2009-12-11

Poemas - Língua afiada

Língua afiada

lábios boca
Tinha uma língua afiada,
Afiada como diamante.
Era cortante como espada,
E assim como a joia, brilhante.

Não seria grave problema,
Se não gostasse tanto de oral.
Fazê-lo era um dilema,
Porque sempre acabava mal.

O parceiro não gostava,
O membro ficava todo arranhado.
Mesmo quando o dente não usava,
A língua era um fardo.

Todo boquete, um perigo.
Todo fellatio, um grande risco.
Nem a camisinha era um abrigo,
Por isso, o pau vivia arisco.

Mas ela nunca desistia,
Tentava usar só os lábios de cima.
Era difícil, mas insistia,
Nada a tirava daquele clima.

Abusava da saliva,
Lubrificando parecia melhorar.
Mas nem sempre essa iniciativa
Fazia o dito cujo levantar.

E odiava sua língua por isso,
Por ser dura e cortante,
A impedindo de fazer o serviço,
Que achava tão excitante.

E quanto mais odiava,
Mais a língua ficava afiada.
Não adiantava ficar brava,
A língua não era sua aliada.

E assim passou a vida, louca,
Sempre se contentando
Sem um volume na boca,
E apenas as partes baixas dando.

4 comentários:

Michelle disse...

Você não volta mais para os temáticos não?

Andarilho disse...

Acho que não.

CintiaYamane disse...

o pau vivia arisco... hauhauhua

ara.. na hora que li o titulo, eu achei que vc tava falando de gente fofoqueira... lingua afiada..

Ju ♥ disse...

será q incomoda mesmo?