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2019-02-28

Como se sair bem na dinâmica de grupo de um processo seletivo? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/02/2019, com nove dicas para se sair bem em dinâmicas de grupo em processos seletivos.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Como se sair bem na dinâmica de grupo de um processo seletivo?

dinâmica de grupo seleção emprego

Escreve uma ouvinte: "Eu já participei de vários processos seletivos em que havia dinâmica de grupo. Nunca fui aprovada e nunca recebi nenhum retorno sobre os motivos. Agora, depois de várias frustrações, eu já entro na dinâmica pensando que não vai dar certo. Que dicas você pode me dar?"

Dou-lhe nove.

Primeira: fale pouco. No máximo, dois minutos em cada intervenção. Quem tenta monopolizar a dinâmica passa uma imagem de antipatia.

Segunda: não interrompa quem estiver falando. Faça um sinal para a monitora da dinâmica, indicando que você deseja se manifestar a respeito de algo que está sendo dito.

Terceira: elogie quem falou antes que você. Isso cria empatia.

Quarta: se você for discordar de algo que foi dito, não parta para o confronto. Diga que você tem uma opinião diferente que gostaria de expor ao grupo.

Quinta: jamais demonstre insatisfação com expressões faciais ou gestos. Você não está ali para avaliar aos outros, mas para ser avaliada.

Sexta: não fique muito tempo calada. Em dinâmica, silêncio não é sinal de sabedoria, e sim de fuga do debate.

Sétima: não use gírias e nem expressões inócuas, do tipo "Veja bem" ou "Com certeza". Uma dinâmica é um colóquio profissional, e não um papo entre amigos.

Oitava: leia tudo o que puder sobre a empresa e use esses números ou fatos positivos quando for falar.

E nona: evite gestos de nervosismo e sorria. Isso a deixará confortável e a ajudará a se sair bem em todo o resto.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-27

Empresa deve assumir o custo dos aplicativos usados pelos funcionários? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/02/2019, com um ouvinte que usa o celular pessoal para trabalhar.

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Empresa deve assumir o custo dos aplicativos usados pelos funcionários?

aplicativo corporativo

Um ouvinte escreve: "Na empresa em que trabalho, diretores e gerentes têm celular corporativo. E nós, de outras funções, temos que usar os nossos celulares pessoais para nos comunicarmos. Temos um grupo que utiliza um aplicativo para agilizar tarefas e contatos, e acredito que hoje seja impossível não utilizar essa ferramenta. Só que ela tem um custo, e nós é que estamos pagando por ele. Como casos assim têm sido tratados no universo corporativo?"

Bom, primeiro, vou lhe dar uma notícia que deve deixá-lo estupefato: é perfeitamente possível viver e trabalhar sem usar aplicativos. Mas vamos à sua questão.

Quando uma empresa necessita que um funcionário se comunique com ela, via celular, ou faça trabalhos que necessariamente requeiram o uso de aplicativos, ela mesma proverá essas ferramentas.

Se funcionários decidem fazer isso por conta própria, como parece ser o caso de vocês, a empresa certamente irá elogiar a pró-atividade, mas duvido que se disponha a pagar por ela.

Os diretores e gerentes da sua empresa têm esse benefício porque ele é normalmente concedido a gestores de alto escalão. Mas empregados em geral não financiam gastos da empresa em que trabalham, eles recebem todos os equipamentos adequados para executar as tarefas.

A minha sugestão é que vocês parem de usar seus próprios aplicativos e celulares. Se eles forem indispensáveis, a empresa irá assumir o custo. Se ela não assumir, é porque eles não são indispensáveis.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-26

O espaço aberto dos escritórios influencia na produção e no relacionamento dos funcionários? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/02/2019, com uma ouvinte que quer implantar um ambiente aberto em sua empresa.

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O espaço aberto dos escritórios influencia na produção e no relacionamento dos funcionários?

escritório aberto ambiente de trabalho

Uma ouvinte escreve: "Sou gestora de relações humanas de uma empresa e desejo propor a mudança do nosso layout tradicional, de seções compartimentadas para uma ambiente de open space. Acredito que esse modelo de escritório, totalmente aberto, que surgiu neste século com as empresas de tecnologia, auxilie na agilidade, na inovação e na sociabilidade. Só que os diretores da minha empresa são de uma geração anterior e difíceis de convencer."

