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2022-08-10

As esculturas feitas de papelão retratando chineses idosos de Warren King

Warren King é um artista americano descendente de chineses. Em uma viagem para a China, para conhecer as terras onde seus antepassados viveram, ele encontrou diversos habitantes de um vilarejo que haviam conhecido seus avós. Essa imagem impressionou o artista, que desde então, vem confeccionando esculturas com imagens de alguns desses anciões chineses.

Usando papelão (papel cartão, usado geralmente para fazer caixas) e cola, Warren King cria belas esculturas estilizadas de velhinhos e velhinhas chineses. Seja retratando alguns dos anciões que conheceu em suas viagens, seja retratando figuras míticas e históricas, o artista nos apresenta a esculturas estilizadas que passam um ar de sabedoria, paciência e resiliência com o tempo.

Vejam as esculturas feitas de papelão retratando chineses idosos de Warren King:

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Warren King arte esculturas papelão chineses anciãos

Imagens via site de Warren King. Dica via Colossal - The Cardboard Sculptures of Artist Warren King Are an Homage to His Chinese Heritage.

2019-01-29

'Comecei na empresa há pouco tempo, mas meus colegas não me receberam bem' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 29/01/2019, com um ouvinte que começou em um emprego e não foi bem-recebido.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Comecei na empresa há pouco tempo, mas meus colegas não me receberam bem'

ambiente de trabalho colegas ruins

Escreve um ouvinte: "Comecei em uma empresa há pouco tempo e me deparei com um problema inesperado. Meus colegas não me receberam bem e continuam me ignorando. Não sei se é por causa da minha idade, já que todos são mais velhos do que eu e antigos de casa. Ou se é por causa da minha formação, já que meus colegas, quando muito, concluíram um curso superior, mas já há bastante tempo.

Pensei em falar sobre essa situação com o gerente do setor, mas temo que isso possa complicar, ainda mais, o que já não está bom. Você vê algum motivo que eu não esteja vendo, para esse tratamento pouco civilizado?"


Bom, começando pelo que você descreveu, eu posso ver um: o receio de seus colegas de que o sucesso de alguém jovem e bem-formado, possa levar a direção da empresa a cogitar a substituição dos mais antigos por outros com mais potencial, como você.

Mas não creio que o motivo possa ser só esse. É provável que você, mesmo sem intenção, tenha tido algum comportamento ou feito comentários que deixaram os seus colegas com um pé atrás.

Se você vê futuro nessa empresa, eu lhe sugiro não tentar ser agradável para compensar a má-vontade geral. Procure ser apenas eficiente, falando pouco e trabalhando bem.

O que realmente importa é como o seu gerente irá avaliar o seu desempenho. A retração de seus colegas irá cessar quando eles perceberem que você quer ser mais um no elenco, e não o astro principal.

Max Gehringer, para CBN.

2018-12-12

Dicas de cursos para dar uma guinada na carreira - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/12/2018, com uma ouvinte que quer um curso que lhe permita fazer uma mudança em sua carreira.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Dicas de cursos para dar uma guinada na carreira

mulher pensando em guinada na carreira

Uma ouvinte escreve: "Tenho 35 anos e tive uma carreira profissional errática. Sou formada em administração, mas passei por serviços tão variados como atendente de hotel, vendedora, corretora de imóveis e agente de viagens. No meio dessas mudanças, tive um filho e passei 3 anos fora do mercado.

Voltei a trabalhar há um ano como auxiliar administrativa, em uma empresa de porte médio. E sinto que, se eu não der já, uma guinada em minha carreira, não vou poder ambicionar muita coisa pelos próximos 15 anos.

Pensei em começar algum curso que me permita iniciar em outra área, mas imagino que nenhuma empresa iria me dar uma oportunidade em uma área na qual nunca trabalhei, só porque comecei um curso. O que você pode me sugerir?"


A sua avaliação é correta: qualquer empresa iria preferir contratar alguém com formação e experiência para uma vaga. E sempre haverá candidatos que preencham esses requisitos.

Considerando-se a sua idade, a sua trajetória profissional diversificada e os seus inúmeros contatos com pessoas, você poderia iniciar um curso tecnológico de gestão de recursos humanos.

Essa é uma área que existe em todas as empresas, grandes e médias, incluindo a empresa em que você está agora, e que eventualmente, lhe permitirá uma transferência interna, que é a melhor maneira de se mudar para uma nova área.

