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2019-02-21

O gestor pode atrapalhar ou ajudar no andamento da empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/02/2019, com os dois tipos de chefes que complicam o que não precisaria ser complicado.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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O gestor pode atrapalhar ou ajudar no andamento da empresa

corrida corporativa

Escreve uma ouvinte: "Estou nesta empresa há 2 anos e ainda não sei o que esperar dela. Trabalhamos num ritmo maluco, mas nunca recebemos nenhum retorno sobre o nosso desempenho. Tem dias em que me sinto como um cachorrinho correndo atrás do rabo. É assim em todo lugar ou é só aqui?"

Não é em todo lugar, e possivelmente nem deve ser aí, no resto da sua empresa. O problema parece estar muito mais no modo de atuar do seu gestor.

Existem dois tipos de gestores que complicam o que não precisa ser complicado: aquele que não diz o que quer e aquele que a cada dia quer uma coisa diferente.

Quem trabalha com o primeiro tipo, nunca fica sabendo se está, ou não, fazendo um bom trabalho, já que os objetivos nunca são claros. É como participar de uma corrida sem ser informado sobre a distância a ser percorrida e nem onde está a linha de chegada.

E o segundo tipo é o que muda os objetivos, fazendo com que todos se concentrem em um trabalho, para no dia seguinte traçar outra meta diferente, sem que a primeira tenha sido atingida. Aí, é como participar de uma corrida e no meio dela ser informado de que será preciso dar meia-volta porque a linha de chegada está do lado oposto.

Mas você e seus colegas devem estar correndo bem mais do que a média. Caso contrário, o seu gestor já não estaria mais no cargo. E esse é um elogio que eu lhes faço, para suprir a omissão do seu gestor para com os incansáveis corredores, que estão fazendo a fama dele.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-06

Como escapar da enrolação do chefe sobre aumento de salário - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/02/2019, com um ouvinte que está sendo enrolado pelo chefe sobre um aumento de salário.

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Como escapar da enrolação do chefe sobre aumento de salário

discutindo aumento de salário com chefe

Um ouvinte escreve: "Estou nesta empresa faz cinco anos, e anualmente temos uma avaliação de desempenho. Na que foi feita há três anos, mencionei a meu gerente que eu esperava um aumento, devido a meus resultados terem ficado bem acima dos objetivos. Ele me disse que a empresa estava passando por um processo de reestruturação, mas que voltaríamos a conversar.

No ano seguinte, o argumento do gerente foi a crise. Neste ano, os negócios melhoraram, mas ele me pediu um pouco de paciência, porque a empresa estava para implantar um plano de cargos e salários. E aí, todas as situações serão revistas e corrigidas, inclusive a minha. Pergunto se devo ter esperanças?"


Deve, mas mínima. Quando um gerente conversa por três anos seguidos com um subordinado sobre um possível aumento, e não faz nenhuma referência específica ao desempenho do subordinado durante 36 meses, isso cheira fortemente a enrolação.

Se uma só pessoa aí na sua empresa, recebeu um reajuste nesse período, o que é mais que provável, o seu caso está sendo empurrado com a barriga.

Se você ainda não está sondando o mercado ou avisando a seus amigos que está procurando outro emprego, comece a fazer isso. Antes que o quarto ano chegue e o seu gerente lhe diga que ele já conversou com o diretor sobre o seu caso, e que você não deve se preocupar porque, em breve, haverá uma solução. No máximo, até o ano seguinte.

Max Gehringer, para CBN.

2019-02-05

A importância da meia interinidade - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/02/2019, com um ouvinte cujo chefe saiu de viagem e imaginou que seria designado como chefe temporário.

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A importância da meia interinidade

chefe carreira

Escreve um ouvinte: "Eu trabalho em um setor em que os meus colegas têm a função de auxiliar, e eu a de assistente. Além de ser o único a ter um título diferenciado, sou também o mais antigo do setor. O nosso gerente saiu de férias, e eu imaginei que fosse ser designado seu substituto temporário, mas um gerente de outro setor foi indicado para resolver os problemas que aparecessem.

Não precisei consultá-lo nenhuma vez, porque entendo nossa rotina melhor do que ele, e os meus colegas me respeitam. Mas eu pergunto se devo tomar essa decisão como um indício de que o meu gerente não confia em mim?"


Não, nada disso. A sua história é quase igual a uma que ocorreu comigo no começo da carreira. Eu não tinha título nenhum e nem era o mais antigo, mas quando o gerente se ausentava, ele falava: "Max, assuma com todas as responsabilidades e nenhuma das prerrogativas do cargo."