Muito bem. Talvez você fique surpresa, mas o espaço totalmente aberto não tem nada de novidade. Ele era o padrão de todas as empresas brasileiras há um século. Busque na internet fotos de escritórios da década de 40 do século passado e você comprovará o que estou dizendo.

Eu trabalhei em ambientes abertos e fechados. E posso lhe garantir que a diferença não está no espaço em si, mas nas pessoas dentro dele. Existem funcionários que rendem muito bem em grandes grupos, e há quem se concentre melhor em um ambiente mais restrito.

Eu creio que a sua dificuldade seja a de comprovar o que você afirma, que haverá mais criatividade, mais inovação e melhor ambientação coletiva.

Quando uma empresa faz algo pensando no interesse dos empregados, o apoio deles é garantido e a produtividade cresce. Se faz algo porque é moda, nem tanto.

E, como você já percebeu, diretores que são de outra geração (e quase todos eles são), não se mostram propícios a adotar novidades que implicam em custos e não tragam retorno garantido.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-25

Como se adaptar a novas exigências do mercado de trabalho - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/02/2019, com um ouvinte que está com sua carreira em declínio, assim como a empresa em que trabalha.

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Como se adaptar a novas exigências do mercado de trabalho

adaptação ao mercado de trabalho

Um ouvinte escreve: "Tenho 43 anos, um emprego razoável e um salário adequado. Mas a minha empresa, há anos, vem perdendo mercado. E fico preocupado porque não tenho curso superior e não sei se poderia achar outro emprego igual a este."

Muito bem. Uma carreira e a vida de uma empresa são bem comparáveis. Empresas crescem enquanto se esforçam e investem, para superar concorrentes, fazendo mais do que eles, adequando-se às novidades e adaptando-se às mudanças do mercado.

Uma empresa progride enquanto não desiste de ser melhor do que as outras, mas começa a declinar quando desiste de ser melhor do que ela mesma. Deste ponto até o fim, há um período de estagnação, até que a realidade finalmente mostre que não foram tomadas medidas que poderiam e deveriam ter sido.

Uma carreira segue o mesmo passo: começo difícil, dificuldades para se sobressair entre os iguais, esforço e custo para adquirir novos conhecimentos. Quando tudo isso é superado, vem aquele período de ilusória estabilidade. A sua preocupação parece mostrar que não só a sua empresa está em declínio, mas que a sua carreira também entrou em um estágio de desaceleração.

Eu sugiro que você volte a estudar correndo, para se adaptar a exigências que não existiam há 20 anos, e que agora se tornaram norma de contratação. O ponto positivo é que você percebeu essa necessidade ainda com tempo mais do que suficiente, para se recompor e voltar a ser melhor do que você mesmo.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-22

Como agir numa entrevista ao ser convidado a mudar de emprego - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/02/2019, com uma ouvinte que foi convidada por uma agência de recrutamento para uma vaga, mas que não conseguiu.

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Como agir numa entrevista ao ser convidado a mudar de emprego

mulher em entrevista de emprego

Uma ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa conceituada e recebi um convite de uma agência de recrutamento, para conversar sobre um possível emprego em outra empresa, de porte maior. Eu me interessei e fui conversar.

A recrutadora me perguntou que motivos eu teria para mudar e respondi que seria uma melhor oportunidade de carreira. Ela me perguntou se a minha empresa atual não me oferecia esse tipo de oportunidade e eu respondi que não, porque já me havia sido falado que o interesse da empresa é me manter na posição atual.

Não consegui a vaga e fiquei desapontada, porque não procurei essa empresa, ela é que me procurou. E isso já me pareceu um sinal de que haveria muito interesse em minha contratação. Onde foi que errei?"


Vou simplificar a resposta, porque ela serve não somente para você, mas para qualquer profissional que esteja empregado e receba um convite para conversar sobre uma eventual mudança de emprego.

Vamos lá. Pergunta: "Que motivos você teria para mudar?" Resposta: "Nenhum, mas acredito que vou ouvir um que me fará pensar melhor." E ponto.

Quem é convidado a mudar de emprego não precisa convencer, precisa ser convencido.

