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2011-07-12

Como impedir a alta rotatividade em uma empresa de telemarketing? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/07/2011, sobre a alta rotatividade nas empresas de telemarketing.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Como impedir a alta rotatividade em uma empresa de telemarketing?

homem furioso telemarketing telefone
Um ouvinte empresário escreve para dizer que tem uma empresa de telemarketing que é terceirizada de uma grande instituição financeira. Ele diz que está impressionado com a facilidade com que os funcionários pedem a conta. E pergunta o que é possível para aumentar a retenção, deixando claro que não pode aumentar salários, porque trabalha com uma margem de lucro mínima.

Vou tentar responder, lendo outra mensagem. Esta, de um ouvinte que é funcionário de uma empresa de telemarketing. Certamente não a do empresário, mas não acredito que a situação seja muito diferente. O ouvinte escreve:

"Como você um dia comentou, é facílimo conseguir emprego de operador de telemarketing. A entrevista dura cinco minutos, as exigências acadêmicas são mínimas, e se o candidato não tiver algum problema com a polícia, está contratado. O trabalho parece fácil, mas é desgastante, porque exige concentração contínua durante oito horas. A pressão por resultados é grande. E a nossa encarregada sequer sabe nossos nomes, já que ela tem 52 subordinados diretos e a rotatividade é alta. Para completar, os salários são baixos e os benefícios são bem poucos. Pergunto se isso tem que ser assim, porque estou aqui faz só dois meses e já estou pensando em sair."

Bom, juntando as duas coisas, a explicação é que as grandes empresas terceirizaram o telemarketing e o atendimento a clientes para cortar custos. Se tivessem funcionários próprios, teriam que dar a eles salários e benefícios compatíveis com o restante dos empregados. Tudo isso faz com que o empresário não possa pagar salários muito atrativos, e também faz com que o emprego seja encarado mais como uma passagem, até aparecer coisa melhor.

A boa notícia é também a má notícia. Existem muitas vagas e existem candidatos mais que suficientes, o que faz com que a situação descrita pelo empresário e pelo empregado, se perpetue.

Max Gehringer, para CBN.

2011-07-08

Como listar as experiências anteriores no currículo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/07/2011, sobre como listar as experiências anteriores no currículo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Como listar as experiências anteriores no currículo

currículo
O tema de hoje é currículo. Mais especificamente, aquele campo do currículo sobre experiência profissional.

Desde sempre, a recomendação vem sendo a seguinte: os empregos devem ser listados na ordem cronológica inversa, começando pelo último e terminando no primeiro. Para cada emprego, quatro tópicos: o nome da empresa, as datas de admissão e saída, a função exercida e uma breve descrição das tarefas realizadas.

Esse formato facilita a leitura do avaliador e geralmente funciona muito bem, quando o candidato teve poucos empregos e as funções exercidas em todas as empresas foram semelhantes. Acontece que nos últimos anos surgiu um fato novo. Não é mais incomum que um profissional tenha tido vários empregos em pouco tempo e que alguns desses empregos nada tenham a ver com os empregos anteriores ou posteriores.

É o caso de um ouvinte que em cinco anos teve quatro empregos. Ele foi balconista, vendedor, operador de telemarketing e auxiliar administrativo. Se agora ele se candidatar a uma vaga de vendedor e listar os empregos na ordem cronológica, irá confundir quem for avaliar o currículo. Ao ler que o último emprego de um candidato a vendedor foi o de auxiliar administrativo, o avaliador pode rejeitar o currículo antes mesmo de chegar ao ponto que realmente interessa.

Portanto, a dica é: colocar primeiro a experiência diretamente relacionada à função pleiteada, e gastar mais linhas para descrever as tarefas executadas. Em seguida, colocar um subtítulo "Outras experiências profissionais", e listar as demais sem perder muito tempo com detalhes.

Como o pula-pula está ficando comum no mercado de trabalho, cada currículo precisa ser diferente, destacando e enfatizando o que de fato interessa para cada caso.

Max Gehringer, para CBN.

2011-07-04

As atendentes de sexo por telefone - fotografia de Mr Toledano

Phillip Toledano, ou Mr Toledano, é um artista com muitos projetos interessantes. Um destes projetos é Phone Sex, ou Sexo por Telefone. Nele, Toledano retratou algumas mulheres e homens que trabalham como atendentes de serviço de tele-sexo.