Isso significava que eu deveria atender o telefone dele e providenciar tudo o que me fosse solicitado por outros setores, mas não podia dar ordens a meus colegas e nem tomar decisões que competiam à gerência.

A diferença é que o meu gerente era mais bem-humorado do que o seu.

De qualquer forma, a experiência da meia interinidade me foi útil, como será também para você. Se tudo correu bem no setor sob a sua condução, mesmo que informal, isso não será ignorado. Você não só não perdeu nada, como ainda ganhou um ponto importante no conceito do seu gerente.

Max Gehringer, para CBN.

2018-12-17

O que vale mais: um bom técnico sem liderança ou um líder que não é técnico? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/12/2018, com um ouvinte que é um bom técnico e tem um líder que não é.

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O que vale mais: um bom técnico sem liderança ou um líder que não é técnico?

bom líder em reunião

Um ouvinte pergunta o que vale mais: ser um bom técnico sem liderança ou ser um bom líder sem conhecimento técnico? E ele explica que está no primeiro grupo e o supervisor dele, no segundo. E que portanto, o líder que não é tão técnico ganha mais que o técnico que não é líder.

E ele escreve: "Quando a minha empresa abre uma vaga de técnico, ela precisa pedir que a gente indique alguém, porque não aparece nenhum candidato. Mas quando abre uma vaga de líder, a fila de pretendentes dobra a esquina. Então se a lei da oferta e da procura funciona, um técnico não deveria ganhar mais do que um líder?"

Bom, eu posso começar lhe dizendo que a referida lei sempre funcionou e irá funcionar. A fila de pretendentes a que você se refere será peneirada, coada e filtrada, até que sobre um candidato que tenha tanto o conhecimento técnico, quanto a experiência anterior como líder.

Ou, em outras palavras, a fila é inchada porque o número de esperançosos é grande, mas aquele que for contratado valerá a diferença salarial em relação aos subordinados técnicos.

Isso significa que o seu líder atual, que não é técnico, conseguiu o cargo ou por motivos que contornam a lei da oferta e da procura, ou porque a empresa vê bons motivos para investir nele.

Portanto o mais importante de tudo é que você, sendo o bom técnico que é, poderia fazer um curso de liderança, para que possa vir a se tornar para outros bons técnicos, o líder que você gostaria de ter.

Max Gehringer, para CBN.

2018-12-13

O risco de ameaçar de deixar a empresa se não conseguir um aumento salarial - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/12/2018, com um ouvinte que está pensando em aproveitar a situação em que está sozinho em seu setor para pressionar o chefe a lhe dar um aumento.

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O risco de ameaçar de deixar a empresa se não conseguir um aumento salarial

sair do emprego se não tiver aumento

Um ouvinte escreve: "Somos só dois funcionários em meu setor, que lida com aplicações tecnológicas bem específicas, em uma grande empresa. Meu colega pediu demissão e eu fiquei sozinho, enquanto a empresa procura um substituto para ele.

Já faz tempo que venho alertando meu gerente que o meu salário não está em linha com o que o mercado paga. E acredito que agora eu esteja com a faca e o queijo na mão para ser mais exigente. Pergunto como posso abordar o meu gestor sem melindrá-lo, mas deixando claro que ele já perdeu um, e pode perder dois."


Humm, não sei se isso vai funcionar tão bem como você imagina. Eu já vi muitas situações em que um funcionário descobriu, na pior hora, que a faca não estava tão bem afiada ou que o queijo estava meio rançoso.

Mesmo que o seu gerente se veja forçado a lhe conceder um aumento, não creio que ele irá reconhecer que perdeu a queda de braço e deixar por isso mesmo. Você poderá ter uma surpresa desagradável se, por exemplo, dois novos funcionários forem contratados, e não um só.

A maneira profissional de conduzir o caso seria mostrar a seu gerente que você merece o reajuste por comparações com o mercado, mas sem insinuar que poderá deixar o gerente na mão.

Empresas grandes não costumam deixar pontas soltas em serviços essenciais. E você só se daria bem se já tivesse outra proposta firme com um salário maior. Se não tem, uma ameaça poderá prejudicar você, em vez de lhe favorecer.

Max Gehringer, para CBN.

2018-12-07

Minha chefe é muito exigente. Esse é o perfil atual de chefes do sexo feminino? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/12/2018, com um ouvinte que acha que sua chefe é muito exigente.