O curso tecnológico dura somente dois anos. E depois de concluído, você ainda terá muito tempo de carreira pela frente.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-28

Tenho 40 anos, mas sem ensino superior e nunca assumi cargo de chefia. O que fazer? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/11/2018, com um ouvinte que está preocupado com seu futuro.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Tenho 40 anos, mas sem ensino superior e nunca assumi cargo de chefia. O que fazer?

futuro profissional

Escreve um ouvinte: "Estou na faixa dos 40 anos, tenho um bom conhecimento técnico e prático, e um emprego que considero mais que aceitável em termos salariais. Mas comecei a me preocupar com duas coisas: não tenho curso superior e nunca tive uma função de chefia.

Se eu perder este emprego, sei que não vou conseguir outro igual, devido à idade, à falta de formação e a meu histórico de eterno subordinado. O que faço? Volto a estudar? Abro um negócio próprio? Não quero acabar dirigindo um táxi."


Bom, primeiro, não descarte dirigir um táxi, porque essa é uma profissão honrosa e de responsabilidade, assim como a sua. Mas vamos por partes.

Sim, você deve voltar a estudar. Considerando-se a sua idade e o tempo que você passou longe da escola, uma opção razoável seria um curso tecnológico à distância, que lhe daria um diploma de nível superior.

Segundo, somente 3 de cada 10 profissionais atingem cargos de chefia na carreira. É mais uma questão de liderança do que de estudo, porque muitos chefes não possuem curso superior, mas têm suficiente conhecimento e ascendência.

E finalmente, o negócio próprio é uma opção, mas não deve ser um salto no escuro. Um curso no Sebrae lhe mostrará o que você precisa saber, antes de se aventurar.

Portanto, sugiro que você comece fazendo três cursos: o superior, o de empreendedor e um de liderança. A soma dos três irá lhe dar uma visão bem mais positiva sobre o seu futuro.

Max Gehringer, para CBN.

2018-10-01

Como conseguir uma vaga de emprego depois dos 50 anos? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/10/2018, sobre o mercado de trabalho para quem tem 50 anos.

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Como conseguir uma vaga de emprego depois dos 50 anos?

idoso procurando emprego

Uma ouvinte escreve: "Aos 50 anos de idade e 30 de contribuição previdenciária, estou naquela fase crítica em que o mercado me considera velha demais para trabalhar e nova demais para me aposentar. Se eu der entrada na minha aposentadoria e continuar buscando emprego, como o meu caso seria avaliado?"

Vamos lá. Aos 50 anos, você sabe muito bem que não é, e nem se sente, velha. Mas são válidas as suas suspeitas de que pessoas na sua faixa etária começam a ter mais dificuldade para encontrar emprego. Não é que o mercado se feche, é que ele fica mais restrito.

Isso significa que você terá que pesquisar vagas que talvez nunca tenha considerado na sua vida profissional. Por exemplo, ser uma prestadora de serviços terceirizada, ou trabalhar em casa em sistema de home-office, ou ser atendente de balcão, ou se tornar vendedora.

O que lhe sugiro, para começar, é pesquisar na internet, agências ou sites voltados a profissionais com mais de 50 anos. Neles, você encontrará uma lista de funções específicas e você verá que poderá se encaixar em várias delas.

Esses mesmos sites listam também grandes empresas que possuem programas de seleção para o grupo da senioridade. E elas não fazem isso porque são boazinhas, mas porque veem vantagens em contratar pessoas que tenham formação, experiência e disposição, pessoas que irão se dedicar como se tivessem 20 anos e que não ficarão reclamando que a empresa não dá oportunidades.

Max Gehringer, para CBN.

2018-07-04

Cobramos de jovens profissionais as mesmas coisas que não gostávamos que nos cobrassem - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/07/2018, com um ouvinte que está cansado de não se fazer ouvir por profissionais mais jovens.

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Cobramos de jovens profissionais as mesmas coisas que não gostávamos que nos cobrassem

jovens profissionais

Um ouvinte escreve: "Sou gerente de primeira linha de uma organização de porte. E estou cada vez mais preocupado pela dificuldade que os jovens mostram para ouvir. Não raramente, sou interrompido no meio de uma frase, por alguém com metade da minha idade e 1% da minha experiência, para escutar que a pessoa já entendeu tudo o que eu mal comecei a falar. Será que estamos diante de uma geração de profissionais hiperativos, que já chega ao mercado de trabalho sabendo tudo o que a minha geração levou décadas para compreender?"

