Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/10/2009, com as preocupações de uma mãe sobre a filha adolescente que pensa já na sua entrada no mercado de trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
'Minha filha de 15 anos está extremamente preocupada com a vida profissional'
Consulta de uma ouvinte mãe. Ou vice-versa. Ela escreve: "A minha filha de 15 anos está demonstrando, em meu modo de ver, excessiva preocupação com a vida profissional dela. Ela quer decidir com três anos de antecedência, qual faculdade irá cursar. E fala em conseguir um emprego já, para aprender como as empresas funcionam. Eu acho que minha filha está sendo precoce demais, mas ela parece muito determinada a trocar a adolescência pelo trabalho. Como posso aconselhá-la adequadamente?"
Eu não creio que exista algum tipo de troca nesta situação.
Se a sua filha começar a trabalhar, isso não quer dizer que ela deixará de fazer o que as adolescentes fazem. Sua filha não deixará de ir a festas, ou de sair com as amigas, ou de comprar roupas típicas da idade dela, ou de se comunicar com as amizades através das redes de relacionamento da Internet.
Acredito que a preocupação de nossa ouvinte seja mais com a importância que a filha dará aos estudos, porque o emprego irá se transformar numa prioridade maior do que a escola. Por dois motivos: a filha passaria 3 horas na escola e 8 no emprego. E haveria muito mais cobrança por desempenho no emprego do que na escola.
Eu daria duas sugestões à mãe e filha. A primeira é que a filha não aceite o primeiro emprego que aparecer. Por exemplo, um emprego longe de casa, que fosse requerer duas horas de deslocamento diário. Ou então um emprego com horas extras ou trabalho aos sábados. Em casos assim, o emprego poderia de fato, influir negativamente nos estudos e na vida social.
E a segunda sugestão é que a filha não se preocupe já com o curso que irá fazer. Trabalhando, ela terá uma noção melhor das várias áreas de uma empresa e poderá decidir com base nessa experiência prática, qual será a melhor direção a seguir.
Finalmente, eu diria à mãe que ela tem uma filha do século 21. São jovens que amadurecem mais cedo que seus pais e avós amadureceram. São jovens interessados, inquisitivos, rápidos e cheios de planos. Não há nada de errado nisso, muito pelo contrário. Pior mesmo seria chegar aos 24 ou 25 anos de idade sem ter trabalhado e sem uma noção do que deseja na vida profissional.
Ah! Outra coisa: se a nossa ouvinte mãe sonha com o dia em que será avó, esse dia vai demorar. Jovens precocemente focados na carreira, como a filha dela, só começam a pensar em casamento depois dos 30 anos.
Max Gehringer, para CBN.
A vida, cada vez mais, exigindo e tornando os jovens mais precoces...
ResponderExcluirbeijo rouge
Dani
é melhor ter um filho assim do que um filho vagabundo
ResponderExcluir