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Minha chefe é muito exigente. Esse é o perfil atual de chefes do sexo feminino?

mulher chefe like a boss

Escreve um ouvinte: "Trabalho há oito anos e tive cinco gestores diretos em minha carreira. Os quatro primeiros foram homens e a atual é mulher. Não quero parecer discriminatório, mas ela me dá a impressão de querer provar o que não é preciso, chamando seguidamente a atenção dos subordinados, raramente concordando que uma tarefa foi bem feita, e sempre exigindo mais de quem já está dando o máximo. Pergunto se estou exagerando ou se esse é o perfil atual de chefes do sexo feminino?"

Não. Esse é o perfil atual da maioria dos chefes, ponto. E sim, a sua visão é discriminatória, mas não intencionalmente.

Desde criancinhas, homens tendem a esperar das mulheres, compreensão, amparo, afago, proteção e todas as outras boas qualidades que as mães cansaram de demonstrar. Por outro lado, pais são mais severos e menos pacientes.

Ao ingressar no mercado de trabalho, é natural que esses estereótipos continuem a estar latentes nos homens, mesmo naqueles que defendem a igualdade de direitos. E quando eles se vêem diante de um gestor exigente e inflexível, há uma tendência a aceitar melhor essa atitude se o gestor for um homem.

É claro que nem todos os empregados homens pensam como você quando têm uma chefe, ou se pensam, não falam. Você tem muitos anos de carreira pela frente, e ainda terá várias mulheres lhe chefiando nesse percurso. Só posso lhe sugerir que se habitue com o inevitável.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-30

Como lidar com um chefe intolerante? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/11/2018, com uma ouvinte que acredita que deveria receber mais elogios e menos críticas do seu chefe.

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Como lidar com um chefe intolerante?

chefe intolerante

Uma ouvinte escreve para manifestar a sua decepção, por ter um superior que só a repreende: "Não acho que mereço o que ouço", ela diz. "E acredito que deveria ouvir mais elogios e menos críticas. Essa intolerância do meu superior seria um estilo de chefiar ou ele tem algum problema pessoal que desabafa no trabalho?"

Sim, quem sabe, ele talvez tenha uma esposa mais inteligente e mais bem sucedida do que ele, e a maneira que ele encontrou para compensar essa inferioridade doméstica seja a de criticar alguém que se pareça com a esposa dele. Mas vamos convir que, embora isso até seja possível, não é muito provável.

Eu começaria lhe sugerindo que avaliasse a relação do seu superior com os demais subordinados dele. Ele faz críticas a todos, com a mesma intensidade e constância com que critica você? Se sim, então é mesmo um estilo, que já saiu da moda, mas que continua a ser adotado por alguns chefes.

Porém, se você é alvo de críticas continuadas e os seus colegas nem tanto, o problema pode estar em você. Usualmente, quem é criticado não gosta, mas ouve e tenta consertar. Se consegue, as críticas cessam ou diminuem. Mas se não dá importância ao que ouviu, e continua a proceder do mesmo modo, as críticas se tornam progressivas.

Eu sugiro que, na próxima vez, você não seja defensiva. Diga a seu superior que ele tem razão. E você verá que só isso já irá amenizar o relacionamento entre vocês. E obviamente, além de ouvir, não deixe de consertar o que foi criticado.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-23

Preciso de um ajudante, mas meu supervisor tem medo de pedir ao chefe dele. O que fazer? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/11/2018, com um ouvinte que trabalha demais e que pediu um ajudante, mas seu supervisor não lhe escuta.

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Preciso de um ajudante, mas meu supervisor tem medo de pedir ao chefe dele. O que fazer?

atolado de trabalho

Um ouvinte escreve: "Eu trabalho demais. Minha carga de tarefas está muito além da capacidade de uma única pessoa. Já falei para o meu supervisor que preciso de um ajudante, mas ele faz de conta que é surdo, porque tem medo do chefe dele. O que eu posso fazer? Ir falar diretamente com o chefe do meu supervisor?"

Bom, pular a hierarquia é sempre uma tentação, em casos como o seu e dezenas de outros. Você está sendo até modesto, porque há funcionários que cogitam saltar vários escalões e ir conversar diretamente com o presidente.

Eu até vi esse salto em altura funcionar um par de vezes em minha carreira, mas em casos em que o reclamante tinha fatos tão berrantes para apresentar, que ficava impossível contradizê-lo.

