Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/03/2018, com uma ouvinte que quer trabalhar no que gosta.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Opção entre fazer o que gosta e gostar do que faz é questão de tempo
Uma ouvinte escreve: "Estou iniciando no mercado de trabalho em uma empresa mais ou menos. Na verdade, um pouco menos do que mais. Meu objetivo é encontrar uma empresa que me dê a oportunidade de fazer o que eu gosto, para que eu tenha prazer em trabalhar nela."
Muito bem. Talvez esse seja o objetivo de qualquer pessoa que ingresse no mercado de trabalho. Mas, para que você não se frustre rapidamente, permita-me emitir uma opinião com base em tudo o que eu já vi em minha carreira.
A opção entre fazer o que gosta, ou gostar do que faz, é mais uma questão de tempo, do que de qualquer outra coisa. Um profissional começa a gostar do que faz, não importa o que faça, quando seus rendimentos lhe permitem ter um padrão de vida confortável.
Quem não tem dívidas e ainda consegue guardar boa parte do que ganha, passa a ignorar o que a empresa tem de ruim e exaltar o que ela oferece de bom.
Mas, alguém que trabalhe nesta mesma empresa, ganhando pouco e não vendo possibilidades de progresso, tende a enxergar mais os aspectos ruins, principalmente aqueles que dizem respeito a relacionamento e oportunidades.
A meta é fazer o possível para estar no grupo menor, que admira a empresa em que está, e não no grupo maior, que enfatiza os defeitos dela.
Esse grupo minoritário não é feliz porque está fazendo o que gosta, mas é feliz porque está sendo bem recompensado para gostar do que faz.
Max Gehringer, para CBN.
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