O canal erótico de TV Beate Uhse, da Alemanha, sempre enfatiza o seu child lock, uma barreira que impediria os pimpolhos de assistirem a programação adulta. Há uns dois anos atrás eles lançaram uma propaganda em vídeo genial, mostrando que os adultos veriam, mas as crianças não. Agora, mais uma propaganda com o mesmo intuito, sem a mesma genialidade, mas ainda assim divertido. As crianças não verão mais do que desenhos:
Se bem que pra alguns safadinhos, essas pernas de fora já são um fetiche, hahaha. Particularmente, adorei as pernas da avestruz.
Cada obra, querendo ou não, acaba refletindo o seu tempo, o modo de pensar da sua época, mesmo que a obra se passe no passado ou no futuro. Este é o caso de O Bem Amado, que volta agora encarnado no filme de Guel Arraes. Não assisti a novela, nem li a peça original de Dias Gomes (que aliás, foi um excelente escritor), então não posso tecer comentários aprofundados sobre as diferenças entre as diversas mídias. Entretanto, sendo uma obra original dos anos 60, é visível que houve algumas adaptações no modo como a história é contada, mas o seu cerne permanece o mesmo. E assim, é possível de ver o quanto a obra é, talvez infelizmente, atemporal.
O Bem Amado acompanha o mandado de prefeito de Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) em Sucupira, desde a sua eleição até o seu fim. Político enrolador e bom de papo (além de inventor de palavras), consegue se eleger em cima da morte do ex-prefeito, prometendo para a cidade uma grandiosa obra, o "construimento" cemitério municipal. Entretanto, depois de eleito e com o cemitério 'superfaturadamente' construído, ele não consegue inaugurá-lo por falta de mortos na cidade.
Como uma novela, o filme segue essa linha principal, o do esforço de Odorico em conseguir inaugurar sua grande obra, enquanto outras pequenas linhas narrativas surgem, sempre orbitando o prefeito de Sucupira, como a oposição política responsável pelo jornal da cidade, nas figuras do jornalista e candidato adversário Vladmir (Tonico Pereira) e do fotógrafo Neco (Caio Blat), este último ainda envolvido com sua filha Violeta (Maria Flor).
Outras linhas ou núcleos incluem os encontros amorosos/afetivos de Odorico com as irmãs cajazeiras Dulcinéia (Andréa Beltrão), Judicéia (Drica Moraes) e Dorotéia (Zezé Polessa;, a história de Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele), o funcionário público da prefeitura; a ameaça do pistoleiro Zeca Diabo (José Wilker); as complicações do primeiro candidato a residente do cemitério, o "primo" Ernesto (Bruno Garcia); e por fim, as intervenções mais do que cômicas do coveiro e bêbado da cidade Chico Moleza (Edmilson Barros).
Com tantos personagens e subtramas, é evidente que tudo isso condensado em mais ou menos duas horas, o filme seria superficial com muitos dos personagens e tramas. O primeiro arco de romance entre Neco e Violeta, por exemplo, é corridíssimo. Paixão à primeira vista perde. E de maneira geral, é tudo muito rápido. Entre cada mini trama se passam semanas, meses, e a transição de tempo é imperceptível, a não ser por um ou outro diálogo que acaba expressando isso. Talvez isso se dê de modo intencional, com a cidade sendo sempre a mesma, refletindo as poucas (ou nenhuma) mudanças pelas quais ela passa (e de maneira metafórica, o próprio Brasil, em alguns aspectos, como a política).
Entretanto, se o filme O Bem Amado deixa claro que tem um viés político, expressado com todas as palavras por um narrador, ele se perde ao tentar fazer com que a história de Sucupira seja uma mini-história do Brasil e do mundo (na época polarizado pela Guerra Fria, medo de comunistas comedores de criancinhas, etc). O embate entre EUA e União Soviética, entre capitalismo e comunismo (e que acabou afetando diretamente a história brasileira, com a culminação da ditadura em 64), que é logo jogado na tela, dando a entender que se trata de uma extrapolação do embate político em Sucupira, logo se mostra sem importância pelos personagens da pequena cidade. Mais do que ideológicos, os personagens se mostram humanos (um tanto podres) e atemporais. Corrupto e corruptor se misturam, e sempre o primeiro deslize ético é por uma boa causa (ou não).