Lembro-me de um caso em que um supervisor obrigava um subordinado a fazer horas extras diárias, sem registrá-las. O subordinado foi falar com o gerente e o supervisor foi demitido.

reclamações sobre carga de trabalho têm bem menos possibilidades de serem acatadas. Mas pense o seguinte: se você ganhasse o dobro, manteria a sua reclamação?

Pode ser que várias coisas lhe estejam incomodando, como o salário, a postura servil do seu supervisor, o fato do seu esforço não estar sendo reconhecido e elogiado.

Se for isso, não creio que você tenha futuro aí, nessa empresa. Em uma que o valorizasse, você talvez fizesse até mais do que faz. Então sugiro que você comece a procurar quem lhe dê valor.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-22

Gosto de me expressar falando e minha chefe, escrevendo. Há algo que eu possa fazer? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/11/2018, com uma ouvinte tem problema em se comunicar com sua chefe, por ela preferir falar e a chefe, escrever.

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Gosto de me expressar falando e minha chefe, escrevendo. Há algo que eu possa fazer?

comunicação na empresa

Uma ouvinte escreve: "Eu e minha chefe temos uma barreira de comunicação. Eu gosto de me expressar falando e ela, escrevendo. Quando vou conversar com ela sobre algum assunto, ela me corta rapidinho e me pede para mandar por escrito. Há casos em que escrever toma um tempo enorme e uma simples conversa poderia resolver a questão, mas minha chefe não pensa assim. Há algo que eu possa fazer?"

Sim. Aperfeiçoar a sua habilidade de se comunicar escrevendo. Numa relação entre chefe e subordinado, quem determina o meio de comunicação é o chefe.

Mas eu concordo com você que escrever demais e falar de menos é um entrave. Numa conversa, é normal que surjam pontos que não estavam previstos anteriormente, e são solucionados de imediato. Já quem escreve precisa pensar em inúmeras hipóteses, e isso toma tempo e produtividade.

Pode ser que a sua chefe seja insegura e queira manter registrados todos os assuntos. Ou pode ser que ela faça isso por ser precavida, quando há algo que possa ser mal interpretado se for só falado.

De qualquer modo, eu lhe sugiro aprimorar a sua comunicação escrita com um exercício simples e fácil, que requer pouco tempo e nenhum investimento: pegar textos de parágrafos sobre qualquer assunto e resumi-los em uma frase sucinta e suficiente.

Além desse aprendizado ajudá-la no trabalho atual, se você souber falar bem e escrever bem, é muito provável que o seu futuro profissional seja melhor que o da sua chefe.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-20

A importância de assumir os erros na empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/11/2018, com uma ouvinte que cometeu um erro no trabalho e está em dúvida se o revela ou não.

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A importância de assumir os erros na empresa

erro no trabalho

Uma ouvinte escreve: "Cometi um erro no serviço. Não creio que ele será descoberto, mas não consigo parar de me preocupar. É o meu primeiro erro, mas a minha chefia é intolerante com quem erra. E não sei o que é pior: ficar calada ou me apresentar para assumir a culpa e arcar com as consequências."

Muito bem. "Errar é humano", disse um dia, um humano que errou e não achou uma boa desculpa.

Em seu lugar, eu começaria considerando que, se o caso chegar aos ouvidos inclementes da sua chefia, é melhor que chegue por você, e não por outro meio: você teria duas explicações para dar, em vez de uma.

Mas para o seu conforto imediato, eu lhe diria que, empregados que voluntariamente assumem erros são em menor número do que aqueles que esperam até serem descobertos. Portanto, por enquanto, você está com a maioria.

E quando o erro aparece, há algumas reações previsíveis:

1ª: Negar o fato.
2ª: Mostrar total surpresa.
3ª: Tentar achar um fator externo que possa ter contribuído para que o erro acontecesse.
4ª: Culpar o excesso de trabalho.
5ª: Lembrar que esse foi o primeiro erro cometido em não-sei-quanto-tempo de empresa.
6ª: Entrar em momentâneo estado de abatimento.

Comparado a esse penoso processo purgativo, parece-me mais simples se apresentar, mencionar o erro e aceitar a repreensão.

E há até um lado bom: a confissão aumenta a confiança da chefia no subordinado. E a ocultação a destrói.

Max Gehringer, para CBN.

2018-11-07

Considero meu salário injusto. Como conduzir isso com meu gerente? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/11/2018, com uma ouvinte que descobriu que uma colega que tem uma função parecida ganha mais do que ela.

