Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/12/2009, sobre a imagem profissional.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Profissionalmente, somos o que os outros enxergam em nós
"Vivo uma situação que não consigo entender", escreve um ouvinte. "Já passei por três empregos e não permaneci em nenhum deles por mais de seis meses. Tenho uma boa formação, não faço piadinhas, concentro-me em meu trabalho, mas... sei lá. Por algum motivo, parece que as pessoas criam uma imagem que não condiz com o que eu sou na realidade. Uma imagem meio negativa, que só vai piorando, até que eu acabo sendo dispensado, não pelos meus resultados, mas pela percepção errada que as pessoas têm de mim. Você já viu algum caso parecido com o meu?"
Sim, vi pelo menos uns cinquenta, ao vivo e em cores. Vou lhe contar um deles.
A empresa em que eu trabalhava contratou um novo gerente. E ele foi apresentado a todo o grupo gerencial, numa reunião geral em que eram discutidos os resultados do mês anterior. Estavam na sala os trinta principais gestores da empresa. E de repente, o presidente entra na sala, acompanhado pelo novo gerente.
Como é praxe nessas ocasiões, o presidente falou muito bem do nosso novo colega, e passou a palavra a ele, que começou a explicar o que esperava conseguir de prático em sua função. Nesse momento, eu olhei para o lado e vi que meus colegas também estavam olhando uns para os outros. Aquele gerente ficou apenas quatro meses na empresa.
Anos depois, eu me encontrei casualmente com ele. E ele me disse que nunca tinha conseguido entender porque havia sido dispensado em tão pouco tempo. E eu disse para ele: "Você não falou 'bom dia'". Ele fez uma expressão de absoluta surpresa e só conseguiu dizer: "Huuuh?" Eu tentei explicar: "Como é que você chega num lugar que não conhece ninguém e nem sequer cumprimenta os presentes?"
Pode ter sido por emoção, nervosismo, esquecimento, autosuficiência ou qualquer outro motivo. Mas naquele momento, todo mundo ali na sala decidiu, corretamente ou erradamente, tanto faz, que o novo gerente não seria um bom companheiro.
O nosso ouvinte já viveu a mesma situação por três vezes. Os primeiros minutos e os primeiros contatos no novo emprego são determinantes. E uma coisa em especial cativa os novos colegas: humildade.
O gerente não concordou com a minha explicação e o nosso ouvinte, possivelmente, também não concordará. Mas é isso mesmo. Pessoalmente, nós sabemos o que somos. Profissionalmente, nós somos o que os outros enxergam em nós.
Max Gehringer, para CBN.
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E se eu fosse o ouvinte do Max, iria procurar alguns bons conselhos, como nestes outros comentários:
O profissional deve construir uma imagem positiva - ou uma lista de 5 coisas a evitar para não sujar a imagem
e
Sete dicas para começar bem no novo emprego
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