Nas palavras do artista:

Um contrato de auto-ilusão mútuo existe entre o ligador e o(a) operador(a) de tele-sexo. O ligador imagina que ele está falando com a sua fantasia mais secreta - e o(a) operador(a) faz sua parte de acordo.

O(a) operador(a) de tele-sexo deve ser capaz de entender as vontades do ligador. Mas mais importante, devem ser capazes de decifrar os desejos não falados. Aquelas coisas que são muito absurdas, muito escandalosas ou humilhantes para dizer em voz alta.

De umas palavras murmuradas, um(a) operador(a) de tele-sexo deve narrar uma fantasia detalhada de encontro. Isso requer uma imaginação vívida, habilidade de atuação e, sobretudo, um profundo entendimento do apetite humano. O que nós almejamos? Que palavras têm o maior alcance? Que tom de voz vai alcançar mais fundo as calças do homem?

Tele-sexo é um teatro. Uma peça passional artificial em tempo real, dirigida por uma hábil fantasista verbal, com uma única conclusão possível.

Confiram as fotos e os textos:

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Para o ligador, quando eu atendo pela primeira vez, eu sou uma Barbie inanimada.

Eles não sabem como eu me pareço, quem eu sou, como eu estou me sentindo ou como eu me sinto. Eles só podem imaginar. É meu trabalho é satisfazer suas fantasias, convencê-los que eu não sou uma boneca. Eu sou o sonho deles tornado real.

Se eles pedem que eu seja uma loira, eu me torno loira. Se eles perguntam o quanto eu estou molhada, eu digo a eles que minhas calcinhas estão encharcadas. Eu respondo a cada som que o cliente faz, com uma afirmação, eu os encorajo, eu inspiro vida nas suas fantasias, eu moldo uma boneca de carne.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Minha primeira noite foi num sábado a meia-noite.

Era um senhor que eu acredito que se denominava de Bob.

Ele me contou sobre sua primeira experiência com um glory hole.

Ele explicou que ele não tinha ninguém com quem se sentia confortável em contar isso, e eu senti uma estranha intimidade entre nós, apesar disso estar enraizado numa fantasia.

Eu acho que é mais fácil liberar desejos represados para uma pessoa ficcional, não julgadora, porque não há consequências no mundo lá fora.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Eu tenho naturalmente uma voz alta. Eu também sou imatura e submissa. A voz que eu uso no telefone é algo como uma representação dessas qualidades.

Há um tom específico de voz que eu uso quando finjo estar sexualmente excitada.

Imagine uma estudante católica sendo desvirginada pelo seu professor de história. "Oh, oh, Sr. Johnson, é tão grande! Você vai me machucar!"

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Eu entrei no tele-sexo porque pensei: "Por que não ser paga por falar sacanagem, em vez de fazer isso de graça?"

Isso aumenta muito a minha auto-estima, saber que rapazes estão olhando minhas fotos e querendo falar comigo.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Eu sou um homem hétero que fala com mulheres.

Elas me querem.

Elas querem que eu fale com elas, e as leve a um outro mundo.

Eu sou bom nisso. Eu sou um profissional. Um sedutor.

Eu falo com mulheres jovens. Eu falo com mulheres mais velhas. Eu falo espanhol e inglês. Eu tenho recebido ofertas a torto e a direito.

Elas querem me encontrar e sair comigo, mas eu mantenho tudo apenas por conversas telefônicas.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Noite passada eu recebi possivelmente a chamada de tele-sexo mais perturbadora que tive em muito tempo.

Um cliente atirou em si mesmo comigo ao telefone.

O som inequívoco do tiro se seguiu por um som pesado e molhado de corpo caindo com um baque no solo.

Coisas assim sempre me assustam.

Meu recorde atual de chamadas inclui uma confissão de abuso sexual incestuoso, um pedido para fazer sexo oral em meu irmão mais novo e dois outros suicidas.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Havia um cara que queria ser meu cachorrinho.

Ele me ligava quase toda semana e nós nos falávamos por mais de uma hora, mas eu nunca soube o que dizer a ele.

Eu falava com ele sobre levá-lo para fora para um passeio, colocar jornal no chão para ele e levá-lo para ser tosado.

