Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/02/2018, com um ouvinte que é gerente em uma empresa que está atrasando o salário dos funcionários.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Sou gerente de empresa em crise e me oponho a atraso de salários'
Um ouvinte escreve: "Tenho um cargo gerencial em uma empresa que, de uns tempos para cá, vem passando por uma situação financeira ruim, o que ocasiona frequentes atrasos de salários. Em reuniões internas com o corpo gerencial, eu tenho defendido que manter os salários em dia é mais importante do que qualquer outra coisa.
Mas essa minha opinião só tem provocado descontentamentos. Até fiquei sabendo que dois gerentes chegaram a sugerir ao diretor que eu fosse demitido. Meus subordinados sabem o que penso e falo, e talvez os outros gerentes se sintam incomodados por não estarem defendendo os subordinados deles, como eu defendo os meus."
Muito bem. Vou tentar colocar o que você relatou, mas do ponto de vista dos seus colegas gerentes. Defender os direitos dos empregados é função do sindicato. Gerentes são pagos para defender os interesses da empresa.
Certamente a sua empresa não está atrasando os salários porque não se importa com os funcionários. Ela está fazendo isso porque não está conseguindo gerar recursos para cumprir com as obrigações financeiras. E isso, provavelmente, inclui também recolhimento de impostos e atraso nos pagamentos a fornecedores.
Não há como discordar do aspecto moral da sua cruzada. Mas você precisaria indicar com clareza, nas reuniões, de onde o dinheiro poderia sair para cobrir uma das pontas do problema, sem que isso significasse o risco de sua empresa ter que entrar em recuperação judicial.
Max Gehringer, para CBN.
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