Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/12/2009, sobre um indesejável anonimato na empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Divulgar o próprio nome é o primeiro passo para sair do anonimato dentro da empresa
Escreve um ouvinte: "Trabalho em um setor em que todos os funcionários fazem mais ou menos a mesma coisa. E é difícil um se diferenciar do outro. Como posso me destacar num ambiente assim?"
Ao entrar no site da CBN para enviar uma consulta, os ouvintes podem optar por escrever o nome, verdadeiro ou falso, ou um apelido. Você optou por se apresentar com a palavra anônimo. Se bem entendi porque, você assumiu que o fato de eu saber ou não o seu nome, não teria qualquer influência no que eu iria responder. Mas, no seu caso particular, tem. Porque você está exatamente querendo escapar do anonimato em sua empresa. E o primeiro passo para conseguir isso é divulgar o seu nome para um maior número possível de pessoas.
Na vida profissional, nosso nome é a nossa marca registrada. Desde o primeiro dia no primeiro emprego, temos que fazer o possível para torná-lo conhecido. Há inúmeras maneiras de conseguir isso, mas a mais elementar delas é repetir o nosso nome sempre que possível, para que ele fique bem gravado.
A nossa capacidade cognitiva não é inesgotável. Na vida profissional, nós conhecemos muita gente. Mas, depois de um ano, só vamos lembrar do nome de 5% das pessoas com as quais nos encontramos uma única vez. E quem serão esses 5%? Salvo raras exceções, serão aqueles que repetiram seus nomes à exaustão, quando conversaram conosco.
Para entender melhor, é só prestar atenção aos comerciais de bancos na TV. Como bancos se parecem bastante uns com os outros, o nome aparece nas imagens, é repetido várias vezes pelos personagens e fica na tela nos últimos cinco segundos do comercial. A linguagem é evidentemente forçada. Quem de nós, ao dizer para um amigo, "preciso dar uma passadinha no banco", repete cinco vezes o nome do banco?
Esse mesmo tipo de linguagem forçada é que nos torna profissionalmente conhecidos. Muitas vezes, encontramos alguém pela segunda vez na vida e perguntamos: "você está lembrado de mim?" E a pessoa faz aquela expressão dolorosa de quem não tem a mínima ideia.
É até comum atribuirmos aos outros a responsabilidade por se lembrar de nós, ou por notar o que fazemos. Essa responsabilidade é inteiramente nossa. Os outros não irão colaborar com a nossa causa, porque estarão muito ocupados em divulgar os seus próprios nomes.
É por isso que eu digo todo dia:
Max Gehringer, para CBN.
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