2010-06-17

Sobram advogados no Brasil? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/06/2010, sobre a quantidade de advogados no Brasil.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Sobram advogados no Brasil?

advogados
Um jovem ouvinte, de 16 anos, o Tiago, quer ser advogado. Mas a família dele alega que já existem advogados sobrando no Brasil. E o Tiago pergunta se é isso mesmo.

Na verdade, Tiago, existem muitos bacharéis de direito no Brasil. A diferença é que todo advogado é um bacharel, mas nem todo bacharel se torna advogado. A parte mais fácil é concluir um curso de Direito. Todo ano, perto de 100 mil jovens brasileiros conseguem o seu diploma.

E aí, vem a parte complicada. Para poder advogar, um bacharel precisa ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Esse é o grande funil. De cada 7 bacharéis que tentam, só 1 consegue.

Atualmente, existem no Brasil 4 milhões de bacharéis em Direito que não passaram no exame da Ordem. E não há limite de reprovações. Um bacharel pode fazer o exame da Ordem quantas vezes quiser. O recordista brasileiro tentou 25 vezes.

O exame é assim tão difícil? Não. Na primeira fase, o bacharel tem 4 horas para responder a 80 perguntas. E só precisa acertar metade delas. Porém, 70% dos candidatos são reprovados já de cara. Por quê? Porque existem 1048 cursos de Direito no Brasil. E boa parte deles não oferece ao aluno, uma formação de bom nível.

Desde que o exame da Ordem começou, em 1971, algumas poucas instituições de ensino têm conseguido índices de aprovação próximos de 70%. E no outro extremo, há faculdades cujos índices de reprovação estão acima de 90%.

Portanto, Tiago, a faculdade que você escolher terá um peso enorme em sua pretensão para ser um futuro advogado. Não posso lhe informar nomes de escolas, nem aqui, nem por email, para não parecer propaganda. Mas, uma busca na internet lhe dará a resposta.

Portanto, Tiago, eu sugiro que você pergunte antes de se matricular numa faculdade, qual é o índice de aprovação dos alunos dela no exame da Ordem. E escolher uma cujo índice seja superior a 40%.

Se esse exame é válido ou não, já que outras categorias profissionais não têm essa exigência, é outra história. Por enquanto, legalmente só pode advogar quem passar no exame da Ordem.

Max Gehringer, para CBN.

8 comentários:

  1. advogados e Advogados... saber a diferença é q é problema.

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  2. Rafael1:50 PM

    Caro blogueiro, não sei onde você copiou e colou essa reportagem, porque o exame de ordem já mudou faz tempo!!! não são mais 80 questões, são 100 questões. as provas agora estão decoreba, o edital não tem a matéria abordada na prova, nem a bibliografia. A prova virou uma espécie mercantil de arrecadar dinheiro. O valor da inscrição é de R$ 200,00 (mais cara que a prova para Juiz) e olha que isso é só a licença para trabalhar. Acho que a prova tem que ser mantida, porém, a prova deve ser usada para ver a qualificação do candidato, não para reprovar a todos e mostrar que há várias faculdades de direito que devem ser fechada.

    Voltando a sua matéria, você nunca vai crescer na sua profissão (que aliais, não tem prova para ter certificado, deve ser por isso é um péssimo jornalista que não apura antes de escrever algo), jornalista tem que saber tudo que publica, no seu caso, você não sabe nada.

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  3. Se depender da interpretação de texto, o caríssimo 'adevogado' Rafael deve ter reprovado várias vezes na prova.

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  4. Rafael2:14 PM

    Não interessa se foi o max que disse ou não, o que interessa é que está tudo ultrapassado, não se trata de interpretação de texto, se trata de fato. É o que está escrito. Fiz faculdade de direito, mas infelizmente tive minha inscrição da OAB cancelada, que pena, sou funcionário público, impedido de advogar. Será que fui reprovado milhares de vezes como diz o Sr. Andarilho?. Agora, informação errada não há o que negar, e jornalista que insiste no erro, nada mais é que desinformado. Assim, como os bacharréis em direito têm que estudar mais, você, caro jornalista de blog, tem que se informar mais...(como não tem prova para fazer, se informa direito, pelo menos).

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  5. Putz, gente que não sabe interpretar texto é foda mesmo.

    Caro bacharel (já que não é advogado), a matéria não é minha e nem todo blog é de jornalista. Claro que como não tem prova, eu até poderia me denominar como tal, mas não é um título que eu queira ostentar.

    Não arrumei o texto, porque o que proponho aqui é deixar transcrições fiéis dos comentários que o Max Gehringer faz na CBN, porque o que fica arquivado na CBN é somente o áudio. Se você não gostou, sugiro que vc reclame com o próprio Max. Não vou mudo o texto, mesmo que o conteúdo esteja errado, porque ai não seria transcrição (dã!). No máximo, deixo comentários pessoais, sempre indicando algo, no início do texto.

    Neste caso, não farei isso, porque o Max retifica o erro no comentário de hoje (que ainda não foi publicada a transcrição aqui).

    Então, caro funcionário público, se você não gostou, tem sempre a opção de apertar Alt + F4 ai no seu teclado.

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  6. Mew, é por isso que advogado tem a fama que tem. Implica por qualquer coisa e é, por natureza, um chato de galocha, claro que há exceções e não se pode generalizar.
    Como bacharel em direito e aspirante à advogada sei das dificuldades do exame, e tenho também uma irmã jornalista e digo que é tão difícil quanto ser advogada.
    Portanto, espero que não dê mais valor que o necessário a alguns comentários. Só pra constar, gosto muito do seu blog. XD

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  7. Obrigado, Ana.

    Mas o que me irrita é que o cara se acha o 'doutor' (deve estar cercado por gente muito simples e ingênua, coitado) e não consegue interpretar um texto.

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  8. Said,

    Primeiro quero dizer que ouço todos os dias os comentários do Max Gehringer, que em regra são opiniões inteligentes, com base em estudos e na própria experiência dele, mas quando comenta sobre direito ele deveria realmente ser mais cuidadoso, se há divergência dos assuntos até entre os maiores estudiosos do tema, ele sugere saídas jurídicas que nem sempre estão em sintonia com o pensamento contemporaneo.

    Abraços.

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