Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/08/2012, com um ouvinte que trabalha em uma empresa que teve um grande prejuízo e está com medo de perder o emprego.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Empresa registrou um prejuízo grande e não sei se saio para ganhar até 15% menos'
Um ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa que deu um enorme e inesperado prejuízo. Tomamos conhecimento da informação pela imprensa e ficamos apavorados, porque sempre nos foi passado que estávamos em uma empresa sólida. O resultado foi o que se poderia esperar. Imediatamente começaram a surgir rumores internos de listas de demissões. Como eu trabalho na área administrativa, sei que os cortes, se acontecerem, irão começar por ela. Eu liguei para um amigo que há tempos vinha insistindo para que eu fosse trabalhar na empresa dele. Mas a proposta seria ganhar 15% menos do que ganho. Estou em dúvida se espero ou se aceito reduzir o meu salário."
Bom, para começar. Sua avaliação da situação é correta. Empresas de capital aberto que dão um prejuízo grande e inesperado, tendem a acalmar os acionistas acenando com cortes de pessoal. Isso acontece em qualquer país do mundo. Também é verdade que as áreas operacionais são inicialmente preservadas, em detrimento de trabalhos mais burocráticos.
A partir daí, cada um deve decidir o que fazer de acordo com a sua própria personalidade. Há pessoas que simplesmente não aguentam a tensão e a angústia de esperar para ver o que vai acontecer. Se isso se aplica a você, aceite a proposta. Os 15% de redução salarial seriam um preço até barato por sua paz de espírito.
Mas tenha em mente que momentos de crise podem gerar tanto demissões quanto boas oportunidades para os que acreditarem na capacidade de recuperação da empresa. Quem aposta em si mesmo fica e abraça a causa. E quem prefere pisar em chão firme começa a procurar outro emprego. E ambos estão corretos. A pior decisão é ficar como se isso fosse destino, e não, opção.
Max Gehringer, para CBN.
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