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2018-10-08

'Meu gerente escreve vários emails errados, devo avisá-lo?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/10/2018, com uma ouvinte que tem um chefe que escreve errado.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Meu gerente escreve vários emails errados, devo avisá-lo?'

escrevendo e-mails

Uma ouvinte escreve: "Sou secretária executiva há 20 anos e meu atual gerente tem 29 anos de idade. Bom moço, muito competente, mas péssimo em português. Ele mesmo redige seus e-mails internos e eu fico assombrada com a quantidade de erros básicos que ele comete.

Já pensei várias vezes em alertá-lo para isso, mas não sei como. Fico pensando com meus botões como é que alguém conseguiu chegar ao cargo que ele tem, escrevendo como se tivesse fugido do ensino fundamental?"


Haha. Seus botões provavelmente lhe responderiam que ele chegou porque conseguiu escapar de testes de emprego que tivessem redações como pré-requisito.

Não sei como você poderia abordá-lo sem ofendê-lo, mas posso lhe dar algumas razões para você não fazer isso.

Primeira: escrever errado pode atrapalhar a carreira dele. Não é verdade, porque ele já chegou a gerente.

Segunda: escrever corretamente é dever de todo brasileiro. Verdade, mas isso não significa que qualquer brasileiro possa se auto-nomear revisor da gramática alheia.

Terceira: é ruim para a imagem da empresa. Pode ser, mas essa deve ser uma preocupação da direção da empresa.

E quarta: ter um chefe assim incentiva os subordinados a também não se preocuparem com o português. Verdade, mas bons resultados operacionais tendem a mascarar as deficiências.

Em resumo, os meus botões concordam com os seus, mas o português do seu gerente é problema dele. Ou, como ele escreveria, "poblema".

Max Gehringer, para CBN.

2018-07-06

Empresas levam em consideração bom uso do português por candidatos - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/07/2018, com uma ouvinte que foi eliminada de um processo seletivo de estágio por causa do português.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Empresas levam em consideração bom uso do português por candidatos

escrever bem português

Uma ouvinte escreve: "Participei de uma seleção para estágio em uma empresa grande e famosa, mas nem tive chance de mostrar as habilidades que acredito ter, porque fui eliminada já na primeira rodada, na prova escrita.

Depois de informar os resultados, o coordenador do teste explicou que havia sido levado em consideração não o conteúdo do texto, mas a gramática. Fiquei em dúvida se a empresa estava querendo alguém capaz de pensar e de se expressar, ou um futuro candidato a uma vaga na Academia Brasileira de Letras."


Não. Empresas não estão procurando literatos, que utilizem mesóclises para preencher um relés relatório de despesas. Mas permita-me dizer que você terá muito mais oportunidades futuras se souber se expressar corretamente, falando e escrevendo.

Nas redes sociais, há uma etiqueta que veda críticas a erros de português. E muita gente acredita que essa tolerância se estende, ou deveria se estender, também a empresas privadas ou a concursos públicos. Mas não é bem assim, como você pôde constatar na prática.

Posso lhe sugerir um curso de língua portuguesa online. Você encontrará uma infinidade deles em uma busca na internet. E muitos são gratuitos. Se você se inscrever em um deles, posso lhe garantir que esse aprendizado será muito mais útil para sua carreira profissional do que você imagina, neste momento.

Max Gehringer, para CBN.

2014-03-18

'Estou cada vez mais preocupado com o nível dos meus alunos' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/03/2014, com um ouvinte professor que está preocupado com o nível dos alunos em português.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Estou cada vez mais preocupado com o nível dos meus alunos'

língua portuguesa

Um ouvinte escreve: "Sou professor de Administração em uma faculdade respeitada. De uns anos para cá, tenho me preocupado cada vez mais com o nível que meus alunos trazem do ensino médio. A maioria tem dificuldade para escrever corretamente uma simples frase, com sujeito, verbo e predicado. Os trabalhos escolares, quando não são espertamente copiados da internet, são entregues com erros elementares que me doem a vista e me partem o coração. Tenho reiterado a meus alunos que eles precisariam fazer um curso paralelo de gramática, para aprender o que deveriam ter aprendido há anos, mas percebo que bem poucos enxergam a situação dessa maneira. Por gentileza, me dê uma ajuda."

Bom, professor, a falência do ensino começou há uns 40 anos, quando provas escritas que obrigavam o aluno a saber gramática e ortografia foram substituídas por provas de múltipla escolha com cruzinhas. E o caos veio quando os alunos dos cursos básicos passaram a ser aprovados compulsoriamente para melhorar as estatísticas do ensino.

