2009-10-14

Poemas - Confissões

Mais um da série não terminados. E que não estou com vontade de terminar.

acidente de carro
Confissões

Enquanto a maioria das pessoas, às vezes se iludindo, às vezes não,
Se considera decente, bondosa e outros adjetivos desta mesma variação,
Eu confesso, aqui e agora, para todos e para qualquer um que leia,
Que sou vil, sou sujo, que por trás da máscara, há apenas a carne feia.

Enquanto meus ditos "pecados" são muitos, abundantes, e dos mais diversos,
(Não importa agora quais, que sejam dos mais simples aos mais perversos),
Nunca dei grande importância a eles, pois se prejudicava alguém, era a mim,
Até que me surpreendi pensando em algo, desejando algo, muito ruim.

Não sou santo, nem nunca o fui, já desejei alguns pescoços quebrados,
Dor alheia, mortes horríveis, esse tipo de coisa a alguns idiotas ao meu lado.
Mas nunca desejei ver morta, uma pessoa que eu considerasse não merecer,
E pior ainda, uma pessoa que um dia, já considerei por ela, até morrer.

Cada vez que leio uma notícia de um acidente ou roubo seguido de morte,
Me pergunto se não foi ela quem teve, de ser a vítima, a infeliz sorte.
E ao mesmo tempo que me preocupo, me dá uma sádica sensação,
Imaginando que nunca mais a verei, no máximo no seu funeral então.

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