Ontem, na sessão cult, assisti o filme É Proibido Fumar, filme nacional dramático com um toque de comédia. Apesar do ritmo lento e de não apresentar nenhum diferencial, pode-se dizer que é um filme simpático.
Baby (Glória Pires, muito bem no papel), vive numa concha que ela mesmo construiu. Morando no apartamento deixado pela mãe, dá aulas particulares de violão para viver. Sua vida social se resume a pequenas discussões com as irmãs, que no filme, é representado pela briga pela posse de um sofá deixado por uma tia. Sua diversão/seus hobbies se resumem a assistir TV e fumar cigarros, muitos cigarros.
Entretanto, a vida de Baby muda quando o apartamento ao lado do dela é finalmente alugado, pelo músico de churrascaria Max (Paulo Miklos, surpreendentemente a vontade e inserido no papel). A partir daí, Baby enxerga uma nova vida, uma oportunidade pra deixar de ser mais uma solteirona. Para isso, entre outras coisas, ela ensaia uma parada nos cigarros. Entretanto, o caminho de Baby não será tão fácil assim. O "fantasma" da ex de Max ainda ronda, e um acidente no percurso pode mudar tudo.
É Proibido Fumar pode ser dividido em dois atos: no primeiro, temos a construção das personagens, especialmente de Baby. De maneira lenta e gradual, vamos entendendo a personagem, por meio de cenas de sua vidinha medíocre. E quando entra Max, ainda vemos essa construção, mas agora misturada com a própria história deste. Apesar do ritmo lento, esta parte do filme é interessante de se ver, mas mais como um exercício narrativo do que pela história em si. É basicamente um exercício de descrição sem narração, apenas com cenas.
O segundo ato do filme mantém o ritmo lento, mas introduz um ponto de virada. Neste ato, uma trama toma forma, e temos mais do que apenas descrições, como no ato passado. Mas a história é levada de maneira bem rasa e relativamente rápida, sem mostrar grandes conflitos. É um ato bem mais curto, se comparado com o anterior.
Enfim, É Proibido Fumar é o típico filme cult, daqueles que nem todo mundo vai gostar. É mais um exercício de narrativa do que propriamente uma boa história contada. A diretora Anna Muylaert tem neste filme seu segundo longa, e talvez seja por isso que exista uma dessintonia entre os dois atos do filme, entre a construção das personagens e a trama envolvida em si. Ou então, talvez seja apenas estilo da diretora, caso que eu sempre acabo achando deficitário. Porque, por mais que haja uma boa construção das personagens, a história também conta. E muito.
Trailer:
Para saber mais: crítica no Omelete.
Bom, estou em falta com o cinema.
ResponderExcluirFaz muito tempo que eu não vou, e não assisto filmes cults. O último que eu assisti foi "Um Segredo em Família", nas férias da facu, em janeiro.
Saudade do cinema sozinha. Ou pelo menos da coragem de sair de casa!
O bom das sessões cult aqui é que elas são metade do preço.
ResponderExcluirAinda não vi esse.
ResponderExcluirMas.. HAHAHAHA, obrigada, mas eu acho #sobreseucomentário
então, eu queria muito assistir por gostar do tema... aí assisti e confesso que terminei sem opinião alguma sobre o filme. Cheguei a ficar entediada várias vezes... outras poucas vezes gostei muito do texto... enfim, bom ler outras críticas rs
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