O que posso dizer é que o teste de português elimina a maior parte dos candidatos em vagas de grandes empresas. E que essa deficiência não é relevada se o candidato tiver um curso de pós-graduação ou souber falar inglês.

Algumas faculdades, bem poucas por enquanto, introduziram no currículo escolar uma atualização de português. E só aí muitos alunos perceberam que estavam cometendo erros primários.

Por outro lado, há quem saiba escrever e falar corretamente. E esses levarão uma apreciável vantagem em testes e entrevistas.

Max Gehringer, para CBN.

2014-01-23

'Teste de português deixou de ser feito em admissões?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/01/2014, sobre a importância do português na carreira.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Teste de português deixou de ser feito em admissões?'

língua portuguesa

Um ouvinte escreve: "Sou professor de um curso de pós-graduação em uma universidade muito conceituada. Gosto de dar aulas, mas uma situação me chama a atenção e me preocupa. O nível de meus estudantes, todos devidamente graduados, é bem baixo no tocante ao português. Fico assombrado com os erros elementares que eles comentem ao redigir. E mais assombrado ainda porque muitos deles ocupam ótimos cargos em empresas de porte e ganham excelentes salários.

Com extremo cuidado para que ninguém se ofendesse, sugeri à classe uma imersão em português, com professores particulares. Mas nenhum dos alunos me levou a sério. Imagino que eles ignorem a dimensão do problema. Pergunto se o teste de português deixou de ser feito por empresas nos processos de admissão?"


Não, não deixou. O teste continua a ser feito e reprova mais da metade dos candidatos. Mas isso só acontece nos processos para vagas iniciais, como assistentes ou auxiliares. Ao contratar um engenheiro, por exemplo, empresas não testam o conhecimento dos candidatos em gramática e ortografia. Porque em funções muito técnicas a redação pouco irá influir no resultado do trabalho.

Mesmo concordando com a sua aflição e preocupação com o nosso idioma, sinto dizer-lhe que empresas não têm a obrigação de suprir deficiências que vem desde o ensino básico. Mas o seu conselho é válido para quem está entrando agora no mercado de trabalho.

Saber escrever corretamente está se transformando em um diferencial. E por isso, quem domina o português, falado e escrito, tem bem mais chances de seguir adiante em processos de seleção.

Max Gehringer, para CBN.

2012-08-01

'Como posso me diferenciar?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/08/2012, sobre como se diferenciar em processos seletivos atualmente, com uma dica que parece simples: dominando a língua portuguesa.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Como posso me diferenciar?'

língua portuguesa

"Participei de vários processos seletivos em agências de recrutamento", escreve um ouvinte, "e não consegui ser aprovado em nenhum. Quando olho para os outros candidatos que estão concorrendo comigo, não consigo ver neles qualquer coisa que eu também não tenha. Minha pergunta é: como posso me diferenciar?"

Bom, talvez a minha resposta lhe pareça simples demais. Mas, você pode se diferenciar, e muito, se dominar a língua portuguesa. Eu conversei com dois diretores de agências de recrutamento que são contratadas por empresas de médio e grande porte para fazer uma triagem inicial nos candidatos a uma vaga e, em seguida, encaminhar para a fase de entrevistas, aí já com a empresa contratante, os três candidatos que se saíram melhor. O que esses diretores me disseram, até meio alarmados, é que 80% dos candidatos são reprovados no teste básico de português. Exatamente o teste, eu imagino, que a maioria dos candidatos considera ser o mais fácil.

É claro que ninguém precisa se tornar um catedrático para ser aprovado. Todos nós cometemos eventuais erros de redação. Mas basta ler os comentários postados naqueles sites que reproduzem exatamente o que os internautas escrevem, sem correção ou edição, para ver que o nível geral não anda nada bom. Há erros de grafia, concordância ou coerência, que deveriam ter impedido um aluno de concluir o ensino fundamental. Podemos até culpar o sistema educacional por essa deficiência, mas isso não impede que um candidato a emprego se aprimore por conta própria, lendo bons livros, redigindo para si mesmo e usando corretores ortográficos para localizar os erros cometidos.

Você talvez pergunte: "mas eu errei tanto assim em minha mensagem?" Sim. Infelizmente, você estaria entre os 80% mencionados pelos recrutadores que consultei.

Max Gehringer, para CBN.