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Considero meu salário injusto. Como conduzir isso com meu gerente?

mulher pedindo aumento

Uma ouvinte escreve: "Trabalho há dois anos em uma empresa. Quando fui contratada, a crise estava no auge e aceitei um salário mais baixo do que eu considerava adequado. Há um mês, uma nova funcionária foi admitida, com uma função semelhante à minha. E ela me revelou, em uma conversa casual, quanto ela ganha. E é mais do que eu ganho. Considero isso muito injusto e pergunto: como posso conduzir essa situação com o meu gerente?"

Bom, começando pelo que você não deve fazer, não mencione o salário de sua nova colega como argumento para a empresa lhe conceder um reajuste. O seu gerente não iria gostar disso, porque nenhum chefe gosta.

Uma empresa pode ter várias razões para diferenciar salários dentro de uma mesma faixa. Se você abordar o seu gerente cobrando uma explicação, o mais provável é que ele lhe diga, com o respeito que você merece, que esse é um assunto da empresa, e não seu.

Outro argumento fraco seria você dizer ao gerente que foi contratada por um salário abaixo da sua capacitação, se na época esse ponto não chegou a ser abordado.

O que você pode fazer é conversar com o seu gerente sobre a sua situação, relatar o que você fez e mostrou nesse ano e meio. E perguntar o que ainda lhe falta fazer e mostrar para merecer um reajuste.

Eu concordo com você que muitas coisas não parecem justas em empresas. Mas só isso não é suficiente para respaldar um pedido de aumento. O seu desempenho é que será.

Max Gehringer, para CBN.

2018-10-24

O que fazer quando o chefe não está disposto a te ouvir? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/10/2018, com um ouvinte que tem um chefe que nunca está disposto a ouvi-lo.

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O que fazer quando o chefe não está disposto a te ouvir?

conversando com chefe

Escreve um ouvinte: "Você já disse que um subordinado deve ir conversar com o chefe quando tem algum problema. Concordo que seja a medida mais apropriada, mas e se o chefe for do tipo que nunca está disposto a ouvir?

O meu é assim. Ele corta o assunto quase imediatamente e se levanta da cadeira para indicar que a conversa terminou. E se o subordinado permanece sentado, ele simplesmente sai da sala."


Uau. Eu sempre sugiro a conversa sem atrito, porque é assim que pessoas normais se entendem. Mas admito que alguns gestores escapem dessa normalidade. E seu chefe parece ser um deles.

Pode ser que ele tenha algum desvio psicológico. Mas, se tivesse, dificilmente teria chegado a uma posição de chefia. Pode ser que ele seja jovem e ainda imaturo, e por isso, fuja dos confrontos diretos. Ou pode ser que ele tenha tanto tempo de casa, que já perdeu a paciência depois de ouvir sempre as mesmas queixas.

Porém, por pior que o seu chefe lhe pareça, ele deve estar respaldado pelo superior dele. Talvez não seja elogiado por ser brusco, mas certamente não é criticado.

A opção que vejo é você escrever para ele, em vez de tentar dialogar. Há chefes que são melhores lendo e escrevendo, do que escutando e falando.

Se nem isso funcionar e se os seus colegas já se adaptaram ao estilo tosco do chefe, você poderia considerar uma mudança. Saia em busca de outro chefe, um que seja normal e receptivo. Existem muitos no mercado e você certamente encontrará o seu.

Max Gehringer, para CBN.

2018-10-17

O que fazer depois de levar nota baixa na avaliação de desempenho? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/10/2018, com um ouvinte que recebeu uma avaliação negativa em sua avaliação de desempenho.

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O que fazer depois de levar nota baixa na avaliação de desempenho?

avaliação de desempenho ruim

Escreve um ouvinte: "Trabalho em uma multinacional bastante ortodoxa no relacionamento com os funcionários. A cada ano, temos um processo de avaliação de desempenho, no qual ficamos sabendo o que está bom e o que é preciso melhorar.

Eu tive a impressão de que meu trabalho seria considerado entre bom e ótimo. E fiquei surpreendido quando meu gestor me deu uma avaliação apenas regular.

Os pontos que ele apresentou para baixar minha nota não levaram em conta a consistência do meu trabalho, mas apenas fatos isolados do meu comportamento. Não estou conseguindo digerir esse resultado."