Ao dar uma resposta vaga e ainda adicionar uma explicação desnecessária, você se colocou na posição de quem estava pedindo um emprego, e não na de uma profissional bem-empregada, que queria ouvir boas razões para considerar uma mudança.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-21

O gestor pode atrapalhar ou ajudar no andamento da empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/02/2019, com os dois tipos de chefes que complicam o que não precisaria ser complicado.

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O gestor pode atrapalhar ou ajudar no andamento da empresa

corrida corporativa

Escreve uma ouvinte: "Estou nesta empresa há 2 anos e ainda não sei o que esperar dela. Trabalhamos num ritmo maluco, mas nunca recebemos nenhum retorno sobre o nosso desempenho. Tem dias em que me sinto como um cachorrinho correndo atrás do rabo. É assim em todo lugar ou é só aqui?"

Não é em todo lugar, e possivelmente nem deve ser aí, no resto da sua empresa. O problema parece estar muito mais no modo de atuar do seu gestor.

Existem dois tipos de gestores que complicam o que não precisa ser complicado: aquele que não diz o que quer e aquele que a cada dia quer uma coisa diferente.

Quem trabalha com o primeiro tipo, nunca fica sabendo se está, ou não, fazendo um bom trabalho, já que os objetivos nunca são claros. É como participar de uma corrida sem ser informado sobre a distância a ser percorrida e nem onde está a linha de chegada.

E o segundo tipo é o que muda os objetivos, fazendo com que todos se concentrem em um trabalho, para no dia seguinte traçar outra meta diferente, sem que a primeira tenha sido atingida. Aí, é como participar de uma corrida e no meio dela ser informado de que será preciso dar meia-volta porque a linha de chegada está do lado oposto.

Mas você e seus colegas devem estar correndo bem mais do que a média. Caso contrário, o seu gestor já não estaria mais no cargo. E esse é um elogio que eu lhes faço, para suprir a omissão do seu gestor para com os incansáveis corredores, que estão fazendo a fama dele.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-20

Posso pedir reembolso de despesas após ter sido rejeitado num processo seletivo? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/02/2019, com um ouvinte que participou de um processo seletivo, não foi escolhido para a vaga e não recebeu nenhuma explicação sobre isso.

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Posso pedir reembolso de despesas após ter sido rejeitado num processo seletivo?

processo seleção emprego entrevista ruim

Escreve um ouvinte: "Participei de um processo seletivo que me consumiu tempo e recursos, porque moro há 10 Km do local da empresa e o processo requereu quatro deslocamentos de minha parte. No fim, não fui selecionado, embora tenha ficado entre os finalistas e com alta expectativa de ser o escolhido.

Como não fui informado sobre os motivos da minha rejeição, escrevi para a gerente que conduziu a seleção. E ela me respondeu o seguinte: 'Agradecemos a sua participação e informamos que o processo foi encerrado.' O que posso fazer agora? Há como exigir uma explicação mais específica? Ou mesmo pedir ressarcimento dos gastos que tive?"


Legalmente, não, para as duas coisas. Embora eu concorde com você que empresas deveriam ser mais sensíveis do que a maioria é, em relação a candidatos que não são contratados, nada as obriga a ter que oferecer explicações detalhadas.

Se um candidato acredita que foi rejeitado por algum tipo de discriminação, ele pode mover um processo civil, desde que apresente evidências.

E no caso de reembolso de despesas, isso também não é previsto em nenhum dispositivo, porque o candidato é que escolhe se deseja, ou não, participar de um processo, já sabendo do local onde ele será realizado.

É triste responder a uma questão como a sua, porque a sua queixa é válida e compreensível. Mas uma coisa é o que poderia ser feito. E outra coisa é o que a legislação determina que seja feito, ou não impede que não seja.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-19

O uso das redes sociais para marketing pessoal - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/02/2019, sobre o uso das redes sociais para o marketing pessoal.

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O uso das redes sociais para marketing pessoal

redes sociais no trabalho

Um ouvinte escreve: "Tenho notado que alguns colegas de trabalho têm se sobressaído por utilizarem redes de relacionamento, tanto sociais quanto profissionais, para alardearem coisas que eles fazem aqui na empresa. São situações comuns de trabalho, nada de excepcional, mas que quando descritas nas redes, dão a impressão de serem maiores e mais importantes do que realmente são. Eu não sou muito ligado nesse tipo de auto-promoção, que considero exibicionista e presunçoso. Estou errado?"