Mas antes de tudo, O Bem Amado é uma comédia. Tem um texto brilhante e que é interpretado a altura por Nanini, no papel principal. É dele o show, até porque os outros personagens sofrem com o pequeno espaço reservado a eles. Mesmo assim, conseguem se destacar Wilker como Zeca Diabo e sua ética particular, e Edmilson Barros como Chico Moleza. Este último, protagoniza alguns dos momentos mais engraçados do filme. Matheus Nachtergaele, que é sempre promessa de boas atuações, tem poucos momentos memoráveis no filme, servindo apenas como assistente do prefeito. O lado mais cômico do personagem Dirceu Borboleta praticamente só dá as caras uma vez, na sua noite de núpcias.
A história de Odorico e Sucupira extrapola de certa maneira um único momento da história, e se torna atemporal quando mostra políticos corruptos, mas carismáticos e verborrágicos, ou quando mostra que a oposição nem sempre é melhor que a situação, mesmo que ela pense assim. Enfim, usando de bom humor e entregando um filme divertido, O Bem Amado mostra histórias que são bem conhecidas do povo brasileiro. Dentro e fora da telinha.
O Fantástico anda bem nerd/geek ultimamente, com matérias sobre twitter ou o dia do orgulho nerd, mas será que ele vai se tornar otaku também?
Na matéria sobre a doação de órgãos da menina Gabriele, por duas vezes tocou o início de Wind, a música do primeiro encerramento de Naruto, do cantor Akeboshi. A primeira é por volta dos 2:36. Veja a reportagem, se você ainda não viu (que tem uma alta carga de emoção envolvida, devido à trágica morte da menina e o gesto de doação de órgaõs pelos pais):
Se você não conhece a música Wind, abaixo vai o clipe. Apesar do cantor ser japonês, o Akeboshi mistura letras em inglês e japonês, ou no caso desta música, tem toda a letra em inglês. O trecho que toca na reportagem do Fantástico é a introdução, tocada no piano:
Letra e tradução: Wind (Vento) - Akeboshi
Cultivate your hunger before you idealize. Motivate your anger to make them all realize. Climbing the mountain, never coming down. Break into the contents, never falling down.
Cultive sua fome antes de você idealizar. Motive sua raiva pra fazê-la realizar. Escalando a montanha, sem nunca voltar. Avançando muito além, sem nunca cair.
My knee is still shaking, like I was twelve, Sneaking out of the classroom, by the back door. A man railed at me twice though, but I didn't care. Waiting is wasting for people like me.
Meu joelho ainda está tremendo, como se tivesse doze anos. Fugindo da sala de aula, pela porta dos fundos. Um homem me deu bronca duas vezes, mas eu não me importei. Esperar é perda de tempo para pessoas como eu.
Don't try to live so wise. Don't cry 'cause you're so right. Don't dry with fakes or fears, 'Cause you will hate yourself in the end.
(2x)
Não tente viver tão sabiamente. Não chore porque você estar certo. Não se desgaste com falsidades ou medos, Porque você se odiará no fim.
You say, "Dreams are dreams. "I ain't gonna play the fool anymore." You say, "'Cause I still got my soul."
Você diz, "Sonhos são sonhos" "Eu não irei mais fazer papel de bobo" Você diz, "Porque eu ainda tenho minha alma"
Take your time, baby, your blood needs slowing down. Breach your soul to reach yourself before you gloom. Reflection of fear makes shadows of nothing, shadows of nothing.
Vá no seu ritmo, baby, seu sangue precisa descansar Rompa sua alma para alcançar-se antes de suas trevas Reflexos de medo fazem sombras do nada, sombras do nada.
You still are blind, if you see a winding road, 'Cause there's always a straight way to the point you see.
Você ainda está cego, se você vê uma estrada tortuosa, 'Porque há sempre um caminho reto para o ponto que você vê'.
