Corajosamente enfrentando hordas de criancinhas de mãos dadas aos seus pais, fui ver semana passada a nova animação da Disney, A Princesa e o Sapo (ou The Princess and the Frog, no original). Apesar de ser claramente voltado ao público infantil, o filme é delicioso de se ver, mesmo adulto.
Há muito tempo a Disney não faz uma animação tradicional (não 3D) de qualidade. Mas a volta da empresa do Mickey é em grande estilo. A Princesa e o Sapo traz de volta à memória aquele gosto de ver um bom filme Disney. Há algumas inovações, é verdade, como por exemplo a heroína ser negra (se não me engano, a primeira na história das animações Disney), e ser uma mulher forte, que trabalha e que busca seus sonhos.
Mas essas pequenas novidades não se sobrepõem à clássica cartilha da Disney, com magias, animais (ou em outros casos, objetos) falantes, e muita música. Bem, se fôssemos classificar a maioria dos filmes da Disney, seria como musical. Eu particularmente não gosto muito de musicais, são poucos que me agradam e menos ainda os que eu adoro. A Princesa e o Sapo está entre esses primeiros.
(Ray, o vagalume, emprestando sua luz ao filme. O melhor personagem do filme, pra mim, com seu amor enluarado. E a tradição de bichinhos falantes continua.)
Vamos à história: Tiana, a nossa heroína, tem um dom para a cozinha. Desde pequena, sonha, como o pai, em ter um restaurante. Já crescida, busca alcançar esse seu sonho (também em memória a seu pai falecido), economizando muito e trabalhando mais ainda. Arranjar um homem, ainda mais um príncipe, é a última coisa que passa pela sua cabeça.
A história, brincando com o estereótipo de sapos que, beijados, viram príncipes encantados, faz com que Tiana encontre o príncipe Naveen transformado em sapo, por um feiticeiro vodu (sem bruxas desta vez, afinal, feiticeiros vodus são muito mais Nova Orleans, onde se passa a história). Prometendo ajudá-la a montar seu sonhado restaurante, o sapo-príncipe pede a Tiana um beijo, achando que isso iria transformá-lo de volta. O que acontece é o contrário: ela vira uma sapinha (ou perereca, apesar da palavra carregar um pouco de duplo sentido).
Agora a nossa heroína e o príncipe, ambos transformados em batráquios, partem para tentar voltar ao normal. E nessa jornada, como não poderia deixar de ser, conhecem alguns aliados (no caso Disney, os animais antropomorfizados), enfrentam os perigos inerentes de ser um sapo e a perseguição do vilão. E nesse meio tempo, claro, os dois anfíbios acabam por se envolver, no melhor estilo comédia romântica.
(Literalmente, enroscando a língua na perereca. É, apelativo dizer isso, eu sei, eu sei...)
Envolvente, por vezes emocionante, engraçado, divertidíssimo e de clima leve, A Princesa e o Sapo é daqueles filmes que a gente sai do escurinho do cinema sorrindo, com a alma um pouco mais leve. Porque, pelo menos por alguns minutinhos, a magia foi real. Nem que fora na telona.
Trailer:
Para saber mais: crítica do Omelete e crítica da Baunilha no Smellycat, o meu blog de animação preferido.
Eu até gostaria de ir assistir esse filme, mas eu tenho um problema grave no final do ano chamado socialização.
ResponderExcluirEu socializo demais.
No bar.
Se ano que vem ainda estiver passando, quiçá eu vá. Gostei da forma como você falou do filme. Nem parece você, pq sei lá, não consigo imaginar VOCÊ gostando de desenhos "leves" da Disney. Hihihihi!
Foi uma das minhas muitas personalidades que escreveu esse texto.
ResponderExcluiraah eu kero ver esse filme tb... e o da alice tb
ResponderExcluirEu tive coragem de ir assistir Lua Nova... agora isso ai eu não assisto nem FODENDO...
ResponderExcluirBem, Lua Nova é dez mil vezes pior que qualquer desenho Disney, hauhauhauh
ResponderExcluirOlha, eu sinceramente nem tenho o que falar de Lua Nova. Não vi, não gostei e "team edward or team jacob" MEU CU!
ResponderExcluirPassar bem, Gerundino!