Mais provavelmente sim, do que não. Estamos falando de duas coisas que existem há muito tempo e que sempre ajudaram a construir carreiras. Uma é o networking e a outra é o marketing pessoal.

As redes profissionais e sociais ampliaram imensamente essa possibilidade de alguém aumentar a própria visibilidade. E esse é o benefício daquilo que seus colegas estão fazendo e você não está.

O que pode dar errado é alguém revelar fatos sobre a empresa que não devem ser expostos publicamente. Por exemplo: lucratividade, faturamento, ou planos e projetos que a direção prefere manter confidenciais. Logo, tudo se resume a uma questão de bom senso.

Quanto a alardear fatos rotineiros como se fossem extraordinários, lembre-se que a propaganda vem fazendo isso desde sempre, e com sucesso. Então, se empresas podem exaltar, até com exagero, a excelência de seus produtos e serviços, por que um profissional não poderia fazer o mesmo por sua carreira?

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-18

'Sou estagiário e me ofereceram para ser efetivado em outra área. Devo aceitar?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/02/2019, com um ouvinte estagiário que está terminando seu período de estágio e que foi oferecido uma vaga, mas em outra área da empresa.

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'Sou estagiário e me ofereceram para ser efetivado em outra área. Devo aceitar?'

estagiário efetivado

Escreve um ouvinte: "Iniciei como estagiário no setor financeiro de uma grande empresa faz um ano. Minhas funções são compatíveis com o curso superior que estou completando e tenho muito interesse em permanecer na empresa.

Agora que meu contrato de estágio está próximo do fim, meu gerente me disse que não há vagas disponíveis no momento, na área financeira, mas que a empresa poderia me efetivar no setor de produção, até que uma vaga surgisse e eu pudesse voltar para a área financeira.

Estou em dúvida. O setor de produção nada tem a ver com minha formação e nem com o meu interesse. E eu temo que esse rebaixamento de função possa causar uma má impressão futura em quem for avaliar o meu currículo."


Não, nem uma coisa, nem outra. Uma passagem pela produção irá ampliar a sua visão sobre a empresa. E quem for avaliar o seu currículo no futuro, irá constatar que você não tem medo de desafios.

Mas há um ponto que você deve considerar. O seu período na produção não será uma passagem em que você irá desaparecer do radar. Você continuará a ser observado, como tem sido até agora. E a pior coisa que você poderia fazer, seria agir como se fosse um turista, e não como um jovem profissional interessado em aprender e em cooperar.

Ao contrário do que os seus temores indicam, o que a empresa está lhe propondo é uma aceleração da sua carreira, e não um estacionamento temporário à espera de uma vaga.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-15

No trabalho, ter bom humor é muito mais importante do que ter razão - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/02/2019, com um ouvinte que trabalha em uma empresa de economia mista com líderes de competência duvidosa.

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No trabalho, ter bom humor é muito mais importante do que ter razão

bom humor no trabalho

Escreve um ouvinte: "Trabalho em uma empresa de economia mista, cuja administração é muito política. A maioria dos líderes é de competência duvidosa, e nas promoções é levado em conta mais a afinidade pessoal do que o trabalho em si. Meus colegas se revoltam com essa situação de favorecimento, enquanto eu, talvez por minha idade mais madura, prefiro ter uma abordagem positiva da situação.

Digo a todos que revolta não ajuda em nada e é melhor pensarmos que, se a empresa está pagando em dia e oferece benefícios que, por sinal, são muito bons, não interessa se ela beneficia aos incompetentes, porque afinal, o dinheiro é dela e quem pode se prejudicar é ela mesma. Já fui por isso, chamado de ingênuo. Estou sendo mesmo?"


Não. Pelo menos, no que tange a definições. Ingênuo é o que não percebe o que está acontecendo. Você está sendo pragmático, porque enxerga a situação, aceita que não dispõe de meios para mudá-la e tenta tirar dela o melhor proveito.

Já os seus colegas são inconformados. Assim como você, eles também veem a conjuntura como ela é, mas acreditam que desabafar poderá trazer consequências positivas. Se for isso, talvez eles estejam sendo mais ingênuos do que você.