Bom, eu não sei se isso irá contribuir para minorar a sua sofrência de primeira linha, mas vou lhe confessar algo.

Quando eu tinha 20 anos, eu não ouvia o que os outros me diziam, porque eu achava que sabia mais do que eles.

Quando eu tinha 30 anos, eu não ouvia o que os outros me diziam, porque eles achavam que sabiam mais do que eu.

E quando eu tinha 40 anos, os outros é que não me ouviam, pelos mesmos motivos que eu costumava não ouvir os outros.

Embora eu tenha aprendido que saber escutar é a base para tomar boas decisões, e me esforçado bastante para evitar falar quando deveria ouvir, a verdade é que nós cobramos dos jovens aquilo que não gostávamos que cobrassem de nós, quando nós tínhamos a idade deles.

Lembro-me que um dia, um professor de antropologia me explicou a inevitabilidade dessa obstinação adolescente. Mas acho que não prestei muita atenção.

Max Gehringer, para CBN.

2018-05-08

Por que alguém tão eficiente pode ficar estacionado na mesma função? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/05/2018, com um ouvinte que é aconselhado por um colega mais velho, mas que está na mesma posição que ele.

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Por que alguém tão eficiente pode ficar estacionado na mesma função?

funcionário sênior

Um ouvinte escreve: "Tenho 23 anos e um de meus colegas de seção tem o dobro da minha idade. Nós conversamos bastante e ele sempre me oferece conselhos de carreira, que para mim, fazem todo o sentido. O que não consigo entender é como, alguém como ele, calmo, controlado, respeitoso, estudado e eficiente no trabalho, está estacionado há tanto tempo na mesma função em que eu estou começando. Será que estou ouvindo conselhos da pessoa errada?"

Não necessariamente, se esse seu coach informal, um dia, decidiu que não queria ter uma posição de chefia e está satisfeito com a função e com o salário.

Agora, se ele está lhe dando sugestões de como agir para subir na carreira, não custa você perguntar a ele que tipo de empecilhos ele encontrou e não conseguiu superar.

Eu também me deparei com pessoas como esse seu aconselhador no começo da minha vida profissional. E posso lhe garantir que o tempo que dediquei a escutá-las não foi desperdiçado, muito pelo contrário. Apenas eu ouvia também as histórias de quem havia conseguido subir rapidamente e parecia não ter tantas condições assim para ser promovido.

Eu sugiro que você faça o mesmo. Escutar os dois lados e extrair o essencial de cada um, será muito útil na hora de você tomar uma decisão de carreira.

Mas é bom lembrar que a sabedoria não estará em tudo o que você ouve, mas em seu próprio discernimento, para utilizar o que for aproveitável e descartar o que for só bravata ou lamúria.

Max Gehringer, para CBN.

2018-04-12

Ação trabalhista pode ser empecilho na contratação em uma nova empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/04/2018, com um ouvinte que está tendo dificuldade em achar um novo emprego, e está em dúvida se o problema é a sua idade ou o processo trabalhista que moveu contra a empresa anterior.

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Ação trabalhista pode ser empecilho na contratação em uma nova empresa

ação trabalhista

Um ouvinte escreve: "Fui gerente comercial de uma empresa durante 20 anos, mas perdi o emprego em uma reestruturação. Movi uma ação trabalhista contra a empresa e comecei a procurar recolocação. Mas já fiz entrevistas em várias empresas de grande porte e não fui contratado por nenhuma. Estou chegando aos 50 anos e fico em dúvida se o problema é a minha idade ou o processo trabalhista."

É um pouco das duas coisas. Começando pela idade, as suas chances de emprego seriam melhores em empresas de porte médio, que apreciam mais a experiência e os resultados em curto prazo. Empresas maiores tendem a contratar gerentes mais jovens que possam desenvolver uma carreira.

Quanto à ação trabalhista, empresas grandes tendem a ser muito mais minuciosas na checagem de antecedentes profissionais dos candidatos a cargos de gestão.