Don't try to live so wise. Don't cry 'cause you're so right. Don't dry with fakes or fears, 'Cause you will hate yourself in the end.
(2x)
Não tente viver tão sabiamente. Não chore porque você estar certo. Não se desgaste com falsidades ou medos, Porque você se odiará no fim.
Só este episódio já é lamentável, mas vamos dar um desconto, afinal, quem fez a caca foi a revista (mesmo que ela tenha eventualmente pedido pra dar uma recauchutada).
Mas agora outro episódio desta atriz que se acha a última bolacha do pacote...
No Vídeo Show de ontem (dia 25/05/2009), a grande atriz (grande inclusive na horizontal XD) pega o microfone da mão da apresentadora/repórter Geovanna Tominaga, demonstrando uma 'superioridade' incrível, afinal, a repórter seria novata e o pique do maracujá de gaveta é 'mais elétrico'. Veja o vídeo:
A cereja do bolo, pra mim, foi essa: depois que a Suzana Vieira tomou o microfone nas mãos, a Geovanna Tominaga, constrangida, tenta brincar, perguntando se a atriz iria ensiná-la a trabalhar. A resposta da Suzana: "Não, não vou te ensinar, não, porque eu não sou apresentadora. Só que a gente tem que correr."
LAMENTÁVEL.
E do Didi eu não falo nada, porque lamentável é padrão pra esse 'trapalhão'.
Vejamos, eu praticamente não assisto televisão. Mesmo programas que eu gosto, como o CQC, acabo vendo depois pela Internet.
Novelas, então, faz anos que eu não acompanho uma. Por isso mesmo, programas como TV Fama (esse eu procurei no Google pra lembrar o nome) ou Video Show, que são voltados para o umbigo da televisão, são totalmente insípidos pra mim. Ou pelo menos, na maior parte das vezes.
Hoje de tarde, tomando café pós-almoço na cantina, espio a TV ligada e vejo passando no Video Show uma reportagem/entrevista com a lindíssima Marjorie Estiano.
Simplesmente amo essa mulher!
Então, agora que estou online, fui ver na Globo Vídeos se achava, e não é que tá lá? Ah, adoro essa comodidade da vida internética.
Infelizmente, vou continuar sem ver a Marjorie Estiano na TV, porque pra aguentar aquela novela, é preciso ser mais forte do que eu sou...
Eu admito que não vejo mais Big Brother, as duas primeiras edições eu ainda assistia nos dias de eliminação, para ver o resumo da semana. Mas agora, eu só fico sabendo quem era do Big Bródi pelas playboys da mulherada.
E as últimas edições do programa têm me decepcionado neste quesito.
Mas, depois de ver o Ah! Tri Né! apoiando esta beldade, Kah Pinheiro, minhas esperanças se renovaram.
Esta estupenda loira resolveu se candidatar a uma vaga no BBB9, e está esperando por alguns votos. Eu já votei e apoio!
Ontem, terça a noite, fiquei até um pouco mais tarde acordado, vendo o Profissão Repórter, da Rede Globo, um dos (poucos) programas jornalísticos que valem a pena ser vistos. Nele, vários jovens repórteres, sob a batuta do Caco Barcellos, se dividem em várias frentes, tendo um tema em comum.
No programa da última terça o tema foi Sexo, mais especificamente a indústria que gira em torno do sexo. Além de mostrar os bastidores de um filme pornô, a história de uma família que cuida de um cinema pornô e a situação de prostitutas de beira de estrada, aqui de Santa Catarina, o programa contou uma história emocionante.
Dona Rosinha, aos 73 anos, cabelos brancos, marcas do tempo visíveis tanto no rosto quanto na fala e na alma, ainda tenta ganhar a vida no centro de São Paulo, fazendo programas. Veja o vídeo abaixo, que mostra a segunda parte do programa, e me diga se você não sentiu o estômago levando um murro:
Além do vídeo, olhe o que a Gabriela Lian, a repórter responsável por essa "frente" do programa, ao lado do Felipe Gutierrez, diz no site:
Jeito de vó, doçura de vó, muito parecida com muitas vovós que eu conheço. Poderia ser a minha, inclusive. Algumas semanas de gravações, algumas tardes com ela e ainda não acredito que Dona Rosinha faça programa. Mas ela faz. Como pode? Essa senhorinha fofa tinha que ter uma velhice mais digna. Não tem.