Já aqueles poucos que ocupam cargos sem merecê-los, são apaniguados, mas também foram espertos para perceber que se relacionar bem com a alta cúpula iria trazer mais vantagens em médio prazo, do que a capacitação.

Mas, se você me permite uma observação pessoal, no trabalho, ter bom humor é muito mais importante do que ter razão.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-14

Como manter o relacionamento com os novos subordinados ao virar chefe na empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/02/2019, com uma ouvinte que foi promovida a um cargo de chefia tendo como subordinados seus ex-colegas.

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Como manter o relacionamento com os novos subordinados ao virar chefe na empresa

reunião com subordinados

Uma ouvinte escreve: "Dentro de um mês irei assumir a coordenação do meu setor. Como vou me tornar gestora de pessoas que sempre foram meus colegas, tenho uma dúvida. Nós fazemos parte de um grupo informal de WhatsApp e almoçamos juntos todos os dias em uma cantina vizinha à empresa.

Tenho receio de que manter esse relacionamento próximo e amigável possa influir no grau de autoridade que vou precisar mostrar. Mas, por outro lado, deixar de participar do grupo pode causar uma impressão de que comecei a me sentir superior. Existe um meio-termo aceitável?"


Sim. vamos começar pelo WhatsApp. Antes dele existir, as pessoas conversavam umas com as outras durante o expediente. E o fato de alguém ter sido promovido a chefe nunca impediu que as conversas continuassem.

Obviamente, de agora em diante, você só passará a responder mensagens que não comprometam seu cargo, do mesmo modo que um chefe dos tempos da conversa, evitava discutir com os subordinados assuntos que eram de sua exclusiva responsabilidade.

Quanto ao almoço diário, você pode começar reduzindo a frequência de sua participação devido a carga de trabalho, um motivo mais do que aceitável.

Com o tempo, os seus novos subordinados se acostumarão com o fato de que você continua sendo a mesma que sempre foi, e somente precisou passar a dedicar mais tempo às prioridades do seu novo cargo.

Parabéns e boa sorte.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-13

Como se adaptar ao novo ambiente quando a empresa muda de dono? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/02/2019, com uma ouvinte que trabalha em uma empresa que foi comprada por outra.

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Como se adaptar ao novo ambiente quando a empresa muda de dono?

adaptação ambiente de trabalho

Escreve uma ouvinte: "A empresa em que trabalho, de porte pequeno para médio, foi comprada por outra bem maior. Os diretores da nossa empresa foram mantidos pelos novos donos e alguns profissionais de lá, que vieram observar o nosso trabalho, fizeram elogios a nossa cultura e ao nosso ambiente.

Isso nos deixou aliviados, mas estamos sentindo que o nível de exigência vem aumentando a cada dia. E estamos receosos de que vá aumentar muito mais. Se o que ouvimos é verdade, não seria interessante que a nova empresa absorvesse o que nós temos de positivo?"


Seria, mas infelizmente não costuma funcionar assim. Quando a empresa compradora é agressiva e competitiva, como parece ser o caso, a tendência natural é que ela imponha o seu ritmo e o seu foco em resultados imediatos.

Isso não significa que ela irá desprezar o que pode absorver de útil para melhorar os seus processos, mas sinto lhe dizer que isso não inclui cultura e ambiente.

O choque de uma mudança sempre é doloroso. E eu só posso sugerir que vocês tentem enxergar as oportunidades de carreira que a nova empresa tem a oferecer.

Sinto também lhe dizer que a sua empresa deixou de existir no momento em que ela foi comprada. Mesmo que ela mantenha o nome e, por enquanto, também os diretores.

Agora, para vocês, tudo se resume a uma questão de adaptação, como se vocês tivessem começado em um novo emprego. Não irá dar certo para todos, mas dará para alguns. E eu espero que dê para você.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-12

É preciso assumir outras funções para ganhar um cargo novo? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/02/2019, sobre como agir e não agir ao se pretender uma promoção.

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É preciso assumir outras funções para ganhar um cargo novo?

promoção no emprego

Uma ouvinte escreve: "É comum ouvirmos dizer que quando um funcionário almeja uma promoção, ele deve começar a agir como se já estivesse naquele cargo, assumindo responsabilidades que vão além de suas atribuições. Pergunto se isso é mesmo verdade?"