Não estou afirmando que você não deveria ter movido a ação, muito pelo contrário. Acredito que tenha feito isso com consciência de seus direitos e de cabeça fria. Porém, na hora de uma contratação, a existência desse processo é, sim, um empecilho.

Considere também a possibilidade de usar a sua vasta experiência para se tornar um consultor autônomo, e prestar serviços a empresas de menor porte, que não podem arcar com o custo de um gerente fixo, mas que pagariam por serviços pontuais.

A vantagem, nesse caso, é a de que a sua idade funcionará a seu favor. Empregados envelhecem e consultores amadurecem.

Max Gehringer, para CBN.

2018-03-27

'Tenho 47 anos e me sinto escanteado no trabalho' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/03/2018, com um ouvinte que está sendo colocado de lado no trabalho.

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'Tenho 47 anos e me sinto escanteado no trabalho'

ignorado no trabalho

Um ouvinte escreve: "Tenho 47 anos. Nunca fui chefe e nem pretendi ser. Fui sempre um subordinado dedicado e competente, que respeitou os superiores. Agora, pela primeira vez, percebo que estou sendo tratado como alguém que passou do tempo.

Meu atual gerente, quase 20 anos mais novo do que eu, é um carreirista, mais interessado em seus projetos pessoais, do que no bem da empresa. Fui colocado para escanteio, até fisicamente, porque a minha mesa foi transferida para o canto mais remoto do escritório.

Como conheço muito bem o meu trabalho, tentei oferecer sugestões, mas elas foram todas ignoradas. E isso quando foram ouvidas, porque muitas vezes fui cortado antes mesmo de terminar de falar. Não sei o que fazer, porque acredito que essa situação, que não é boa, só tende a piorar. O que você pode me dizer?"


Bom, vamos começar pela pior hipótese. Você pode vir a perder o seu emprego, se esse processo de torná-lo invisível, persistir.

O que posso lhe sugerir é pensar na sua carreira, e não em seu atual emprego. Aos 47 anos, você ainda tem, pelo menos, mais 18 anos de vida profissional pela frente.

Uma recomendação seria você voltar a estudar, fazer uma pós-graduação, por exemplo. Tanto para se atualizar, quanto e, principalmente, para conhecer gente. Um futuro colega de classe pode ser um gestor, que aprecie funcionários confiáveis e competentes, como é o seu caso.

Em resumo, se a sua empresa atual parece não precisar de você, ache uma que lhe dê valor.

Max Gehringer, para CBN.

2017-05-09

Temos que aceitar a falta de respeito dos novos colegas? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/05/2017, com uma ouvinte que se sente desrespeitada pelos colegas mais novos.

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Temos que aceitar a falta de respeito dos novos colegas?

choque de gerações no trabalho

Uma ouvinte escreve: "Tenho 50 anos e trabalho numa ótima empresa, já faz 20 e tantos anos. Sempre fui feliz aqui e continuo sendo, mas o tempo passa e as administrações mudam. Hoje, eu e alguns colegas da minha faixa etária, temos que conviver com pessoas bem mais jovens do que nós e que não demonstram respeito por tudo o que nós fizemos pela empresa e como colaboramos para que ela se tornasse o que é hoje.

É como se eles nem se incomodassem com isso. Os diretores também são jovens, o que somente acentua essa espécie de discriminação velada que sofremos, por termos feito mais aniversários na vida. Pergunto se temos mesmo que aprender a aceitar esse comportamento nessa fase da vida?"


Bom, a única coisa que você precisa aceitar nessa fase da vida é que o Ki-Suco saiu de linha e não vai voltar.

A melhor maneira de você e seus colegas penta-decenais conviverem no trabalho com esse intervalo de gerações, que nem é coisa atual porque sempre existiu, é mostrando o que vocês ainda podem fazer, e não o que já fizeram.

Se existe desinteresse quanto às realizações passadas, os feitos presentes não podem ser ignorados. Vocês têm experiência, maturidade e equilíbrio, e já não estão mais ansiosos por promoções imediatas. Então, partam para o bom exemplo. Mostrem todos os dias a razão de vocês estarem tendo uma carreira profissional longa e bem sucedida.

Esse é o maior ensinamento que a nova geração irá necessitar daqui a vinte ou trinta anos, porque os jovens de hoje serão vocês amanhã.

Max Gehringer, para CBN.

