld (site oficial) para a rádio CBN, do dia 05/08/2009, com duas situações onde a emoção fala mais alto do que a razão: nas compras por impulso e no trato de casais divorciados com seus filhos.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Mauro Halfeld, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Quando a emoção fala mais alto que a razão

anéis divórcio
Olá. Hoje eu quero comentar sobre um fato que ouvi de uma amiga que se separou do marido, fato hoje extremamente comum. Ela se queixou que os filhos sempre voltam dos finais de semana na casa do pai, carregados de presentes caros. E que eles cobram a mesma atitude dela.

O relacionamento entre casais separados e os seus filhos costuma ser difícil e bastante delicado. Deixa-se a razão totalmente de lado, e só se ouve a emoção. Os pais que competem pelo amor das crianças, criam uma situação pouco saudável. O pai compra um trenzinho, e a mãe compra um videogame. A mãe leva os filhos na lanchonete da moda, e o pai leva na pizzaria do lado. Cria-se um círculo vicioso que não é bom pra ninguém. Nem para os adultos, e muito menos pras crianças.

Eu aposto que se a minha amiga sentar pra conversar racionalmente com o ex-marido, eles vão concluir que essa disputa deve acabar.

Mas a concorrência entre pais separados não é o único exemplo de quando a emoção fala mais alto do que a razão. As compras por impulso são outro bom exemplo. Não se para pra pensar se realmente existe necessidade daquele objeto. Simplesmente se cai na armadilha da vontade de comprar. Se você trabalha duro pelo seu dinheiro, dê valor pra ele.

Deixar os sentimentos comandarem a sua vida, vai acabar levando você a gastar mais do que pode, a contrair dívidas, a nunca ter dinheiro pra poupar e investir. Aprenda a resistir às tentações. Pense sempre duas vezes antes de fazer uma compra não planejada. Pense em alternativas, em produtos substitutos, ou em marcas mais baratas. E sobretudo, coloque as coisas na perspectiva certa.

E qual que é a perspectiva certa? Primeiro, as pessoas. Depois, o dinheiro. E só então as coisas que o dinheiro pode comprar.

Mauro Halfeld, pra CBN.

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