2009-11-05

O cuidado no envio de e-mails no trabalho - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/11/2009, com um valioso conselho na hora de enviar um e-mail.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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O cuidado no envio de e-mails no trabalho

e-mail
Hoje vou aproveitar esse espaço para oferecer uma pequena sugestão que pode evitar grandes transtornos profissionais.

Ao terminar de redigir um e-mail, não aperte imediatamente a tecla "Enviar". Antes de fazer isso, leia o que foi escrito. E corrija o que precisa ser corrigido, tanto em termos de grafia, quanto, principalmente, de clareza.

Eu nem tenho ideia de quantos e-mails são enviados por dia no Brasil, mas imagino que sejam alguns milhões. E pelo menos a metade deles, creio eu, tem caráter profissional.

Na época pré-e-mail, escrevia-se cartas, e ainda se escreve. Muitas. Cartas têm várias desvantagens em relação ao e-mail: elas custam mais caro, demoram mais para serem escritas, precisam ser envelopadas, o envelope precisa ser corretamente endereçado e é preciso postá-las numa agência dos Correios.

Mas as cartas têm, pelo menos, uma grande vantagem. Quem se arrepende de algo que escreveu num momento de raiva ou desatenção, tem tempo de sobra para evitar o estrago que a carta poderia causar. Não é o caso do e-mail. Não foram poucos os ouvintes que já me escreveram, perguntando como poderiam consertar algo que foi escrito num e-mail e enviado sob o calor da emoção.

Esse é o problema. Ao contrário das coisas que dizemos, e que depois podemos alegar que não foi bem aquilo que dissemos, o e-mail deixa registrado exatamente o que colocamos nele. Não dá para alegar que aquilo que o destinatário leu, não é bem aquilo que escrevemos.

Há ainda uma outra situação que parece cômica, mas não é. A de ouvintes que receberam um e-mail, não gostaram do que leram e decidiram enviá-lo para um colega, após adicionar comentários pessoais pouco elogiosos sobre a inteligência da pessoa que o redigiu, o chefe, por exemplo. Só que na pressa, esses e-mails foram enviados não para o colega, mas de volta para o primeiro remetente, criando uma tremenda saia justa.

E o terceiro motivo para reler os e-mails é o bom e velho português. A releitura permitirá corrigir erros elementares de grafia ou concordância, que poderiam dar a quem lê, a má impressão de que fugimos da escola.

Fica então a dica: e-mail é como tiro ao alvo. Porém, antes de disparar, é preciso ter a certeza de que o cano da espingarda está voltado para o lado certo.

Max Gehringer, para CBN.

Um comentário:

  1. eu guardo todos os emails, pra depois a pessoa falar que nao escreveu as coisas que escreveu

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