Ela mora num barraco úmido, que fica sobre um córrego, no meio de uma favela da Zona Norte de São Paulo. Nossa presença a envergonhou perante os vizinhos e ela pediu que eu guardasse a câmera dentro da mochila. Sua situação também a envergonhou. A todo momento, ela pedia desculpas por não ter limpado a casa pra nos receber. Acho que o Felipe também estava com vergonha. Percebi que ele queria perguntar algumas coisas, mas não sabia como - muito mais fácil entrevistar um pedreiro, por exemplo, e pedir para ele nos dizer como faz para levantar aquele prédio, não?
É delicado entrar assim na vida de alguém cuja intimidade é algo tão público e tão velado ao mesmo tempo. As pessoas não sabem de sua profissão. Não sabiam… Agora, quem passa na Praça da Sé vai olhar de uma outra forma para aquela doce velhinha encostada na banca de jornal. Acredito que ela será mais ajudada do que apedrejada e é por isso que insistimos na gravação. Afinal de contas, minha indignação quando ouvi de Dona Rosinha que ela ainda não se aposentou porque não tem R$ 15,00 para regularizar seu CPF não pode ser só minha.
Agradecimentos a B., que também postou esse vídeo no seu post: Dona Rosinha, 73, prostituta desde os 17, o que me avisou que o vídeo da reportagem já estava disponível (é, ele não vai ao ar logo depois do programa na TV terminar).
Para quem foi moleque nos anos 80/começo dos anos 90, a sessão da tarde não foi o marasmo que é hoje em dia.
Claro que tinha muita porcaria, como ainda tem hoje, mas vários clássicos passaram pela sessão da tarde, e passaram muuuitas vezes. Alguns se tornaram clássicos justamente por passarem tantas vezes =P
Hoje em dia, os bons filmes são mais raros (e geralmente têm cenas cortadas, pra "amenizar" ou simplesmente pra caber no horário da Globo), e sobram os filmes de animais falantes e carros desgovernados (imitações baratas de Velocidade Máxima).
Ah, mas houve uma época em que assistíamos a clássicos como Um Tira da Pesada, De Volta para o Futuro, Aventureiros do Bairro Proibido e Curtindo a Vida Adoidado, este último o rei dos clássicos da Sessão da Tarde.
Se quiser rever hoje esses filmes, em DVD, vários deles tiveram as dublagens refeitas, o que tira um pouco do saudosismo que temos por eles.
Bem, eis que um maluco colocou no youtube, alguns desses clássicos, com suas dublagens originais. São os filmes inteiros no youtube! Claro que a qualidade não é lá essas coisas, mas não deixa de ser um barato! Hoje mesmo revi o Curtindo a Vida Adoidado e o Um Tira da Pesada.
Estava eu aqui no computador, e nem notei que o jornal nacional tinha acabado. Aí começou a novela, e eu acabei deixando ligado a tv...
Meu Deus, pra quê...
2 coisas que me deram náuseas:
A primeira: o filho da Marjorie Estiano na novela me deu um nojo... Eita moleque mais chato. Se eu fosse a Marjorie, já tinha enchido o moleque de bolacha (não recheada).
Eu adoro a Marjorie, acho ela super linda, desde os tempos de Natasha da Malhação (esse ano eu ainda era vagal e assistia TV de tarde). Mas não dá pra engolir essa novela.
Eu DEVIA ter desligado a TV naquela hora...
(Ela não me dá náuseas, mas me traz água na boca)
A segunda: esse Big Brodi... Como é que tem gente que assiste essa porcaria? Na boa, eu comecei a prestar atenção numa conversa de dois peões lá (que eu nem lembro e nem quero saber os nomes), e a conversa me deixou com vontade de me matar. Quanta IDIOTICE.
E tem gente que ASSINA canais exclusivos pra ver isso?