Sexta-feira, depois de uma semana muito ruim, resolvi passar no cinema no caminho de casa (quando eu volto a pé pra casa, passo em frente ao shopping). E como o único filme em cartaz que não me faria esperar duas horas era A Proposta (no original, The Proposal), resolvi assisti-lo. Não posso dizer que ajudou na minha situação.
A Proposta é uma comédia romântica, baseada em fórmulas e clichês prontos. Conta a história de Margaret Tate (Sandra Bullock, que nem parece ser quarentona), uma editora que o House classificaria como vadia cruel. E ela tem um assistente capacho, Andrew Paxton (Ryan Reynolds, mais conhecido como marido da Scarlett Johansson, em interpretação tão boa quanto em X-Men Origens: Wolverine - se isso foi elogio ou não, você decide).
Bem, Margaret é imigrante (do Canadá) e tem seu visto de permanência nos States expirado. Para não ser deportada, obriga o funcionário capacho Andrew a se casar com ela. Mas, para enganar o departamento de imigração, ela é obrigada a acompanhar o rapaz no aniversário de 90 anos da avó, e consequentemente, conhecer toda a família dele, no Alasca.
A partir daí, o festival de clichês começa, e claro, no final, o casal se descobre apaixonado, não antes de engraçadas e loucas confusões, como diria o locutor nos comerciais da Globo.
Apesar da atuação dos atores serem razoáveis, eu achei que a direção se perdeu. Por exemplo, o desenvolvimento de Andrew é praticamente inexistente: ele simplesmente parte do 0 pro 10, sem antes passar por todos os outros números, quando se trata do seu interesse por Margaret. Em certa altura, até tive dúvida se ele realmente ia terminar o filme com ela.
Ficou parecendo que o diretor tinha algumas poucas boas piadas e acabou desenvolvendo toda a história em torno delas, adaptando a história e desenvolvimento às piadas, e não o contrário.
Além disso, o filme cai na vala comum de comédias românticas, pois não explora alguns pontos que poderiam ser o seu diferencial. Citando dois exemplos: o fato de uma personagem feminina forte (e mais velha), e a localização da família de Andrew, no Alasca, que no máximo rendem uma piada.
Comédias românticas podem ser puro escapismo, mas não significa que elas não tenham que ser bem feitas. Um exemplo recente é Ele não está tão a fim de você, que segue boa parte dos clichês de comédias românticas, mas que é um filme muito bem feito e divertidíssimo.
Só duas coisas valeram o ingresso. A primeira foi a participação de Oscar Nunez, o Oscar da série The Office, no filme como Ramone, um sujeito multitarefa e muito estranho, hehehe.
(Você imaginaria o Michael Scott dançando assim, mas não o Oscar...)
E a segunda foi rever, depois de muito tempo, Mary Steenburgen como a mãe do Andrew. Pra quem não lembra, entre outras personagens, ela foi a Clara Clay, a mocinha do velho oeste do De Volta para o Futuro 3. É, o tempo passa e vamos ficando velhos...
Em suma, pesando tudo, eu não aceitaria A Proposta. Mas isso, claro, é a minha opinião, que provavelmente foi incluenciada pelo meu mau dia. Então, se quiser tirar a prova, vá assistir o filme e depois me conte.
Trailer:
Para saber mais: crítica do Omelete e de alguém que gostou mesmo do filme =P.
Perdi a vontade ver o filme.. tinha gostado do trailer.. economizei 14 reais.. legal.
ResponderExcluireu nao sabia que ele é o marido da scarlett.... ele adora fazer filmes de comedia... mas axo que o ultimo filme qu eeu vi dele era do wolverine
ResponderExcluirFaz eras que não vou ao cinema. Não iria por esse filme.
ResponderExcluirDe boa...
o filme tem um roteiro cheio de situações meio embaraçosas, mas igual, acho que dá pra se divertir e vale o preço do ingresso.
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