2017-03-24

'Era gestora aos 25 anos e sou assistente aos 40' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/03/2017, com uma ouvinte que deu uma derrapada na carreira.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Era gestora aos 25 anos e sou assistente aos 40'

falha carreira fail

Uma ouvinte escreve: "Estou chegando aos 40 anos e a minha carreira andou no sentido inverso. Aos 25 anos, eu era gestora de um setor, com doze subordinados diretos. Só que dali em diante, fui escorregando. Após um ano na função, perdi aquele emprego, aceitei outro em condições mais baixas de cargo e salário, perdi esse também, aceitei outro ainda menos relevante e hoje sou assistente administrativa em uma empresa de médio porte. Estou nela há três anos e ninguém mais parece ver em mim o potencial que outros viram há quinze anos. O que será que fiz de tão errado?"

Bom, primeiro, a chegada dos 40 costuma mesmo provocar esse tipo de reflexão sobre a carreira. Segundo, só posso deduzir que a sua primeira promoção tenha sido precipitada por parte da empresa. Isso acontece mais do que você imagina. A primeira chefia da carreira é um teste prático e alguns não passam.

Os empregos seguintes, que talvez você tenha aceito mais por necessidade do que por oportunidade, acabaram por determinar o nível hierárquico que o mercado de trabalho passou a ver em você e que prevalece hoje.

E quais seriam as suas opções, pensando nos próximos dez anos? Se você acredita que pode voltar a liderar equipes, pergunte ao seu supervisor o que você precisa fazer para merecer essa nova chance. Se você tiver iniciativa e coragem, pode tentar um negócio próprio. Se busca segurança, um concurso público. Só lhe sugiro não gastar muito tempo apenas pensando no que fazer.

Max Gehringer, para CBN.

2017-02-21

Concurso público é opção para quem está fora do mercado - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/02/2017, com uma ouvinte que ficou afastada do mercado de trabalho, não consegue se recolocar e agora está em dúvida se presta um concurso público ou abre uma consultoria.

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Concurso público é opção para quem está fora do mercado

resultado concurso público

Uma ouvinte escreve: "Tive uma carreira profissional meio acidentada. Durante 10 anos, ocupei boas funções em boas empresas, mas decidi parar de trabalhar quando engravidei e fiquei 12 anos fora do mercado. Voltei e tive que parar de novo, por questões pessoais. E agora, aos 44 anos, não estou conseguindo me recolocar, embora o meu currículo acadêmico esteja bem acima do que é exigido para as vagas para as quais venho me candidatando. Pensei em abrir uma empresa de consultoria ou prestar um concurso público, mas não consigo me decidir. Qual seria a sua sugestão?"

Seria o concurso público. Uma empresa de consultoria exige uma formação específica e uma experiência comprovada em alguma área, duas coisas que aparentemente você não possui. Se você arriscar mesmo assim e não der certo, você se veria numa situação muito pior que a atual, porque estaria com alguns anos a mais e esse é um fator que pesa no momento de uma contratação.

Já o concurso público elimina todos os entraves. Não há o empecilho da idade, não há entrevistas e não são necessárias explicações sobre os seus períodos de afastamento voluntário do mercado. Como você possui uma formação acadêmica que lhe permite encarar um concurso com boas chances de ser aprovada, essa opção lhe daria tranquilidade pessoal e profissional por mais 20 ou 30 anos.

Boa sorte.

Max Gehringer, para CBN.

2016-11-15

'Existe limite de idade para fazer intercâmbio?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/11/2016, com uma ouvinte de mais idade, empregada, que deseja fazer um intercâmbio.

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'Existe limite de idade para fazer intercâmbio?'

intercâmbio

Uma ouvinte escreve: "Tenho 34 anos, estou empregada e tenho vontade de fazer um intercâmbio. Quando digo que pretendo deixar o meu emprego para passar uma temporada no exterior, percebo que sou vista como uma aventureira. Pergunto se existe limite de idade para se fazer um intercâmbio?"

Não, não existe. É verdade que a grande maioria dos que fazem intercâmbio são jovens até 25 anos, e muitos deles ainda nem começaram a trabalhar. Mas a idade não é um impeditivo para quem já amadureceu um pouco mais na vida e na carreira.