Muito bem. Se bem entendi, essa avaliação anual ortodoxa é um exercício obrigatório, determinado pela matriz. Até aí, tudo bem. Mas parece ser também o único momento em que existe uma conversa unilateral entre gestor e subordinado. E aí, tudo mal.

Não me passa pela cabeça que um gestor fique 12 meses observando subordinados, sem chamar a atenção deles para falhas ou deslizes, que possam influir na avaliação, para um belo dia, ele descarregar tudo de uma vez.

Um processo de avaliaçãofunciona se for constante e contínuo, para finalmente ser formalizado sem maiores surpresas.

Pode até ser que você tenha merecido a nota regular que ganhou. E portanto, deve ficar atento aos pontos negativos apontados. Mas esse tipo de avaliação, única e sem apelação, já saiu de moda há uns 20 anos.

Max Gehringer, para CBN.

2018-10-10

Meu subordinado não me respeita e meu gerente não me deixou demiti-lo. O que fazer? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/10/2018, com um ouvinte que tem um subordinado que não o respeita como chefe e gostaria de demiti-lo, mas que foi desautorizado por seu chefe.

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Meu subordinado não me respeita e meu gerente não me deixou demiti-lo. O que fazer?

problemas no trabalho

Um ouvinte escreve: "Tenho 26 anos de idade e fui promovido a coordenador de um grupo de 11 funcionários. Como essa é a primeira promoção da minha carreira, procurei avaliar o desempenho de cada subordinado, e me deparei com uma situação desconfortável.

Um deles, antigo de casa, não mostra o devido respeito à posição de chefia que me foi dada. Se eu fosse ficar aqui detalhando as deficiências dele, gastaria bem mais espaço do que essa mensagem permite.

Eu decidi demiti-lo, mas ao falar com o meu gerente, ele me disse para ter paciência e tentar dialogar, em vez de partir para uma medida drástica. Eu me senti desprestigiado e pergunto: como não sair mal dessa situação?"


Bom, usualmente, quando um subordinado me escreve para reclamar do chefe, a quantidade de defeitos mencionada também daria para encher um livro, como se fosse preciso exagerar para convencer.

No seu caso, tenho esse mesmo pressentimento. Não é possível que um empregado antigo de casa seja tão ruim assim.

E eu acredito que o seu gerente tenha lhe passado uma mensagem que vai além de um conselho: a de que você, talvez, ainda não esteja inteiramente pronto para liderar pessoas.

O que me parece é que você recebeu um aviso, de que possa ter sido promovido antes da hora. E agora precisa mostrar que não foi. A sua melhor resposta será resolver adequadamente a sua relação com o empregado antigo.

Max Gehringer, para CBN.

2018-09-24

O risco de pedir demissão antes de garantir a vaga numa outra empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/09/2018, com uma ouvinte que pediu demissão antes da hora.

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O risco de pedir demissão antes de garantir a vaga numa outra empresa

pedindo demissão

Uma ouvinte escreve: "Estou empregada, mas participei de um processo em outra empresa. Ao final da entrevista, fui informada sobre o salário e os benefícios, e fiz perguntas sobre a empresa, o ambiente e as oportunidades. Tudo me foi respondido cordialmente e, por fim, o entrevistador me falou que uma pessoa de RH iria entrar em contato comigo.

Na manhã do dia seguinte, informei a meu chefe que iria sair. E ele lamentou, mas me disse que a decisão era minha. Porém, naquela mesma tarde, a pessoa de RH da outra empresa me ligou para informar que eu não seria contratada. E eu caí das pernas.

Mencionei a ela as informações que eu tinha recebido, inclusive sobre remuneração. E a resposta dela foi de que isso era feito com todos os candidatos, para que nada ficasse sem ser esclarecido.

Tive que pedir mil desculpas a meu chefe, mas meu relacionamento com ele, que era bom, ficou distante e frio. Não sei o que fazer."


Vamos lá. No caso do seu chefe, se ele concordou que você ficasse, é porque você é importante e necessária. Basta você mostrar que continuará sendo a boa funcionária que sempre foi, e esse mal-estar temporário vai passar.

No tocante à outra empresa, faltou só o entrevistador lhe dizer que a vaga ainda não era sua, mas que você era uma forte candidata a ela. Isso aumentaria a sua expectativa, mas a impediria de antecipar a seu chefe, algo que você entendeu como definitivo e que não era.

Se vale uma sugestão, da próxima vez, não deduza. Pergunte.

Max Gehringer, para CBN.