Relativamente é verdade, mas é preciso tomar muito cuidado para não ultrapassar a linha que separa aspiração de invasão.

Um funcionário ambicioso não pode, por exemplo, começar a dar ordens para os colegas ou exigir que eles sejam mais produtivos. Também não pode abordar o superior direto, como se já estivesse ocupando um cargo para o qual não foi designado, e nem mesmo possa estar sendo cogitado, por exemplo, para propôr mudanças funcionais que são de responsabilidade do superior.

Ir além das próprias responsabilidades significa o seguinte: entregar mais do que é solicitado em termos de prazos e resultados; oferecer espontaneamente colaboração aos colegas e colocar-se à disposição do superior para absorver novas tarefas; preparar-se com cursos que serão necessários no desempenho da função pretendida; e algo que muita gente esquece: defender a empresa nas conversas com os colegas.

E finalmente, é preciso manifestar ao superior direto o desejo de merecer uma futura promoção, e perguntar o que precisa demonstrar para merecê-la. Muito dificilmente uma promoção virá para quem não tem o chefe como aliado e os colegas como suporte.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-11

Você não precisa ir a todos os encontros dos colegas de trabalho no bar - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/02/2019, com um ouvinte que se sente deixado de lado no trabalho por não participar dos happy hours com alguns colegas de trabalho.

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Você não precisa ir a todos os encontros dos colegas de trabalho no bar

happy hour trabalho

Um ouvinte escreve: "Por uma questão de hábito, que vem de longe, meus colegas de trabalho costumam se reunir fora da empresa para beber e conversar. Isso acontece às sexta-feiras, depois do expediente. E pelo que eu sei, tais reuniões informais duram horas, e quem não comparece acaba sendo criticado pelos assíduos.

Eu nunca fui e sinto que fico meio de escanteio no trabalho, sendo tratado como se não quisesse fazer parte da turma, por não apreciar a companhia dos colegas. Não é nada disso, apenas tenho como aproveitar melhor meu tempo, do que ficar jogando conversa fora e criticando os ausentes. Como posso administrar essa situação?"


Talvez indo uma vez por mês a esses encontros e dizer que tem compromissos pessoais que o impedem de participar de todos. Mas, se nem isso lhe apraz, o que você pode fazer é ser eficiente no trabalho e conseguir a aprovação da única pessoa que realmente interessa: o seu chefe.

Eu convivi com muitas pessoas que, assim como você, souberam separar o trabalho das supostas convenções sociais fora de expediente. E posso lhe afirmar que o primeiro passo para não se sentir rejeitado é não ligar a mínima para o que os outros falam.

Um ambiente sadio é criado dentro da própria empresa em horário de expediente, e não em reuniões de panelinhas fora dela.

Agora, se esse grupinho adquiriu poder dentro da empresa, suficiente para minar a carreira de quem não faz parte dele, só posso lhe dizer que você está na empresa errada.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-08

Como aprender a negociar melhor para receber créditos ao contribuir em um projeto - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/02/2019, com uma ouvinte que ajudou em um projeto, mas não recebeu nenhum crédito por isso.

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Como aprender a negociar melhor para receber créditos ao contribuir em um projeto

mulher negociando

Uma ouvinte escreve: "Um colega de trabalho recebeu a incumbência de preparar um projeto e solicitou o meu auxílio informal. Eu ajudei e o projeto foi aprovado e elogiado, mas não recebi nenhum crédito.

Projetos desse mesmo tipo são comuns em nossa empresa e eu gostaria muito de assumir um, mas ainda sou nova de casa e só os mais antigos são nomeados, como foi o caso do colega que se aproveitou da minha bondade. Não sei se devo mencionar esse fato ao gerente da minha área ou se aprendo a ser menos compreensiva com as necessidades alheias."


Nenhuma das duas. Procurar o seu gerente, depois do fato consumado, pode ter um efeito inverso ao que você imagina, já que o seu colega mais antigo certamente irá minimizar a sua contribuição. E aí será a sua palavra contra a dele.

E deixar de contribuir com quem possa se beneficiar dos seus conhecimentos, só iria limitar a possibilidade de você ser escolhida para preparar um futuro projeto.

Além disso, não creio que a sua contribuição para o projeto do seu colega tenha sido tão sigilosa, que ninguém mais ficou sabendo. A sua ajuda foi percebida e você será novamente solicitada a colaborar.