Porém, a mesma recomendação válida para um jovem de 20 anos, vale também para você. Um intercâmbio traz inúmeras vantagens, tanto no aprendizado de um idioma, quanto no aumento da confiança e da auto-estima. Mas não é garantia de que na volta um bom emprego estará assegurado, embora essa seja a razão mais citada por quem se dispõe a passar um ano em outro país.

O mais prudente, no seu caso, seria você tentar negociar com sua empresa atual uma licença não-remunerada, para poder voltar a trabalhar assim que regressasse.

Se isso não for possível, e se mesmo assim você decidir ir, tenha em mente que os benefícios em médio prazo serão muitos, mas um emprego imediato não será. Logo, é recomendável que você disponha de recursos financeiros para não ter que aceitar, ao retornar, uma vaga inferior a essa que tem atualmente.

Max Gehringer, para CBN.

2016-10-24

'Fui empresário por quase 30 anos e gostaria de seguir carreira numa empresa' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/10/2016, com um ouvinte que foi empresário por muitos anos e agora quer seguir a carreira numa empresa.

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'Fui empresário por quase 30 anos e gostaria de seguir carreira numa empresa'

vendedor

Um ouvinte escreve: "Tenho 54 anos e durante toda a minha vida fui empresário. Tive três empresas de pequeno porte e nenhuma delas faliu, mas me cansei depois de quase 30 anos batalhando. Gostaria muito de partir agora para uma carreira em uma empresa privada, mas temo que a minha idade seja um sério empecilho. Além disso, não sei bem a que função me candidatar, porque sou autodidata e não tenho curso superior. Por onde posso começar a minha procura?"

Pela área de vendas. Depois de 30 anos lidando com o público como empreendedor, você certamente adquiriu conhecimentos básicos e essenciais para convencer alguém a comprar ou vender alguma coisa, caso contrário não teria tido três empresas sem nunca ter falido.

Vendas é uma área vital para a maioria das grandes empresas, mas é também uma área com alta rotatividade. Ou seja, se por um lado não é fácil aguentar a pressão, por outro lado sempre aparecem vagas.

Além disso, um bom vendedor não tem idade e não há diploma para vendedor. As empresas exigem uma série de habilidades pessoais, e não uma lista de cursos, a não ser que a venda seja altamente técnica e especializada.

Se você estiver disposto a começar como vendedor, acredito que não demorará a conseguir uma vaga. A partir dela, sua vasta experiência acumulada lhe permitirá atingir bons resultados e cargos mais altos.

Em vendas, idade é um desafio, e não uma barreira.

Max Gehringer, para CBN.

2016-10-14

'Ainda existe chance para quem trabalhou 42 anos e foi demitido?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/10/2016, com um ouvinte de 61 anos que foi demitido e está preocupado com como o mercado de trabalho irá lhe tratar nessa idade.

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'Ainda existe chance para quem trabalhou 42 anos e foi demitido?'

vagas emprego terceira idade

Um ouvinte escreve: "Tenho 61 anos, sou aposentado, trabalhei durante 42 anos sem nunca ter sido demitido. Mas agora fui e estou muito preocupado. Ainda existe alguma chance no mercado de trabalho para alguém como eu?"

Sim, existe. O mercado de trabalho acompanhou a curva do aumento da expectativa de vida. No censo do ano de 1950, eram oficialmente classificadas como idosas as pessoas com mais de 50 anos. Atualmente, são aquelas que têm mais de 65 anos.

Por isso, muitas empresas reconhecem que os pré-idosos de hoje são diferentes dos seus antepassados e oferecem vagas para quem ainda tem disposição e quer continuar ativo no mercado.

Minha sugestão é que você busque na internet empresas que oferecem programas especiais para a terceira idade, ou melhor idade ou qualquer outra denominação equivalente, e se cadastre nos sites dessas empresas.

Tenha em mente que os próximos dez ou vinte anos da sua carreira não serão iguais aos trinta anos anteriores. As vagas ofertadas não serão em cargos de liderança e não terão uma remuneração igual à última que você teve, mas lhe oferecerão a oportunidade de continuar sendo útil.

A situação será ainda melhor se você tiver algum tipo de especialização técnica que independa da idade, como informática, por exemplo.

Para completar, a sua faixa etária é a que tem o menor índice de desemprego no mercado. Os jovens entre 18 e 24 anos estão sofrendo bem mais para conseguir encontrar uma vaga.