2018-09-20

Gestor pode demitir subordinados por justa causa por 'qualquer coisinha'? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/09/2018, sobre se um gestor pode demitir subordinados por justa causa por pequenas falhas.

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Gestor pode demitir subordinados por justa causa por 'qualquer coisinha'?

demissão por justa causa

Um ouvinte escreve: "Tenho um gestor que vive ameaçando os subordinados com demissão por justa causa, por qualquer coisinha. Não sou advogado, mas sei que, para demitir alguém por justa causa, é preciso uma falta muito grave. Estou certo?"

Sim, parcialmente. Ninguém pode ser demitido por justa causa em função de uma "coisinha". Mas pode, por uma somatória de coisinhas.

Na lista de fatos que permitem a uma empresa tomar a decisão extrema da justa causa, há um item chamado desídia. Essa é uma palavra que aparece em alguns boleros castelhanos, mas no Brasil somente é utilizada na linguagem trabalhista.

Ela significa negligência, preguiça e outras definições igualmente negativas. Mas a lei permite que pequenos atos de desídia, quando constantes, possam servir de base para uma justa causa.

Esses pequenos atos são: atrasos, muitas faltas, mesmo com atestado médico, longas ausências do posto de trabalho sem autorização, relutância em cumprir ordens superiores e tempo dedicado, durante o expediente, a coisas estranhas à função, como por exemplo, internet e redes sociais.

A soma de tudo isso pode gerar uma advertência falada, depois outra escrita, em seguida uma suspensão e, finalmente, uma decisão por justa causa.

Portanto o seu gestor tem razão ao afirmar que pode aplicar a pena máxima. Mas antes, ele tem que tomar todas essas outras medidas preliminares. Se ele não as toma, então ele está só blefando.

Max Gehringer, para CBN.

2018-09-19

Gerente cria problemas para si quando assume responsabilidades dos funcionários - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/09/2018, com um ouvinte encarregado de um setor, cujo gerente passa por cima para dar ordens diretamente aos funcionários do ouvinte.

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Gerente cria problemas para si quando assume responsabilidades dos funcionários

mandando nos subordinados

Escreve um ouvinte: "Faz um mês, fui admitido como encarregado de setor em uma empresa média. Durante o processo seletivo, apreciei o modo despojado do gerente que me entrevistou e que viria a ser o meu chefe direto. Mas creio que interpretei mal, o que pensei ser uma demonstração de que eu teria autonomia.

Além de não delegar, o gerente me atropela e conversa diretamente com meus subordinados, não raramente anulando uma determinação que eu tinha dado. Estou meio perdido e pergunto como faço para definir os limites da minha atuação?"


Bom, essa resposta é fácil. Os limites da atuação de um subordinado são definidos pelo superior direto.

Eu concordo com você que seu gerente está criando um problema para ele mesmo, ao assumir responsabilidades que deveriam ser suas, e minando a sua autoridade como líder.

Se esse gerente for antigo de casa, isso significa que, durante algum tempo, você terá que conversar com ele antes de tomar qualquer decisão, porque dificilmente ele irá mudar o modo como vem procedendo há anos. Você ganhará mais autonomia quando estabelecer uma relação de confiança com ele.

E se o gerente for novo de casa, você pode manifestar a ele a sua preocupação em ser um líder que não lidera. Isso pode resultar em uma de duas coisas: ou ele se modera, ou você se adapta.

Minha impressão é que, se você tentar se adaptar um pouco, ele irá se moderar outro pouco. E depois de seis meses, vocês já estarão em boa sintonia.

Max Gehringer, para CBN.

2018-09-10

Como proceder quando um colega de trabalho é o 'protegido' do chefe? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/09/2018, com um ouvinte que tem um colega de trabalho "protegido" pelo chefe.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Como proceder quando um colega de trabalho é o 'protegido' do chefe?

protegido do chefe

Escreve um ouvinte: "Como proceder quando um dos colegas de trabalho é protegido do chefe? Esse colega chega atrasado e nada acontece. Comete um erro e não é chamado à atenção. Já o tratamento dado pelo chefe ao resto da equipe é inflexível. Existe alguma coisa que podemos fazer?"

Sim, vocês poderiam tentar entender, se é que ainda não sabem, qual o motivo de tanta benevolência do chefe. Ele deve dinheiro ao subordinado? Os dois têm algum grau de parentesco? Existe algum tipo de relação entre eles, que extrapola o ambiente de trabalho?