Quando isso acontecer, você pode e deve esclarecer antecipadamente qual será a sua participação e que créditos você irá formalmente receber.

O importante, apesar de sua compreensível insatisfação atual, é você ter percebido que tem muito a oferecer aos necessitados. E que só precisa aprender a negociar melhor.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-07

Vale a pena deixar um emprego para fazer um intercâmbio no exterior? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/02/2019, sobre fazer intercâmbio.

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Vale a pena deixar um emprego para fazer um intercâmbio no exterior?

intercâmbio x carreira

Um pai-ouvinte escreve: "Meu filho deseja fazer um intercâmbio de seis meses no exterior. Na verdade, deseja não é bem o termo; ele quer ir de todo jeito. Aqui na família estamos em dúvida, porque ele tem 24 anos e está empregado. E não sabemos se na volta, ele vai conseguir, como afirma que vai, um emprego melhor, com um salário maior, em uma empresa multinacional. Gostaria de ouvir o seu parecer."

Pois não. Ele deve ir.

Ao ouvir isso, ele certamente dirá: "Viu, eu não falei?" Falou, mas seu pai também está certo. O que irá acontecer quando você voltar ainda é uma interrogação, mas a viagem compensará mesmo assim.

Porque, de tempos em tempos, algo novo passa a ser exigido de candidatos a bons empregos em grandes empresas. E coisas que antes eram vistas como um diferencial, porque poucos candidatos tinham, se tornam pré-requisito básico, porque muitos passam a ter.

Já foi, em décadas variadas, um diploma de datilografia, um curso superior, o idioma inglês ou uma pós-graduação. Como a procura por intercâmbios só cresce, não vai demorar para que ele se torne um item mais comum em currículos.

Portanto, caro pai, se o seu filho não for agora, talvez ele não possa ir mais, daqui a uma década, quando muitos já tiverem ido.

Em resumo: o intercâmbio não é garantia de retorno imediato para a carreira, mas é um aconselhável investimento de médio prazo.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-06

Como escapar da enrolação do chefe sobre aumento de salário - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/02/2019, com um ouvinte que está sendo enrolado pelo chefe sobre um aumento de salário.

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Como escapar da enrolação do chefe sobre aumento de salário

discutindo aumento de salário com chefe

Um ouvinte escreve: "Estou nesta empresa faz cinco anos, e anualmente temos uma avaliação de desempenho. Na que foi feita há três anos, mencionei a meu gerente que eu esperava um aumento, devido a meus resultados terem ficado bem acima dos objetivos. Ele me disse que a empresa estava passando por um processo de reestruturação, mas que voltaríamos a conversar.

No ano seguinte, o argumento do gerente foi a crise. Neste ano, os negócios melhoraram, mas ele me pediu um pouco de paciência, porque a empresa estava para implantar um plano de cargos e salários. E aí, todas as situações serão revistas e corrigidas, inclusive a minha. Pergunto se devo ter esperanças?"


Deve, mas mínima. Quando um gerente conversa por três anos seguidos com um subordinado sobre um possível aumento, e não faz nenhuma referência específica ao desempenho do subordinado durante 36 meses, isso cheira fortemente a enrolação.

Se uma só pessoa aí na sua empresa, recebeu um reajuste nesse período, o que é mais que provável, o seu caso está sendo empurrado com a barriga.

Se você ainda não está sondando o mercado ou avisando a seus amigos que está procurando outro emprego, comece a fazer isso. Antes que o quarto ano chegue e o seu gerente lhe diga que ele já conversou com o diretor sobre o seu caso, e que você não deve se preocupar porque, em breve, haverá uma solução. No máximo, até o ano seguinte.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-05

A importância da meia interinidade - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/02/2019, com um ouvinte cujo chefe saiu de viagem e imaginou que seria designado como chefe temporário.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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A importância da meia interinidade

chefe carreira

Escreve um ouvinte: "Eu trabalho em um setor em que os meus colegas têm a função de auxiliar, e eu a de assistente. Além de ser o único a ter um título diferenciado, sou também o mais antigo do setor. O nosso gerente saiu de férias, e eu imaginei que fosse ser designado seu substituto temporário, mas um gerente de outro setor foi indicado para resolver os problemas que aparecessem.

