2013-11-25

Em termos de mercado, engenharia ambiental não é o que parecia ser - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/11/2013, sobre como o curso de Engenharia Ambiental tem problemas em colocar seus formandos no mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Em termos de mercado, engenharia ambiental não é o que parecia ser

engenharia ambiental

Um ouvinte escreve: "Sou formado em Engenharia Ambiental, com pós-graduação em Segurança do Trabalho. Eu atualmente trabalho na área administrativa de uma pequena empresa e me sinto infeliz, porque a minha função nada tem a ver com o que estudei e o que estudei não me gerou, em mais de dois anos de procura, sequer uma entrevista de emprego."

Muito bem. Eu já abordei esse tema antes, mas permita-me usar o seu caso para ser mais específico. No pacote das chamadas profissões do futuro, nenhuma gerou mais jovens insatisfeitos do que a Engenharia Ambiental, em proporção ao número de formandos.

Parece também, como é o seu caso, que engatar uma pós-graduação em Segurança do Trabalho tornou-se um caminho natural para quem se forma em Engenharia Ambiental. Na verdade, se você tivesse se formado somente técnico em segurança do trabalho, suas chances de conseguir um emprego na área de segurança seriam maiores, porque não haveria, para a empresa contratante, a exigência legal do piso salarial de engenheiro.

Eu sou a favor da engenharia ambiental e não conheço quem não seja. O problema é que como o nome do curso atrai muitos jovens, simplesmente existe um excesso de oferta para uma demanda muito pequena. Muito raramente uma empresa oferece uma vaga nesse setor, porque as poucas vagas que aparecem são preenchidas por indicação.

A minha sugestão, embora dolorosa, seria: faça outro curso que gere mais oportunidades de emprego. E assuma que você, infelizmente, concluiu um curso que em termos de mercado não é o que parecia ser.

Max Gehringer, para CBN.

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