Se vocês conseguirem encontrar algum fator, que possa explicar o que vocês veem como favorecimento, e se esse fator contraria alguma norma da empresa, técnica ou moral, vocês podem fazer uma reclamação conjunta ao chefe do chefe, ou ao setor de relações humanas da empresa.

Agora, se vocês não conseguiram identificar nenhuma razão para o colega ter uma preferência tão descarada, é bem provável que a preferência não seja tão descarada. E talvez nem haja preferência.

Pode ser que os resultados do trabalho desse colega justifiquem o abono de atrasos. E pode ser que ele não erre tanto como vocês imaginam, ou erre bem menos do que o resto.

Portanto a minha sugestão seria a de que vocês parassem de ficar indignados com a situação e procurassem os reais motivos dela. Vocês podem até ter razão, mas com fatos, e não com suposições.

Max Gehringer, para CBN.

2018-09-03

Sistema de microgerenciamento pode sufocar funcionários - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/09/2018, com um ouvinte que foi contratado por uma empresa que usa o sistema de microgerenciamento como gestão.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Sistema de microgerenciamento pode sufocar funcionários

microgerenciamento

Um ouvinte escreve: "Ao ser contratado para trabalhar nesta empresa, ouvi do recrutador que ela adota o sistema de microgerenciamento. Não me preocupei em perguntar o que era isso, mas me pareceu ser alguma técnica moderna de gestão.

Faz só um mês que estou aqui, mas me sinto sufocado. Ninguém fala com ninguém, e a cobrança da chefia desce ao nível do rabicho da minúcia do pormenor. Eu sei que poderia render bem mais, mas a cada momento preciso mostrar que sim, estou fazendo só o que foi me mandado fazer. Penso até em pedir a conta."


Sim, peça, antes que você fique robotizado.

Microgerenciamento é um pavoroso estilo de gestão, em que cada funcionário tem seu trabalho acompanhado sem trégua pela chefia.

Atenção é dada a cada detalhezinho e nenhum subordinado pode se desviar um milímetro daquilo que foi orientado a fazer. E nenhuma decisão, por mais simples e óbvia que pareça, pode ser tomada sem o consentimento da chefia.

Como se poderia esperar, os funcionários não pensam, só executam. E os chefes são controladores obsessivos.

Empresas que adotam essa prática precisam ter funcionários diligentes, totalmente focados e sem qualquer desejo de fazer sugestões. Se você não é assim, a sua contratação foi um equívoco.

Você não sabia o que era microgerenciamento e o recrutador não se preocupou em lhe explicar. Agora que sabe, fuja daí. Antes que você comece a achar que isso é normal.

Max Gehringer, para CBN.

2018-08-31

'No ambiente de trabalho, nada se alastra mais rapidamente do que um bom segredo' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 31/08/2018, com uma ouvinte que fez o erro de contar a alguém do seu trabalho que estava participando de um processo seletivo em outra empresa.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'No ambiente de trabalho, nada se alastra mais rapidamente do que um bom segredo'

fofoca no trabalho

Uma ouvinte escreve: "Cometi o erro de dizer para uma colega, que eu estava participando de um processo em outra empresa. Só falei sigilosamente para A, que só falou para B. E de repente, o alfabeto inteiro já estava sabendo. E o que é pior: o meu superior também.

Ele me chamou e, sem nem perguntar por que eu estou querendo sair, já me comunicou que uma substituta estava sendo recrutada para meu lugar. Estou em pânico, porque o processo ainda está na metade e não sei se vou ser mesmo contratada. O que posso fazer?"


Duas coisas. Ou desistir do processo, ou continuar nele. Se você resolver desistir, pergunte antes a seu superior, se ainda está em tempo de você voltar atrás e continuar com o seu emprego. Se ele disser que não, só lhe resta a opção de prosseguir.

Mas eu acredito que ele irá dizer que sim, porque essa tática de intimidação é bastante usada por chefes para apavorar subordinados que pensam em sair, mas não têm certeza.

A opção de permanecer no processo depende do que a outra empresa lhe oferece e a atual não poderá oferecer. A diferença é tanta assim? Ou você só está mudando por uma diferença mínima de salário?

Se as condições da outra empresa forem realmente bem melhores, então arrisque. Se não forem, fique e espere até que surja outra oportunidade melhor.

E quando ela surgir, lembre-se que no ambiente de trabalho, nada se alastra mais rapidamente do que um bom segredo.

Max Gehringer, para CBN.