Não precisei consultá-lo nenhuma vez, porque entendo nossa rotina melhor do que ele, e os meus colegas me respeitam. Mas eu pergunto se devo tomar essa decisão como um indício de que o meu gerente não confia em mim?"


Não, nada disso. A sua história é quase igual a uma que ocorreu comigo no começo da carreira. Eu não tinha título nenhum e nem era o mais antigo, mas quando o gerente se ausentava, ele falava: "Max, assuma com todas as responsabilidades e nenhuma das prerrogativas do cargo."

Isso significava que eu deveria atender o telefone dele e providenciar tudo o que me fosse solicitado por outros setores, mas não podia dar ordens a meus colegas e nem tomar decisões que competiam à gerência.

A diferença é que o meu gerente era mais bem-humorado do que o seu.

De qualquer forma, a experiência da meia interinidade me foi útil, como será também para você. Se tudo correu bem no setor sob a sua condução, mesmo que informal, isso não será ignorado. Você não só não perdeu nada, como ainda ganhou um ponto importante no conceito do seu gerente.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-04

Para o mercado de trabalho, hora extra não é salário - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/02/2019, com uma ouvinte que incorporou as horas extras ao seu salário de fato e está agora buscando um novo emprego.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Para o mercado de trabalho, hora extra não é salário

hora extra

Uma ouvinte escreve: "Estou empregada, mas ao mesmo tempo, estou em busca de um novo emprego. E tenho dúvida quanto ao salário. Aqui na empresa, devido à crise, alguns empregados foram demitidos, e os que ficaram, precisaram assumir as tarefas dos que saíram. Como o tempo era mais curto do que o necessário, durante dois anos recebi, e continuo recebendo, horas extras diárias, que acabaram se incorporando ao meu orçamento.

Para mim, esse passou a ser o meu salário, não por uma circunstância passageira, mas porque é o valor justo pelo que eu produzo. Só que em minha carteira continua constando o valor sem as horas extras. E a minha dúvida é se devo informar e pleitear o meu salário real?"


Eu entendo e concordo, mas faço duas observações. A primeira é a seu favor. Se você fosse demitida, legalmente esse período prolongado de horas extras seria incorporado ao seu salário para efeito do cálculo de rescisão.

Já a segunda observação será menos do seu agrado. Para o mercado de trabalho, hora extra não é salário. O valor de uma função é determinado pela média da remuneração no mercado, sem a inclusão de horas adicionais ou de outros fatores que um empregado possa ter por liberalidade da empresa, por exemplo: o pagamento de um curso.

Por isso, eu sugiro que você não informe o seu salário no currículo. E mencione a sua situação somente em entrevistas pessoais, caso o que lhe seja oferecido fique abaixo de suas expectativas.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-01

O que se deve colocar no currículo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/02/2019, com dicas do que colocar em um currículo, dependendo da vaga pretendida.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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O que se deve colocar no currículo

escrevendo currículo

Escreve um ouvinte: "Estou preparando o meu currículo, e pergunto se é relevante colocar como atribuições que tive em empregos anteriores, o fato de que fui membro da CIPA?"

Bom, começando pelo plano geral, o seu currículo deve informar a um potencial empregador, todas as qualificações que você possui para atender aos requisitos da vaga que está sendo oferecida. E cabe a você determinar quais fatos contribuirão para que o seu currículo seja bem-avaliado.

Ter sido membro da CIPA é uma informação relevante se você estiver se candidatando a uma função na área de segurança do trabalho, mas nem tanto se a vaga for na área administrativa.

Se você tivesse sido membro do sindicato de classe de uma empresa, posso lhe afirmar que essa informação iria mais afastar do que atrair potenciais empregadores.

Se você tivesse tido um trabalho paralelo em uma ONG, isso causaria ótima impressão a uma empresa que investe em projetos de responsabilidade social.

E quem fez um intercâmbio receberá mais atenção se a vaga for na área de marketing ou jornalismo.

Porém, voltando ao básico, o seu currículo deve mostrar que você está preparado para assumir um trabalho, tanto em formação, quanto em experiência.

Por isso, um currículo direto ao ponto, mesmo que ocupe só meia página, será mais atrativo do que um extenso, que contenha uma série de detalhes não-relacionados com o escopo da função.

Max Gehringer, para CBN.