Eu nem sei se ele gostava, porque ele nunca dizia nada.

Eu costumava odiar quando ele ligava, porque eu sabia que teria que tirar mais de uma hora de besteiras do meu traseiro.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Eu nunca pensei que trabalharia na indústria do tele-sexo.

Todos aqueles anos trabalhando com atendimento a clientes, meus clientes comentavam sobre minha voz sexy.

Eu pensava que estava sendo profissional, não sexy.

Esse trabalho é atendimento ao cliente. Só qque seus clientes saem com mais do que um sorriso.

phillip mr toledano phonesex tele sexo atendentes fotografia

Eu tenho 60 anos, tenho um diploma em Antropologia Cultural da Universidade de Columbia e fui casada por 25 anos.

Homens me ligam por uma infinidade de razões.

Claro, eles me ligam para masturbar. Eu chamo isso de "Alívio de Stress Executivo".

Não é sexo; é um coquetel de testosterona, alimentado por vício em pornografia, solidão e a necessidade de ouvir uma voz de mulher.

Eu ganho o dobro de dinheiro que ganhava no mundo corporativo. Eu trabalho em casa, o dinheiro é transferido para minha conta no banco diariamente.

Site do projeto Phone Sex. Imagens via site oficial de Phillip Toledano.

2011-05-29

A vida de uma atendente de telemarketing de uma empresa de vibradores

Como seria a vida de uma atendente de telemarketing de uma empresa de produtos eróticos? Seria a pessoa uma expert em introduzir assuntos como vibradores?

Conheça Cremilda, a atendente da Vibramais, criação da Midday Filmes, nessa série de vídeos muito engraçados:

Atendendo a envergonhada



Ajudando a necessitada:



E sem querer, trollando o tarado:



"Cremilda, suporte técnico Vibramais, inserindo mais vibração em sua relação em momentos de solidão com amor, prazer e proteção desde 1963"

Descobri o canal desse pessoal via uma dica do meste @pablovillaca.

2010-12-10

Seria antiético entrar em uma empresa planejando sair em seis meses?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/12/2010, sobre se é ético entrar numa empresa já pensando em sair depois de seis meses.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Seria antiético entrar em uma empresa planejando sair em seis meses?'

falando telemarketing
"Participei de um processo para trainee em uma grande empresa", escreve uma jovem ouvinte, "e fiquei entre os doze finalistas, mas não consegui uma das três vagas oferecidas. A responsável pela seleção me disse que haverá outro processo daqui a seis meses, e me incentivou a tentar novamente. Estou confiante de que se eu tentar, posso conseguir uma vaga, porque já não ficarei tão nervosa como fiquei desta vez. Mas, como eu preciso trabalhar, estou em dúvida se seria ético da minha parte conseguir um emprego do qual eu teria que sair em apenas seis meses, caso venha a ser aprovada no novo processo. O que você acha?"

Bom, eu acho que seria uma maldade da sua parte entrar em uma empresa já pensando no dia, não muito distante, em que você irá pedir demissão. Por mais que você tente se concentrar em seu trabalho, sua cabeça certamente estará no novo processo para trainee. Além disso, você terá que faltar duas ou três vezes para participar desse novo processo.

A sugestão que eu posso lhe dar, como você precisa trabalhar, é entrar numa empresa na qual o seu pedido de demissão não causará surpresa. Uma opção até óbvia são as empresas de telemarketing, cujo índice de rotatividade chega a ser superior a 100% em um ano. Ou seja, o funcionário incomum é aquele que consegue permanecer no emprego por doze meses, o que transforma as demissões não numa exceção, mas em algo tão habitual, que as empresas nem se preocupam muito em perguntar por que o empregado está saindo.

Há uma outra vantagem em você trabalhar numa empresa de telemarketing. Nelas, a pressão é grande, o salário é relativamente baixo, e as oportunidades de desenvolvimento e de crescimento são exíguas. Não deixará de ser uma experiência interessante, caso você consiga mesmo a vaga de trainee daqui a seis meses. No mínimo, você já estará vacinada contra a pressão, que seguramente também existirá na grande empresa.

Max Gehringer, para CBN.