Max Gehringer, para CBN.

2016-09-15

'Há limite de idade para um programa de trainee?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/09/2016, com um ouvinte de mais de 30 anos que acabou uma pós-graduação e pergunta sobre programas de trainees.

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'Há limite de idade para um programa de trainee?'

programa de trainees

Escreve um ouvinte: "Tenho 32 anos e não vejo futuro na empresa em que estou. Acabo de concluir uma pós-graduação e pergunto se faria sentido eu participar de um programa de trainee em uma empresa de maior porte? Há limite de idade?"

Não, não há. Empresas costumavam estabelecer uma idade máxima, mas a maioria delas deixou de fazer isso para evitar críticas de discriminação.

A questão, porém, está na própria essência dos programas de trainees. O objetivo deles é atrair recém-formados com bom potencial para passar até dois anos adquirindo experiência em diversos setores da empresa, antes de serem definitivamente fixados em uma área.

Lendo tudo isso, uma palavra que não precisa estar escrita para ser entendida é: jovem. Por isso, muito raramente se ouve falar de uma empresa que tenha admitido um trainee com 30 anos.

Mesmo que você encontre uma dessas empresas raras, você precisaria cumprir o mesmo ritual de todos os demais trainees, o que demandaria tempo até que eventualmente você pudesse vir a ser considerado para uma promoção.

No seu caso, faz muito mais sentido que você tente se mudar para outra empresa na mesma função que tem atualmente. E através de seus resultados e de outros atributos, receba a atenção que não recebeu na empresa atual.

Em resumo, é fazer o que você está pensando em fazer, mas como efetivo, e não como trainee.

Max Gehringer, para CBN.

2016-07-15

'Tenho 18 anos de empresa e me sinto parado' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/07/2016, com um ouvinte que tem uma emprego estável, mas que se sente parado na carreira.

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'Tenho 18 anos de empresa e me sinto parado'

estagnado na carreira

Um ouvinte escreve: "Minha dúvida é um pouco diferente daquelas que você costumeiramente responde. Estou empregado, ganho bem e a empresa em que trabalho não foi afetada pela crise. Apesar disso, tenho 42 anos de idade e 18 de empresa, e estou me sentindo meio parado, fazendo mais do mesmo, sem desafios e nem perspectivas. Sei que não corro riscos, mas daqui a dez anos não quero olhar para trás e me lamentar por não ter tentado fazer algo novo em vez de me acomodar. Você pode me dizer se isso é só uma preocupação passageira em função da minha idade e tempo de casa, ou é mesmo um sinal de que preciso repensar a minha carreira e a minha vida?"

Vamos lá. Em maior ou menor grau, esse período de incerteza acontece em todas as carreiras. Eu lhe diria que mudar de emprego raramente costuma ser uma boa ideia, principalmente se a mudança for para ocupar uma função semelhante a que você tem atualmente.

Mas você pode começar a se preparar já, para algo que possa fazer daqui a alguns anos, uma atividade que você aprecie, mas na qual não se preocupou em investir porque a sua carreira e o seu salário foram suficientes para ocupar o seu tempo e a sua atenção.

Após decidir o que lhe daria prazer fazer, aplique parte do seu tempo em cursos e leituras sobre essa atividade. Talvez você só comece a se dedicar a ela daqui a alguns anos, mas definir uma direção já lhe tirará boa parte dessa carga de incômodo que você está sentindo agora.

Max Gehringer, para CBN.

2016-07-07

'Já comecei a parecer um veterano aos 34 anos' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/07/2016, com um ouvinte que entrou em uma empresa com jovens agressivos em início de carreira.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Já comecei a parecer um veterano aos 34 anos'

jovens líderes

Um ouvinte escreve: "Pensei que era novo e descobri que não sou. Tenho 34 anos e ingressei em uma empresa, imaginando que nela eu teria boas oportunidades de crescimento, já que ela própria vem crescendo ano após ano. O problema é que o corpo gerencial dela é constituído por jovens, todos com menos de 30 anos, todos extremamente agressivos no bom sentido, e todos de olho nos mesmos cargos que eu pretendia atingir. Como posso competir com eles, já que não sou acostumado a trabalhar nesse ritmo acelerado e, o que mais me preocupa, já comecei a parecer um veterano aos 34 anos?"

