2011-11-02

'Se essa é uma boa empresa, o que posso esperar das que não são?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/11/2011, sobre as expectativas de uma ouvinte sobre o mercado de trabalho que foram destroçadas.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Se essa é uma boa empresa, o que posso esperar das que não são?'

empresa ruim

Uma ouvinte escreve para dizer que sua primeira experiência em uma empresa foi decepcionante. Ela relata que encontrou pessoas mais preocupadas com elas mesmas do que com os colegas, que conheceu chefes cujo único interesse é se manter no cargo e que não dão a mínima atenção para o desenvolvimento dos subordinados, e descobriu que o único objetivo da empresa é o lucro, mesmo que ele seja conseguido à custa da sanidade mental dos empregados.

Com tanta coisa ruim junta, a nossa ouvinte só conseguiu resistir por quatro meses e pediu a conta para se livrar, segundo ela, "de tanta hipocrisia". E ela revela que a empresa em questão é muito conceituada na cidade e que seus dirigentes estão sempre dando entrevistas sobre os cuidados que eles dispensam aos recursos humanos. "Se essa é uma boa empresa", pergunta a ouvinte, "o que eu posso esperar das que não são?"

Uau. Vamos lá. Cada um de nós tem uma visão de como o mercado de trabalho deveria funcionar. E eu não creio que exista uma única empresa capaz de preencher todas as nossas aspirações pessoais. Porém, quando se espera muito, a decepção também é grande.

A minha sugestão é que a nossa ouvinte não desperdice novamente o seu tempo e a sua energia em outra empresa do setor privado, porque essa não é a única opção de carreira. A nossa ouvinte poderia investir num negócio próprio, ou considerar um emprego público, ou uma ONG, ou até mesmo uma carreira política.

Somente após poder comparar o que ela espera com o que a realidade tem a oferecer, em todos os setores profissionais, é que a nossa ouvinte terá condições de decidir se a primeira experiência foi mesmo um desastre total ou se foi apenas uma amostra de que a vida profissional será sempre menos perfeita do que todos nós gostaríamos.

Max Gehringer, para CBN.

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