2010-10-25

A onda de empregos temporários - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/10/2010, sobre vagas de empregos temporários no final do ano.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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A onda de empregos temporários

comércio emprego temporário fim de ano
Para os ouvintes que me escreveram recentemente lamentando que mandam currículos para empresas e não recebem resposta, a dica é aproveitar a onda de empregos temporários que são criados todo final de ano. Os processos de seleção já começaram e perto de 140 mil vagas devem ser abertas nos próximos trinta dias.

Para quem está parado, é uma boa opção. É melhor ter um registro na carteira, do que ficar vários meses sem registro algum. E para jovens que procuram o primeiro emprego, é uma ótima opção.

Primeiro, porque serviço temporário é emprego. E constar essa experiência no currículo vai eliminar aquela síndrome do cachorro correndo atrás do rabo. Ou, como escreveu um ouvinte, "as empresas pedem experiência anterior, e eu não consigo emprego porque não tenho experiência, e não tenho experiência porque não consigo emprego".

E segundo, porque de cada dez temporários contratados, dois ou três serão efetivados. É um número maior do que a média de concorrentes de qualquer processo seletivo para vagas permanentes.

O comércio deverá gerar a maioria das vagas, cerca de 70%. E as outras 30% serão criadas nas indústrias, pela necessidade do aumento de produção.

As vagas oferecidas são de todo tipo e para todos os gostos: atendentes de loja, serviços administrativos, ou operadores de telemarketing, por exemplo.

E onde entregar o currículo? No setor de administração dos Shopping Centers, nos escritórios das Associações Comerciais, ou diretamente nas indústrias da cidade.

A dica vale também para os ouvintes na faixa dos cinquenta anos ou mais, que atribuem à falta de oportunidades ao preconceito por idade.

Eu imagino que muitos ouvintes, jovens ou veteranos, irão dizer: "Ah, esse não é o tipo de emprego que eu quero". O que significa chegar a uma conclusão, antes de fazer a tentativa. Principalmente nas indústrias, o importante é conseguir entrar. Depois, quem for bom será efetivado. E encontrará o caminho interno para a vaga que deseja.

Max Gehringer, para CBN.

2010-08-25

Diploma sem experiência não abre portas - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/08/2010, sobre o diploma sozinho não abrir portas.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Diploma sem experiência não abre portas

portões fechados
Um ouvinte de 28 anos escreve para dizer que concluiu um curso em tecnólogo de gestão de recursos humanos e já engatou uma pós-graduação. Porém, ele trabalha há 5 anos em telemarketing, e diz que está ciente de que esses cursos pouco ou nenhum valor terão para sua carreira, se ele continuar onde está. Por isso, nosso ouvinte vem enviando currículos para empresas, pleiteando uma vaga em sua área de formação. E ele confessa estar muito desiludido porque não recebe respostas. Ele também se inscreveu em vários sites de empregos, sem ter tido qualquer retorno até agora.

Vamos tentar entender. Ao se candidatar a vagas na área de recursos humanos, o nosso ouvinte está estreitando as suas possibilidades. Essa é uma área em que há sempre muitos candidatos por vaga, e a maioria das vagas é preenchida por indicação direta. E mesmo nos processos seletivos em que essa indicação não pesa, o nosso ouvinte continua em desvantagem, porque sempre aparecem candidatos com um bom currículo acadêmico E com experiência anterior no setor. É por isso que nosso ouvinte não vem recebendo respostas. É porque há candidatos mais adequados do que ele às vagas para as quais ele está se candidato.

Eu também gostaria de dizer algo não muito simpático, mas que reflete a realidade do mercado. Quando alguém conclui um curso, mas não tem nenhuma experiência na área que se formou, o diploma sozinho não abre portas. Essa talvez seja a maior ilusão de quem não está satisfeito com o rumo de sua carreira e decide partir para uma formação superior completamente diferente de tudo o que fez antes. O novo curso não é um trampolim imediato. É mais um investimento de médio prazo.

Eu sugiro que nosso ouvinte tente entrar em uma boa empresa, em qualquer vaga possível na área administrativa, seja ela no escritório ou na fábrica. Uma vez dentro da empresa, e dependendo do seu desempenho, ele terá maiores possibilidades de pleitear e conseguir uma mudança para a área que deseja. Só aí, depois de um par de anos, os diplomas terão o peso que o nosso ouvinte imagina que eles deveriam estar tendo agora.

Max Gehringer, para CBN.