Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 29/10/2009, com um ouvinte que recebeu boas propostas de duas empresas rivais.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A empresa concorrente não é inimiga e propostas precisam ser analisadas
"É o seguinte", escreve um ouvinte com uma dúvida cruel. "Recebi uma proposta de emprego de uma empresa concorrente. Essa empresa disputa o mercado palmo a palmo com a minha, e as duas se odeiam. O problema é que a proposta que eles me fizeram foi boa. Não fiz entrevista, nem nada. Num evento do qual participaram várias empresas do setor, um diretor da empresa concorrente me chamou num canto, disse que tinha ótimas referências sobre o meu trabalho e me fez a proposta.
No dia seguinte, comentei a situação com meu gerente, e ele subiu pelas paredes. Ele me falou que eu deveria ter cortado o papo assim que o tal diretor abriu a boca, porque ele é nosso inimigo. Eu ponderei que a proposta era boa, e que eu não teria uma chance igual na nossa empresa, pelo menos em curto prazo.
Meu gerente ficou ainda mais exaltado, e me disse que tinha certeza de que eu recusaria a proposta. Mas eu não recusei. Liguei para o diretor da outra empresa, que me confirmou tudo o que ele tinha dito, e aí eu avisei o meu gerente que eu iria mesmo sair. Ele me deixou falando sozinho, saiu da sala, e voltou meia hora depois com uma contraproposta para eu ficar, ganhando a mesma coisa que eu ganharia no concorrente. Agora, fiquei numa dúvida cruel."
Não fique. Você acertou ao não considerar o concorrente como uma empresa fora de seus limites profissionais.
O que você tem a fazer agora é separar duas situações. Primeira situação: você recebeu uma proposta melhor e aceitou. Esse capítulo está encerrado, vire a página.
Segunda situação: você recebeu uma proposta para ficar. E você deve fazer novamente, o que fez da primeira vez: avaliar racionalmente a proposta de sua empresa, e decidir qual das duas propostas é a melhor.
Se a outra empresa só lhe ofereceu o salário, sem acenar com um plano de carreira, benefícios adicionais, ou qualquer outro diferencial, o mais sensato seria você ficar. Você estaria diante de duas propostas iguais, com a vantagem de já ser conhecido e reconhecido na sua empresa atual.
Mas o que aconteceria se a outra empresa aumentasse a proposta? Aí você viraria a página novamente, e iria para o terceiro capítulo, sempre comparando apenas duas propostas. O seu gerente dessa vez iria subir pelas paredes externas do prédio, e é isso mesmo que se espera que ele faça.
Porém, qualquer que seja a reação dele, a sua carreira sempre será uma prioridade apenas sua. E só você poderá decidir sobre o rumo que deve dar a ela.
Max Gehringer, para CBN.
concorrente é inimigo do dono da empresa, não o meu. XD
ResponderExcluiro feed completo realmente é melhor mesmo viu, pensei q não fizesse diferença.agora entro de vez em quando e pra comentar.
ResponderExcluir=D
ótimo blog por sinal.
essas transcrições do Max Gehringer ajudam pra caraca.
@Lou, fiz uns testes com o feed parcial e não ficou bom, então deixei ele completo mesmo.
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