Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/02/2010, sobre a palavra deletar.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
Pequeno dicionário do mundo corporativo: deletar
A palavra de hoje é deletar. E sempre que aparece uma palavra estranha ao nosso vernáculo, muita gente pergunta por que adotar anglicismos quando já temos palavras nossas.
Bom, durante séculos, tanto o idioma português quanto o inglês, se enriqueceram emprestando palavras do francês. Palavras, essas, que os franceses foram garimpar no latim.
É o caso do verbo latim delere, remover. Que na França virou deleté e depois foi pra Inglaterra, como delete.
O mesmo caminho seguido pelo latim eliminare, que virou éliminer, eliminate em inglês e eliminar em português.
Eliminar chegou ao Brasil, via Portugal, no século 16. Deletar só está chegando agora, direto e sem escala.
Nesse contexto, de empréstimos importados do latim, como definir o que seria precisamente uma palavra nossa? Uma que já chegou faz muito tempo, ou uma que poderia também ter chegado, mas se atrasou?
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário