Mostrando postagens com marcador memória. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador memória. Mostrar todas as postagens

2012-08-13

Quadrinhos, jornais, cafés da manhã e outras comidas nas pinturas hiper-realistas de Doug Bloodworth

Muitos de nós, nerds assumidos, devemos ter passado muitas manhãs e/ou tardes devorando guloseimas acompanhados de revistas em quadrinhos, vendo o Homem-Aranha soltando suas piadas enquanto batia nos vilões ou vendo o Hulk incompreendido fugindo do exército. Quando vi as pinturas hiper-realistas do artista americano Doug Bloodworth, que mostram revistas em quadrinhos e comidas em cima da mesa, me vieram essas lembranças cercadas de nostalgia.

E se o trabalho de Doug Bloodworth toca no fundo da alma de quem viveu uma infância assim, é porque além da impressionante técnica hiper-realista, cada tela do artista é um fragmento de sua própria história. Seja em revistas em quadrinhos que leu na infância ou em jornais manchados de café que a vida o levou a apressadamente folhear.

Vejam as pinturas hiper-realistas com revistas em quadrinhos, jornais, cafés da manhã e outras comidas de Doug Bloodworth:


doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Batman e pão com geleia.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Pepe Legal, wafers e Nesquick.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Denis, o Pimentinha, cookies e um copo de leite.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Vingadores (?) e bolinhas de gude.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Kid Cowboy, uma torta e um café.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Revólver de brinquedo e na revista.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Hagar, donuts e café.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Homem-Aranha e bolachas Oreo.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Superman, batatinhas fritas e refrigerante.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Mulher-Maravilha, chocolate Hersheys e Coca-cola.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Hulk, salgadinhos e refrigerante.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

O artista e sua obra.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Quadrinhos de jornal e melancia.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Palavras cruzadas e Starbucks.

doug bloodworth pintura hiper realista revista quadrinhos super heróis comida bolacha leite café da manhã

Jornal, Red Bull e chocolate.

Imagens via site de Doug Bloodworth e sua fã page no Facebook. Dica via Empty Kingdom - Doug Bloodworth.

2011-01-23

'O que fazer quando uma pessoa nos cumprimenta e não lembramos seu nome?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/01/2011, sobre o que fazer naquele momento embaraçoso quando alguém nos cumprimenta, mas não lembramos da pessoa ou do nome dela.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

'O que fazer quando uma pessoa nos cumprimenta e não lembramos seu nome?'

dúvida não lembra aperto de mão cumprimento
“O que devemos fazer”, escreve um polido ouvinte, “quando uma pessoa nos cumprimenta e nós não lembramos o nome dela? Isso acontece muito comigo”, ele diz, “e na maioria dos casos, são pessoas que eu vi uma vez na vida, mas foram situações em que eu deveria ter memorizado os nomes, como almoço de negócio, por exemplo. E pelo menos uma vez por semana, eu tenho que passar pela agradável situação de alguém me perguntar ‘você se lembra de mim?’ E eu até lembro da fisionomia, mas não do nome. Tem remédio para isso?”

Bom, para que você se sinta melhor, tirando meia dúzia de privilegiados que possuem uma memória muito acima da média, o resto de nós tem o mesmo problema que você: todos nós esquecemos nomes, e quanto mais gente nós conhecemos, mais nomes nós esquecemos.

A reação diante da pergunta “Você se lembra de mim?” varia conforme a idade. Jovens tendem a levar a conversa adiante, até que o nome apareça num relance ou que a outra pessoa o revele. Já executivos mais veteranos respondem: “Me perdoe, mas não estou me lembrando”, e aí fazem aquela expressão de supremo interesse.

Existem maneiras de minimizar esse inconveniente, e uma delas é repetir diversas vezes o nome da pessoa a qual estamos sendo apresentados, para que o nome não caia facilmente no esquecimento. Outra dica é se antecipar ao pior. Quando uma pessoa, que não nos lembramos quem é, se aproxima com aquela cara de “Eu te conheço!”, basta estender a mão e dizer com um sorriso elegante: “Como vai? Desculpe a minha vergonha, mas seu nome me escapou.”

Como regra geral, porém, é melhor confessar. Mesmo que sejamos efusivos, a outra pessoa percebe rapidinho que não estamos nos lembrando dela. E se ela vai ficar ofendida com isso, já ficou. Enquanto estamos tentando contornar a situação e exagerando na intimidade pra disfarçar a ignorância, ela fica pensando “Confessa logo que você não sabe quem eu sou, seu mané!”.

Dito tudo isso, o que acontece conosco, acontece também com os outros. Muitas pessoas vão esquecer os nossos nomes, para tristeza dos nossos egos. Por isso, profissionalmente falando, a maneira ideal de abordar alguém, e principalmente alguém com um bom cargo, é começar dizendo o próprio nome. E, se for o caso, a circunstância em que conhecemos aquela pessoa. Aí, ela ficará aliviada por não ter sido submetida a uma pequena sessão de tortura, e vai nos tratar com uma deferência muito maior do que nos trataria.

Max Gehringer, para CBN.

2009-12-15

Como não cair no esquecimento? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/12/2009, sobre reconhecimento, não apenas profissional.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Como não cair no esquecimento?

coração quebrado
"Olá", escreve uma gentil ouvinte. "Eu não sei se minha dúvida irá fazer algum sentido, mas vamos lá. Eu trabalho há 16 anos, passei por três empresas e não posso reclamar de minha carreira. As oportunidades que eu não tive foram em razão de minhas deficiências, e não por má vontade ou perseguição de meus superiores. Mas, as poucas oportunidades que tive, eu soube aproveitar.

Agora, e talvez esse seja o efeito do fim do ano, eu me pergunto se tantas pessoas que eu já conheci no trabalho, ainda se lembram que eu existo. Por isso, eu olho para os meus colegas atuais, gente na qual eu converso todos os dias, gente que se emociona e chora junto comigo, e me ponho a pensar que daqui a 10 ou 20 anos, talvez eu nem me lembre mais da maioria dessas pessoas. E nem elas vão se lembrar de mim. Esse é o meu questionamento. Não sei, como eu disse, se isso faz algum sentido."


Faz todo sentido. Existem profissionais no mercado que se tornam figuras extremamente conhecidas. Quase sempre, são pessoas que criaram empresas, a ponto de a pessoa e a empresa se tornarem uma só entidade.

Mas, isso não acontece com empregados, porque a memória da empresa é curta. Empregados podem ser valiosos no momento presente, mas mesmo um profissional que consiga grandes resultados numéricos, dificilmente será lembrado por isso após 20 anos.

O que deixa a imagem de uma pessoa gravada na memória daqueles que um dia trabalharam com ela, é a emoção. Pessoas carinhosas, simpáticas, atenciosas, bem humoradas, serão muito mais lembradas do que um gerente que fez as vendas crescerem 18%, no ano de 1995.

Com o tempo, os números desaparecem e o que permanece é a essência humana. Pessoas que choram serão mais lembradas do que pessoas sérias e compenetradas em suas tarefas diárias.

A nossa ouvinte, igualmente, será lembrada pelos momentos em que ela fez quem estava ao redor dela, se sentir melhor. Eu diria, sem medo de errar, que ela tem menos chance de cair no esquecimento, do que alguém neste momento e na empresa dela, está estufando de orgulho por ter conseguido aumentar o faturamento.

Estatísticas apenas garantem um reconhecimento fugaz. Ser uma pessoa querida pelos colegas, é que garantirá o reconhecimento permanente. Pode não encher o bolso, mas fará bem ao coração.

Max Gehringer, para CBN.

2009-12-14

Divulgar o próprio nome é o primeiro passo para sair do anonimato dentro da empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/12/2009, sobre um indesejável anonimato na empresa.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Divulgar o próprio nome é o primeiro passo para sair do anonimato dentro da empresa

repetição
Escreve um ouvinte: "Trabalho em um setor em que todos os funcionários fazem mais ou menos a mesma coisa. E é difícil um se diferenciar do outro. Como posso me destacar num ambiente assim?"

Ao entrar no site da CBN para enviar uma consulta, os ouvintes podem optar por escrever o nome, verdadeiro ou falso, ou um apelido. Você optou por se apresentar com a palavra anônimo. Se bem entendi porque, você assumiu que o fato de eu saber ou não o seu nome, não teria qualquer influência no que eu iria responder. Mas, no seu caso particular, tem. Porque você está exatamente querendo escapar do anonimato em sua empresa. E o primeiro passo para conseguir isso é divulgar o seu nome para um maior número possível de pessoas.

Na vida profissional, nosso nome é a nossa marca registrada. Desde o primeiro dia no primeiro emprego, temos que fazer o possível para torná-lo conhecido. Há inúmeras maneiras de conseguir isso, mas a mais elementar delas é repetir o nosso nome sempre que possível, para que ele fique bem gravado.

A nossa capacidade cognitiva não é inesgotável. Na vida profissional, nós conhecemos muita gente. Mas, depois de um ano, só vamos lembrar do nome de 5% das pessoas com as quais nos encontramos uma única vez. E quem serão esses 5%? Salvo raras exceções, serão aqueles que repetiram seus nomes à exaustão, quando conversaram conosco.

Para entender melhor, é só prestar atenção aos comerciais de bancos na TV. Como bancos se parecem bastante uns com os outros, o nome aparece nas imagens, é repetido várias vezes pelos personagens e fica na tela nos últimos cinco segundos do comercial. A linguagem é evidentemente forçada. Quem de nós, ao dizer para um amigo, "preciso dar uma passadinha no banco", repete cinco vezes o nome do banco?

Esse mesmo tipo de linguagem forçada é que nos torna profissionalmente conhecidos. Muitas vezes, encontramos alguém pela segunda vez na vida e perguntamos: "você está lembrado de mim?" E a pessoa faz aquela expressão dolorosa de quem não tem a mínima ideia.

É até comum atribuirmos aos outros a responsabilidade por se lembrar de nós, ou por notar o que fazemos. Essa responsabilidade é inteiramente nossa. Os outros não irão colaborar com a nossa causa, porque estarão muito ocupados em divulgar os seus próprios nomes.

É por isso que eu digo todo dia:

Max Gehringer, para CBN.

2009-09-16

Velhos hábitos morrem com pessoas velhas

Que todos os hábitos de uma pessoa morrem com ela, isso é mais do que óbvio. Mas me refiro a pessoas que continuam vivas, mas que têm certos hábitos que acabam morrendo.

De certo que alguns hábitos já arraigados podem ser mudados, apesar de que o esforço empreendido para tal, costume ser imenso. Mas venho falar de outros velhos hábitos, que parecem existir desde sempre, e que de uma hora para outra, se vão. Assim como as pessoas.

Quando eu estudava em Maringá, morava num pequeno prédio muito bem localizado, de frente pra um supermercado (Condor, que saudades da marmita de lá!) e que tinha na esquina, uma banca de jornal. Essa banca não era grande, mas também não era pequena. Era do tamanho certo para caber nela, tudo o que eu regularmente comprava: aos domingos, às vezes, o jornal da cidade, além de semanalmente ir ver quais revistas (gibis e mangás inclusos), do meu gosto, tinham chegado.

banca de jornal (Imagem meramente ilustrativa)

Eu sempre ia nesta banca. Com o tempo, quase que diariamente eu passava por ela. Tanto pela localização, quanto pelo jornaleiro, um senhor já de idade, cabelos brancos, bem como o bigode crescido e branquinho, muito simpático. Conforme o tempo passou, já sabia de todas as revistas que eu comprava, e sempre que eu passava por lá, me dizia se o exemplar havia chegado ou não.

Era uma banca até bem movimentada. Havia um banco de madeira na frente da banca, e como era embaixo de uma árvore, o clima era sempre muito agradável. Geralmente havia por ali alguns funcionários do supermercado no momento de folga, ou então alguns outros velhinhos, amigos do jornaleiro, batendo um papo. E de vez em quando, quando não havia outras pessoas pela banca, eu também conversava com o senhor jornaleiro. Nada profundo, nada demais, conversinhas corriqueiras, banalidades.

Se tornou um hábito passar pela banca, quase todo dia, já que era praticamente caminho pra chegar em casa.

E um determinado dia, dia de semana, a banca estava fechada. Não dei muita bola, já a havia encontrado fechada antes, devido a uma viagem ou doença do jornaleiro. No dia seguinte, também estava fechada, mas desta vez, havia um papel colado na porta metálica. No papel, apenas a informação que a banca estava fechada por motivo de luto.

Sim, o velho jornaleiro, o senhorzinho simpático e bigodudo havia morrido. Fiquei sabendo disso alguns dias depois, quando a banca reabriu e um jovem, filho ou sobrinho (não lembro bem) do antigo proprietário, estava ali atendendo.

Depois disso, nunca mais frequentei a banca como antes. Sem dúvida passava por lá, mas aquele velho hábito de quase todo dia dar uma olhada nas novidades, se foi. Junto com o velho jornaleiro, cujo nome não lembro (e nem lembro se algum dia eu soube), mas cuja imagem, de vez em quando, me volta como se fosse ontem.

E por que raios eu fui lembrar disso justo hoje? Porque este mês se comemora o dia do jornaleiro (próximo dia 30), e lendo um post sobre isso, me lembrei do velho jornaleiro bigodudo (tenho certas suspeitas de que ele devia ser avô do Mário e do Luigi). =P

2009-08-27

Aproveite para conseguir o máximo que puder enquanto você está podendo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/08/2009, sobre a história que deixamos nas empresas: apenas uma vaga lembrança em alguns colegas. Uma dura, mas importante lição para a vida profissional.

E isso me lembra esse outro comentário: Amigos profissionais são necessários, mas os verdadeiros são indispensáveis

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Aproveite para conseguir o máximo que puder enquanto você está podendo

balão pensamento
Um relato que vale a pena ouvir, feito por um ouvinte que está com 42 anos. Ele diz: "A convite de um amigo e antigo colega, fui visitar uma empresa em que trabalhei por 14 anos, sendo que nos últimos 3 anos, ocupei a posição de diretor comercial. Deixei essa empresa faz 8 anos. E agora, eu esperava no mínimo, ser reconhecido pelos atuais funcionários. Enganei-me completamente.

Apenas algumas poucas pessoas que conviveram comigo, me cumprimentaram de passagem. A maioria não sabia quem eu era, nem mostrou qualquer interesse em saber. Cheguei a ser apresentado a um jovem gerente, como alguém que havia feito a empresa crescer tanto durante a minha gestão como diretor, que provavelmente uns 30% dos atuais funcionários deviam o emprego a mim, incluindo ele. O jovem gerente balbuciou 'prazer' e se desculpou por não poder ficar conversando, porque estava muito ocupado.

Dediquei a essa empresa 35 mil horas da minha vida. Mas agora, levei só meia hora para perceber que sou um total estranho, como se o passado não tivesse existido. Estou bem empregado e não preciso de nada da minha ex-empresa, mas a decepção foi grande demais."


Muito bem. Quem tiver a oportunidade de visitar o site de uma empresa e clicar no quadrinho "Nossa História", descobrirá que as pessoas mencionadas como construtoras dessa história, são os fundadores da empresa. Qualquer profissional que tenha um dia ocupado um cargo, mesmo um cargo visível e importante, e que não esteja mais na empresa, teve o seu nome apagado dos seus anais históricos.

Quando a área de RH diz que o funcionário é nosso ativo mais importante, isso é verdade. Mas apenas enquanto o funcionário estiver ativo na empresa. Mesmo um diretor só tem valor e é reconhecido, enquanto a sua contribuição durar.

Ao contrário dos esportes e das artes, cujas atuações individuais podem ser preservadas em vídeos e filmes, funcionários dependem apenas da memória, própria ou alheia, para serem lembrados. Só que as memórias alheias estarão mais ocupadas em construir as suas próprias histórias.

Essa amnésia coletiva pode ser frustrante, mas leva a uma pequena e crucial lição sobre a vida profissional: aproveite para conseguir o máximo que você puder, enquanto você está podendo.

Max Gehringer, para CBN.

2009-01-21

Aonde quer que eu vá, levo você no olhar

O Paralamas do Sucesso tem umas músicas antigas que eu adoro (ah, a década de 80...). A minha preferida é Meu Erro, mas eu também adoro Aonde quer que eu vá (essa, um pouco mais nova, dos anos 90).

Tem duas partes que eu realmente gosto. Uma é essa:
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição

Há quase 10 anos atrás (puxa, estou ficando velho mesmo), quando eu ainda morava em Maringá, eu me apaixonei por uma belíssima garota, que chamarei de S. A primeira dos dois grandes amores da minha vida, até agora.

Maringá era relativamente pequena (ainda deve ser), então você vivia esbarrando com conhecidos o tempo todo. E nessa época, muitas vezes, do nada, eu "sentia" a presença de S. por perto (não encontro melhores palavras para descrever isso). E para minha surpresa, quase sempre eu estava correto, porque ela estava mesmo por perto.

Como já disse, a cidade não era grande. Então, não é surpresa que eu vivesse encontrando ela. Mas mesmo assim, essa coisa de sentir a presença (ou como fã de Dragonball, sentir o ki) dela ficou como lembrança.

A outra parte que eu gosto, da música, é a que dá título ao post:
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar

Porque mesmo hoje, mais de 10 anos depois, eu ainda a levo no meu olhar. Hoje eu também levo uma outra mulher no meu olhar (eu disse que tive dois amores na vida, não disse?), e sei que levarei elas duas, comigo, enquanto viver.



Letra:
Aonde quer que eu vá - Paralamas do Sucesso

Olhos fechados
Prá te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
E aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta prá mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Lará! Larará!...

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
E aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Aonde quer que eu vá
Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Aonde quer que eu vá...

2009-01-11

A primeira vez que te vi

Eu ainda me lembro da primeira vez que eu te vi. Era a quinta-feira da primeira semana de agosto de 2006. Eu havia chegado na empresa bem cedo, pro meu primeiro dia de trabalho, um pouco antes das sete e meia da manhã. A moça do RH havia me dito que esse era o horário padrão. Me enganou.

Eu fiquei esperando do lado de fora da sala do chefe do departamento, para saber exatamente aonde iria trabalhar. Mas claro que o T., chefe do departamento, demoraria a aparecer, ele só chegaria quase as nove, que era mais ou menos o horário normal dele. Chefe tem a regalia de não precisar chegar no horário certinho, não?

Um pouco depois das oito, eu acho, foi a primeira vez que eu te vi. Você estava vestindo calça jeans e um moleton azul claro. Eu não achava que estava fazendo frio, mas eu sempre fui mais calorento.

Eu estava sentado numa poltrona bem de frente para o corredor, quando vi uma mulher de cabelos pretos lisos curtos, vindo pelo corredor, com as mãos nos bolsos, andando nem tão devagar nem tão rápida, e com a coluna um pouco curvada pra frente, mal de pessoas como nós, que ficam o dia inteiro na frente do computador.

Você veio e perguntou pelo T. A secretária, disse que ele não havia chegado ainda. E você virou e se foi.

E essa foi a primeira vez que eu te vi. Vindo e indo.

Faz tempo que eu não vejo você com aquele moleton azul claro... Me pergunto se a minha memória não anda me enganando.

Mas me lembro de que pensei naquela hora algo assim: "uau, seria bom trabalhar com ela". Não, eu não tinha a mínima idéia de quem você era. Mas hoje, não posso deixar de notar que naquela hora, havia um certo deslumbramento, uma boa primeira impressão. Que só melhorou desde então, diga-se de passagem.

Porque eu acho que eu não tinha consciência na época, mas hoje, eu vejo que naquele momento eu me apaixonei. Por você.

2008-12-22

Standing Outside the Fire

Eu cresci sendo educado para ser forte. Infelizmente, como nunca me proveram uma boa definição do que viria a 'ser forte', fui formando uma idéia própria do conceito, com base no que me era dito e nas ações vistas. E claro, isso só podia dar merda.

Por exemplo, se eu tivesse algum trabalho de escola e precisasse de alguma informação, geralmente eu não obtinha essa informação direto. Me mandavam pesquisar numa enciclopédia velha que tinha em casa (incrível o que a gente fazia antes do google, não?) ou em algum outro lugar similar.

E se eu dependesse de alguém pra fazer alguma coisa, já me viam com olhar de 'oh, não consegue fazer tudo sozinho, que fracasso'.

Além disso, nada nunca estava bom. Eu não me lembro de ter sido elogiado, quando criança, nenhuma vez. Nenhuma. E olha que eu sempre fui bem quieto, nunca dei trabalho, e sempre fui um aluno literalmente nota 10. Uma nota 10? Não, não ganha parabéns, não fez mais do que a sua obrigação...

Com isso, eu, que sempre fui tímido, acabei ficando ainda mais retraído, com essa estúpida idéia de que eu teria que 'ser forte' e me virar sempre sozinho, aguentar de tudo, sem pedir ajuda, porque isso seria sinal de fraqueza, e nunca (e eu enfatizo o nunca) confiar em ninguém.

E essa idéia idiota permanece até hoje, mesmo eu tendo consciência de tudo. Saber não é necessariamente ser.

Provavelmente por isso, eu me emocione com a letra de Standing Outside the Fire. Especialmente nas partes We call them strong... e We call them weak.... Porque é exatamente o inverso do que deveria ser, e isso é bem claro ao ler a letra da música. Mas ao mesmo tempo, é exatamente do jeito que a minha cabeça distorcida acredita ser.

Eu queria ser mesmo é um fraco! No que toca a letra da música.

O clipe, que está aqui embaixo, mostra uma bonita história de superação. Só não liguem pras caras e bocas do Garth Brooks, o cowboy que interpreta a música.

E assim, seguimos, eu ainda fora do fogo...



Letra:
Standing Outside the Fire
Ficando fora do Fogo

We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk the tables being turned


Nós os chamamos de legais
Os corações que não têm cicatrizes para mostrar
Aqueles que nunca se abalam
E que arriscam virar o jogo

We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always comes with getting burned


Nós os chamamos de tolos
Aqueles que têm que dançar nas chamas
Que arriscam a dor e a vergonha
Que sempre vêm com as queimaduras

But you've got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire


Mas você tem que ser forte quando consumido pelo desejo
Porque não é o suficiente apenas ficar fora do fogo

We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall


Nós os chamamos de fortes
Aqueles que conseguem encarar o mundo sozinhos
Que parecem se dar bem sozinhos
Aqueles que nunca irão cair

We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all


Nós os chamamos de fracos
Os que não conseguem resistir
À menor chance do amor existir
E por isso, abandonar tudo

They're so hell-bent on giving ,walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire


Eles são tão determinados a correr o risco
Convencidos de que não é viver se você ficar fora do fogo

Refrão:
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire


Ficando fora do fogo
Ficando fora do fogo
A vida não é experimentada, é meramente sobrevivida
Se você ficar fora do fogo

There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly higher and higher
I can't abide
Standing outside the fire


Há esse amor que está queimando
No fundo na minha alma
Constantemente ansiando sair de controle
Querendo voar cada vez mais alto
Eu não posso tolerar
Ficar fora do fogo

Refrão (2X)

2008-10-21

Meu pé de laranja lima... em mangá

O livro Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos, foi o primeiro livro que eu li que me deixou emocionado de verdade. Li ele quando estava na quarta ou quinta série, então faz muuuuuito tempo.

[SPOILER ON]

Acho que a morte do Portuga foi a primeira vez que eu chorei lendo um livro.

[SPOILER OFF]

meu pé de laranja lima (Essa capa não é a mesma do livro que eu tenho, mas como não achei ele, vai essa mesmo...)

E agora, vejo a notícia que um mangá de Meu pé de laranja lima pode ser lançado no Brasil. Mangá mesmo, feito no Japão...

Aparentemente, no exterior o livro faz um baita sucesso, tendo sido adaptado inclusive num mahnwa (um "mangá" coreano).

Resta agora é esperar e ver se as negociações pra esse lançamento dão certo ou não. Porque eu compraria, nem que for pra comparar com o original (o livro).

A notícia do Meu Pé de Laranja Lima em mangá eu li nos blogs do Lancaster e da Sandra Monte.

2008-09-19

Silêncio que diz tudo

Outro dia li o post da K. sobre o silêncio, em que ela no final coloca um poema do Pablo Neruda.

Os versos finais do poema, que foram os que eu mais gostei:
Gosto quando te calas porque estás como ausente.
Distante e triste como se tivesses morrido.
Uma palavra então e um sorriso bastam.
E estou alegre, alegre por não ter sido isso.

Depois de ler o post, fiquei pensando em como o silêncio pode dizer muito sobre duas pessoas.


Quando as duas pessoas estão se apaixonando, naquele começo de jogo da sedução, em que o flerte se nota pelo olhar cruzado, um sorriso arredio, meio escondido, quando tudo isso acontece, a gente nota que os sons são desnecessários. Aliás, nessas horas as palavras parecem mais atrapalhar a comunicação, quando a voz sai trêmula e a mente esquece as palavras que estão ali, na pontinha da língua.

E quando as duas pessoas já passaram dessa primeira fase, de encantamento, mas ainda continuam apaixonadas... Ah, o silêncio diz muito sobre essas pessoas. Quando nada mais é preciso para se comunicarem, quando o silêncio já diz quase tudo, quando a direção dos olhos indica o caminho, quando um sorriso diz "eu te amo", quando um movimento de ombros já questiona tudo sobre o outro, o silêncio é apenas ausência de som. Porque as palavras, as frases, os discursos, estão todos ali, mas não se ouvem.

Me lembro de uma cena do filme Cidade dos Anjos, em que a Meg Ryan pede ao seu atual namorado que fiquem alguns instantes em silêncio, apenas a se olharem. E vemos que não conseguem, que as palavras acabam sendo um subterfúgio, quando o silêncio é apenas vazio, e por mais clichê que isso soe, os corações não estão conectados.


Porque o silêncio também pode ser constrangedor. Quando estamos no meio de estranhos, num espaço confinado (que melhor exemplo que um elevador?), o silêncio também diz muita coisa. Que ali, estamos todos desconfortáveis, e que todos gostaríamos de sair daquela situação. Porque não nos conhecemos. Porque ali, não nos deixamos conhecer.

O silêncio também diz muito quando a paixão termina e o amor não nasceu. Imagine, tenho certeza de que já presenciou ou pelo menos viu num filme essa cena, um casal sentado a mesa, sem se falarem, sem se olharem, sem nem notarem a presença um do outro ali. Certamente não apenas num dia, mas em vários. Nesta cena, o silêncio grita, a plenos pulmões, o que cada um deles ali não quer ouvir: O que vocês estão fazendo aí? Vocês estão mortos. Separem-se, porque vocês estão vivos!

Não vou terminar este post com o que o silêncio tem de ruim a dizer. Vamos voltar ao silêncio dos apaixonados, que é muito melhor.

Porque apesar de tudo o que o silêncio diz sobre aquele casal de enamorados, existe algo que pode dizer ainda mais, como bem escreveu Neruda naqueles versos do começo do post. Depois do silêncio, 3 palavrinhas de nada, meras 7 letras: "eu te amo". E de preferência, seguidas pelo som de beijos, apaixonados, lascivos, amantes beijos.

2008-07-21

Ciclos

Domingo eu recebi a notícia que um amigo da época da universidade morreu.

Um ou dois meses antes, notícias de que alguns dos meus amigos daquela época estavam "grávidos".

Alguns já tiveram seus "filhotinhos".

A vida não pára. O mundo não pára. Não importa o que se faça, quem vai ou quem vem, um dia segue o outro, o sol continua nascendo e morrendo, seguido pelas estrelas, pela noite, e tudo recomeça mais uma vez.

E enquanto uns saem desse palco que chamamos de vida, outros fazem sua estréia. Enquanto alguns choram, outros aprendem a sorrir pela primeira vez.

Às vezes é triste... e às vezes é alegria...

E tudo continua mudando, em ciclos que não se repetem, mas que são eternos. Porque a única coisa constante é a mudança.

E o que fica para trás são apenas lembranças...

2008-06-21

Vazio

Quinta-feira passada eu fiquei até um pouco mais tarde na Celesc, trabalhando e enrolando até dar a hora de pegar o busão pra casa. Fui o último da sala a ir embora.

Na hora de ir embora, vendo aquela sala vazia, iluminada pelas lâmpadas brancas artificiais, contrastando com a escuridão de fora, senti um pouco de solidão naquele vazio, e aproveitei pra tirar umas fotos.



Não sei se é porque estou acostumado a ver a sala cheia, mas não dá uma sensação de vazio?

2008-06-20

Mesa limpa

Há alguns meses postei uma foto do meu 'escritório' aqui de casa.

Hoje, coloco a foto da minha mesa no trabalho.


Bem, eu não arrumei a mesa pra tirar a foto, ela é desse jeito mesmo. Só tem o micro e um telefone em cima dela. E um calendário em cima do gabinete. =P

Bem diferente da minha casa. =)

Hoje eu não estou alí, porque fui no médico e estou com atestado, em casa. Infelizmente aproveitar a folga doente, não é lá essas coisas.

2008-05-31

Aquisições de hoje

Ontem saiu o salário, então resolvi aproveitar o único fim de semana, em um mês, que terei um dinheirinho pra gastar. =) E olha só o resultado:


Primeiro fui nas Americanas, porque tinha visto uma propaganda na TV que estavam com uma promoção de DVDs. Esperava comprar apenas O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (filme que inclusive rendeu um pequeno post ano passado.) que eu achava que tinha visto na propaganda da tv.

Infelizmente, não o achei, mas sabe como é, promoção de DVDs, 12,50 cada um...

Acabei comprando Tropa de Elite (também, por esse precinho, mais barato até que os piratões), que já tinha visto no cinema, mas que comprei pra: 1 - prestigiar o cinema nacional (pelo menos o cinema que é bom), e eu gostei do filme; e 2 - pra ver os extras. Mesmo que sejam poucos (segundo a capa, só trailers e entrevistas de interessante), eu só compro DVD que tenha extra.

Se o DVD não tem extra, eu acho que estou sendo roubado, sei lá. E se for pra ser roubado, prefiro eu roubar, baixando o filme.

Uma exceção que eu abri foi pro outro DVD que comprei, O Feitiço de Áquila. O DVD é bem cru, só tem o trailer de cinema. Mas comprei ele por saudosismo, afinal o filme sempre passava nas sessões da tarde da vida, mas eu nem lembro como era, só que gostava. Enfim, como o filme é antigo, também fica meio chato de achar um torrent com bons seeds. E ver o Matthew Broderick novinho, "segurando vela" entre o casal apaixonado, é muito bom.


O último DVD que peguei foi Moça com Brinco de Pérola. Pra falar a verdade, esse foi por impulso, mesmo. Vi a Scarlett Johansson na capa, e peguei. Hehehe, na verdade, já tinha ouvido algumas boas críticas ao filme, mas a Scarlett foi a razão principal da compra...

E por fim, uma caixa de bombons, afinal é fim de semana! =)

E com o último suspiro da carteira, sai da Americanas e fui na livraria. Esperava encontrar o livro Ensaios de Amor, tudo por causa deste post da K., hehe. Infelizmente, chegando lá, tinha esquecido o nome do livro e o nome do autor...

Como não ia abordar o vendedor da loja com algo do tipo: "ei, você sabe o blog Incompletudes, da K., naquele post do livro...", resolvi dar uma olhada pra ver se algo me chamava a atenção. Achei esse livro, o Serial Killer - Louco ou Cruel, que já tinha "namorado" em uma outra vez. Então, resolvi levar dessa vez.

Citando o site do livro (grifo meu):

A primeira parte de seu livro é dedicada a entrar nesse universo e dissecá-lo por inteiro, com a vantagem de ser inteligível tanto para leigos como para as ciências de Criminologia, Direito, Psiquiatria ou a Psicologia. Depois de oferecer ao leitor as bases para compreender o título que deu a obra – afinal, um serial killer é louco, cruel ou ambas as coisas? – A autora descreve os detalhes de 16 casos famosos, todos eles absolutamente eletrizantes. Ao acompanhar o leitor à cena de cada um dos crimes bárbaros cometidos por serial killers, Ilana Casoy age com rigor e precisão cirúrgica, mas se abstém de julgamentos - que deixa para esse mesmo leitor. Isso eleva a qualidade de sua obra, ampliando suas possibilidades de uso acadêmico.

Foi principalmente pela parte destacada que eu comprei o livro.

Bem, agora me dêem licença, que eu tenho muita coisa pra ler e assistir. =D

2008-05-16

Presente

Eu leio e ouço por aí, muitas mulheres reclamando dos homens, dizendo que tal fulano se considera 'um presente de Deus para as mulheres'. Até mesmo homens que, se não falam isso, certamente se consideram tal presente.

Eu gostaria de ser um presente de Deus para UMA mulher...

2008-05-12

Sonhos estranhos

Há alguns dias, sonhei que estava morto, e que era um fantasma. Mas apesar de ser um fantasma, não conseguia atravessar paredes. E isso me deixava fulo, já que a principal vantagem de estar morto, no meu sonho, era de poder andar livremente por aí. Mas eu estava preso em algum quarto, esperando que alguém (vivo) abrisse a porta pra eu poder sair...


Lembro ainda que no sonho, havia outro fantasma por lá, devia ser uma espécie de sênior ou senpai, já que ele conseguia atravessar as paredes, e estava tentando me explicar como fazia. Eu devia ficar nervoso, ou concentrado, sei lá, uma coisa meio Ghost, mas pra atravessar as coisas, e não pegá-las.

Lembro de uma tentativa, em que fui atravessar uma porta de madeira e bati a cara lá, apesar de ser fantasma, huhuhuh. Mas como era sonho, também nem doeu. =P

2008-05-02

Beijo de despedida

Estava eu caminhando em direção ao ponto de ônibus, para voltar para casa. Estava no centro, andando em uma rua que faz parte dos locais mais valorizados da cidade, cheia de edifícios caros e bem decorados.

Era um fim de tarde de outono, em que os fins de tardes já se confundem com noites, denunciando a aproximação do inverno. Além disso, o ar frio já fazia com que as roupas mais pesadas despertassem da hibernação e começassem a habitar as peles novamente.

Pois bem, foi neste cenário, enquanto eu andava, que uma cena me chamou a atenção.

Do outro lado da rua, em frente a entrada da garagem de um edifício, um jovem casal se beijava apaixonadamente. Na entrada da portaria do prédio, outra jovem observava, claramente esperando um daqueles dois amantes, para entrar no edifício.

O beijo finalmente terminara, e a jovem apaixonada subiu os degraus, indo se juntar à outra jovem, que ali esperava. Enquanto lentamente subia os poucos degraus, apesar de olhar para o chão para não cair, não deixava de observar o jovem rapaz. Este, por sua vez, parecia ali paralisado, apenas retribuindo o olhar da bela jovem.

Eis que a jovem, finalmente chegou à entrada da portaria, se juntando à outra jovem. Elas conversaram rapidamente, praticamente um cochicho da primeira jovem à outra que ali esperava, o tempo de uma rápida confissão apenas.

Ao terminar de falar, a jovem enamorada desceu correndo os poucos e pequenos degraus, e foi novamente beijar o jovem. Outro beijo apaixonado, sôfrego, lânguido, outro beijo de despedida, enfim.


Desta vez o beijo durou um pouco menos, e a jovem finalmente se despedira do seu jovem pretendente. Subiu correndo os degraus, e desta vez, ela e a outra jovem entraram no edifício.

Embaixo, o jovem observava-as, e quando elas já estavam dentro do prédio, colocou as mãos nos bolsos, retirou um celular, se virou e começou a sua caminhada. Até aquele momento, eu ainda não o havia visto mexer as pernas, parecendo hipnotizado olhando a bela jovem.

E com isto, eu continuei o meu caminho, deixando para trás aqueles três protagonistas de um pequeno romance, um pequeno drama particular a eles e somente eles. Que eu pude presenciar um pequeno momento.

E eu continuei o meu caminho, afinal, o ônibus não iria me esperar.

2008-02-24

Evolução do Windows

O Funtasticus fez um post muito legal, The Evolution of Windows, com imagens de várias versões do Windows, desde a versão 1 até o Vista.

(Olha o Windows aqui, versão pré-GUI-como-conhecemos-hoje, rodando no DOS)

De certa forma, isso trás um pouco de saudade, quando em uns disquetes cabia o Windows inteiro. A primeira vez que usei o Windows, foi na versão 3.0, num monitor monocromático, e que instalou rapidinho, de um punhado de disquetes. Estava eu fazendo um curso de WordStar (!), depois de já ter passado pelos cursos de digitação e DOS =P, e numa pausa, o instrutor resolveu nos apresentar aquela novidade.


Coisa de outro mundo, pra quem estava acostumado a ficar digitando "cd" no teclado.

A primeira coisa que foi mostrada foi o joguinho Paciência, pra fazer com que o povo se acostumasse com mouse... Óh jovens, acreditem se quiserem, mas já houve uma época que mouse ainda era conhecido como o sobrenome do Mickey.


Depois de umas partidas de paciência, e já tendo cantado "vitória!" vendo as cartinhas pulularem lá da pilha de cima, alguns dos alunos partiram para algo mais sofisticado. Fomos mexer no Paintbrush, o pai do Paint.

Ainda lembro do meu primeiro desenho, foi um Bart Simpson toscão. Claro que esse desenho nem salvo foi, se perdeu no limbo para sempre. Mas para terem uma idéia, fiz um agora mesmo (dessa vez no Paint), em menos de 5 minutos, só para terem idéia da tosqueira, hehehe.

2007-07-26

Greatest Hits

Tb sou fã de Lost, e lendo este post do Guravehaato, resolvi tb fazer minha lista (clique ai pra saber do que se trata). Só tô publicando aqui pq sei que ninguém lê isso aqui mesmo, huhuuh.

O dia que levei uma bronca da minha mãe, e depois ela esqueceu

Eu era bem pequeno, e nem me lembro direito do que aconteceu. Mas lembro que recebi uma bronca, não sei porque. Fui para o quarto. Depois a minha mãe estava com visita, eu fui literalmente rastejando do quarto pra sala, onde ela estava. Ela me viu, e nem lembro o que falou, mas acho que nem lembrava da bronca. Essa é uma das minhas lembranças mais antigas, o primeiro momento de que eu me lembro, de que tive certeza de que não importava o que fosse, a minha mãe estaria ali por mim.

Meu primeiro salário

No meu primeiro emprego, ainda office-boy, o meu primeiro salário nem foi um salário inteiro, foi na verdade referente a uma semana de serviço. Ainda lembro que acabei gastando o salário inteiro num controle pro meu velho megadrive, e nem era um controle bom, que acabei devolvendo, pois achava que era um controle com seis botões, mas era um de apenas três, com mais três de turbo. Depois disso, antes de comprar algo por impulso, eu penso um pouco mais XD.

O dia em que 'ela' sentou ao meu lado no cursinho

Foi em 98, quando eu fazia cursinho. Era um dia meio frio, todos parecendo cebolas, cheios de camadas e mais camadas de roupas. A sala em que era dado o cursinho era mais como um auditório, e as cadeiras eram coladas umas nas outras, sendo que não havia lugares fixos. Mal dava pra abrir os braços, a gente tinha que escrever nas apostilas com os braços colados no corpo.

Eu já vinha reparando nela há algum tempo, mas nunca tinha sequer falado com ela. Mas neste dia ela se sentou ao meu lado. Eu, tímido como um burro velho, nem falei nada. No meio de uma aula de matemática, ao estarmos fazendo exercícios, eu já havia terminado (sempre fui rápido em matemática do 2o grau), e ela com dificuldades, 'espichou' o olho pra minha apostila. Percebendo isso, posicionei a apostila pra ela ver melhor, ela me perguntou algo, e eu alegremente respondi.

No intervalo, conversamos um pouco. Nessa época eu ainda escrevia poemas, ela leu alguns.

Não sei se eu apenas imaginei o seguinte, mas eu acho que ela comentou com uma amiga sobre os meus textos, e se lamentou por um deles não ser sobre ela (esse poema mencionava cabelos, e a descrição era diferente do dela)... Uma pena, pois o texto não era sobre ninguém em particular, e mal sabe ela que escrevi muitos outros textos pensando nela.

Apesar de tudo, foi um dos meus 'greatest hits' (você deve estar pensando, com certeza, como a minha vida sucks...)

Minha viagem a Paranavaí

Ainda relativo a 'ela'. O vestibular havia passado, e eu, maluco, peguei um ônibus e fui pra cidade dela, sem nem saber nada (conversei um pouco com ela, mas estava muuuuito longe de ser íntimo). Sorte que ela não tinha um sobrenome tão comum, então achei-a pela lista telefônica. Mandei um arranjo de flores para ela. Essa foi a primeira e única vez que mandei flores pra alguém. Depois telefonei para ela, já que no cartão não escrevi quem era. Pela reação ao telefone, achei que não foi uma boa surpresa, mas também nunca cheguei a perguntar diretamente se ela havia gostado ou não.

Não é bem um grande momento, mas foi um momento que definiu meu caminho na vida. O momento em que escolhi a covardia de não saber.

My last greatest hit

Fiquei pensando e pensando, e não achei nenhum outro greatest hit na minha vida. Talvez meu último greatest hit possa ser a primeira vez que vi 'ela2'. Assim como com 'ela', a primeira vez que vi 'ela2' a achei linda, e com uma forte impressão de 'deja vu'. Infelizmente, 'ela2' é casada, e não creio que se interessaria por este insignificante ser que vos fala.

Pensando bem, acho que não tive tantos greatest hits assim na minha vida, pra encher uma lista pequena.

/*********************************************************

O Charlie até que teve uns bons momentos...