Você tem duas opções: ficar ou sair. E nesse caso, indo para outra empresa cujo corpo gerencial tenha mais de 40 anos.

Se você decidir ficar, o mais provável é que a sua percepção esteja correta. Se o padrão da empresa é o de oferecer oportunidades a jovens agressivos em início de carreira, os futuros promovidos serão os jovens mais dinâmicos que trouxerem melhores resultados em curtíssimo prazo.

Mas você pode também crescer no embalo deles. Com a sua experiência, identifique aqueles que mostrem mais potencial e ofereça a eles a sua ajuda para o que eles necessitarem.

Todo jovem recém-promovido aprecia ter na equipe um subordinado mais maduro que contribua com opiniões e ideias sensatas, sem demonstrar auto-espírito de competição direta e nem parecer uma ameaça. Dessa forma, você subiria com eles e não contra eles.

Max Gehringer, para CBN.

2016-05-30

'Minha idade não me torna cada vez menos interessante?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/05/2016, sobre a evolução da carreira e a idade.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Minha idade não me torna cada vez menos interessante?'

evolução carreira

Um ouvinte escreve: "Trabalho numa empresa multinacional já há 18 anos. Na medida em que os anos vão passando, me ponho a pensar se a minha idade não me torna cada vez menos interessante para a empresa. Isso porque eu vou ficando mais caro, mesmo sendo produtivo, e mais obsoleto, embora me mantenha atualizado. Essa é uma preocupação que tem fundamento ou estou com problema de auto-estima?"

Bom, a parte do salário é verdadeira: quem passa muito tempo em uma empresa acumula reajustes anuais obrigatórios e, depois de quase duas décadas, acaba mesmo ficando com um salário superior à média do mercado. Nesse caso, a empresa estaria pagando salários diferentes para produtividades iguais.

Quanto a obsolescência, há uma explicação mais coerente. Nos primeiros anos de carreira existem mais etapas que podem ser superadas, mesmo que o profissional não chegue a um nível gerencial. Ele passa de auxiliar a assistente, depois a analista, depois a coordenador e assim por diante.

A partir dos 35 anos de idade, a possibilidade de ascensão começa a ficar mais lenta, até que a maioria dos profissionais se estabiliza. Apesar de ser normal na carreira, essa desaceleração, de fato, dá aquela sensação de que a carreira estagnou, enquanto os mais jovens continuam subindo.

O melhor remédio para isso é continuar mostrando resultados e se atualizando. Você ainda tem um par de degraus a galgar. Mas não tão rapidamente quanto aqueles que galgou até agora.

Max Gehringer, para CBN.

2016-04-19

Ter mestrado assusta quem contrata? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/04/2016, com um ouvinte super qualificado que está com dificuldades de encontrar um novo emprego.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Ter mestrado assusta quem contrata?

profissional experiente

Um ouvinte escreve: "Tenho 44 anos, boa formação com MBA e mestrado, e ocupei funções importantes em grandes empresas. Há alguns meses, devido a crise, perdi o emprego e não estou conseguindo me recolocar. Estou disposto até a reduzir o meu padrão salarial, mas nem para entrevistas eu sou chamado. Será por minha idade ou será que ter mestrado assusta a quem contrata?"

Vamos lá. Imagine-se no lugar de um selecionador que esteja avaliando currículos para uma vaga. A não ser que ela seja de alto escalão, você não iria preferir contratar um profissional mais jovem, no qual a empresa pudesse investir? Não seria um risco contratar alguém cujos atributos superem em muito as exigências da função?

Presumo que isso esteja ocorrendo quando o seu currículo é avaliado. Não é discriminação por idade ou por formação, mas apenas a inexistência de vagas apropriadas para você. Contratar alguém que extrapole a função oferecida e por um salário abaixo do nível de qualificação, deixaria a empresa desconfiada, e com razão, de que o contratado começaria a procurar de imediato outro emprego mais adequado.

Em outras palavras, você não está sendo chamado por respeito a seu passado, por menos que isso lhe faça sentido. Mas continue tentando. E considere uma sugestão: que tal aproveitar toda a sua valiosa bagagem prática e teórica e partir para uma consultoria própria? Essa seria uma opção razoável porque resolveria não só a sua situação presente, como lhe daria um horizonte profissional cuja duração só dependeria de você mesmo.

Max Gehringer, para CBN.