Língua afiada
Tinha uma língua afiada,
Afiada como diamante.
Era cortante como espada,
E assim como a joia, brilhante.
Não seria grave problema,
Se não gostasse tanto de oral.
Fazê-lo era um dilema,
Porque sempre acabava mal.
O parceiro não gostava,
O membro ficava todo arranhado.
Mesmo quando o dente não usava,
A língua era um fardo.
Todo boquete, um perigo.
Todo fellatio, um grande risco.
Nem a camisinha era um abrigo,
Por isso, o pau vivia arisco.
Mas ela nunca desistia,
Tentava usar só os lábios de cima.
Era difícil, mas insistia,
Nada a tirava daquele clima.
Abusava da saliva,
Lubrificando parecia melhorar.
Mas nem sempre essa iniciativa
Fazia o dito cujo levantar.
E odiava sua língua por isso,
Por ser dura e cortante,
A impedindo de fazer o serviço,
Que achava tão excitante.
E quanto mais odiava,
Mais a língua ficava afiada.
Não adiantava ficar brava,
A língua não era sua aliada.
E assim passou a vida, louca,
Sempre se contentando
Sem um volume na boca,
E apenas as partes baixas dando.
4 comentários:
Você não volta mais para os temáticos não?
Acho que não.
o pau vivia arisco... hauhauhua
ara.. na hora que li o titulo, eu achei que vc tava falando de gente fofoqueira... lingua afiada..
será q incomoda mesmo?
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