E não posso deixar de lembrar dessa citação: "Neste momento isso é apenas um emprego. Se eu avançar mais nesta empresa, então esta seria minha carreira. E bem, se esta fosse minha carreira, eu teria que me jogar na frente de um trem." - Jim Halpert, The Office, 1a temporada
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Faltou ambição?
"Estou há 8 anos nesta empresa", escreve um ouvinte, "e posso dizer que minha carreira tem sido estável. Não progredi muito em termos salariais, mas sou respeitado como profissional. Sinto-me confortável com o que já consegui, mas ao mesmo tempo, penso que poderia estar melhor do que estou, se eu tivesse sido mais audacioso e mais ambicioso. Esse tipo de dúvida é normal?"
Eu peço desculpas por contrariar a sua opinião, mas você está confundindo carreira com emprego. Um emprego é sempre uma situação provisória. Por mais que você se sinta confortável fazendo o que faz, na empresa em que está, a relação de emprego é como uma teia de aranha. É bonita e parece sólida, mas está presa por um fio.
Mesmo que você seja eficiente e que receba elogios, há vários fatores que podem interromper uma relação de emprego, a qualquer momento. A crise que atravessamos é um deles, mas há outros. A sua empresa pode ser comprada por uma empresa concorrente, um novo chefe pode ser contratado, uma área inteira pode vir a ser terceirizada e você pode ser incluído no pacote.
Quando essas coisas acontecem, quem confunde emprego com carreira, normalmente entra em pânico ou em depressão.
Aqui vai uma listinha pra cada um avaliar se está mesmo pensando numa carreira:
Primeira: estudar. Nunca deixar de se atualizar. Mesmo que a empresa atual não exija um idioma, ou conhecimentos de informática, ou qualquer curso de aperfeiçoamento profissional, essas são e serão exigências do mercado de trabalho.
A segunda: ampliar os horizontes. Participando de seminários rápidos que reúnem profissionais de outras empresas, fazendo parte de associações, estabelecendo contatos com pessoas que trabalham na mesma área, em outras empresas.
E a terceira: não fechar portas. Participar de entrevistas em outras empresas, não é uma traição, é um exercício. Mesmo que o profissional não pense em mudar, saber como se comportar em entrevistas, será de extrema utilidade no futuro. E não há maneira melhor de aprender do que sendo entrevistado.
Muitos ouvintes estão satisfeitos com seus empregos. A reflexão a fazer é esta: é possível conseguir um emprego igual, em outra empresa? Se a resposta indicar uma dúvida, isso significa que o ouvinte está confundindo emprego e carreira. O emprego é o presente. A carreira é o futuro. Emprego é ocupação. E carreira é preparação.
Max Gehringer, para CBN.
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