Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/12/2009, sobre os quatro tipos de funcionários em uma empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Os quatro tipos de funcionários: Desbravadores, Contestadores, Acomodados e Executores
"Meu problema é simples", escreve um ouvinte. "Trabalho há oito meses numa empresa cujos dirigentes já estão há muito tempo na função. E se acostumaram a deixar tudo como está, para ver como é que fica. E a acomodação deles gera a acomodação geral. Todo mundo trabalhando de cabeça baixa, fazendo só o que tem que fazer, como se não houvesse amanhã. Existe maneira de eu me destacar num ambiente assim, ou estou perdendo o meu tempo?"
Vamos lá. Uma empresa, qualquer empresa, tem quatro tipos de funcionários.
Os desbravadores, que abrem novos caminhos. São pessoas que estão sempre pensando em soluções criativas e carregam a certeza que as coisas poderiam ser mais rápidas e menos complicadas.
Os contestadores, que discordam do caminho escolhido, qualquer que seja ele. São os críticos, que imaginam que foram contratados apenas para ficar descobrindo e apontando os erros alheios.
Os acomodados, que até concordam com o caminho escolhido, mas não com a velocidade. São os que fazem de conta que trabalham, mas geralmente tentam empurrar suas responsabilidades para os outros.
E os executores, que cumprem o itinerário sem grandes queixas. Eles podem até discordar de um ou outro detalhe, mas são, sobretudo, obedientes ao caminho traçado. Se é para lá que ficou resolvido que temos que ir, então é para lá que vamos.
Em qualquer empresa, os realizadores compõem a maior parte do quadro de pessoal. As outras três categorias sempre são minoria. Se uma das três categorias menores começar a ganhar corpo e a se destacar, a empresa inteira perderá o rumo.
O nosso ouvinte claramente se colocou na primeira categoria, a dos desbravadores. Por isso, ele ignora os contestadores, fica irritado com os acomodados e sente pena dos executores.
Mas há outra opinião que precisa ser considerada: a da empresa. O nosso ouvinte está em uma empresa, que como a maioria das empresas, privilegia os executores. Só que os dirigentes vem isso não como um problema, mas como uma vantagem. Porque a boa execução é que irá garantir que as metas serão cumpridas.
O problema do nosso ouvinte é realmente simples, como ele mesmo mencionou. Desbravadores, como ele, serão sempre benvindos em empresas. Mas, antes que sejam ouvidos e possam começar a desbravar, eles primeiro precisam provar que podem ser os melhores executores.
Max Gehringer, para CBN.
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