Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/07/2010, sobre câmeras no escritório.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Câmeras no escritório: desconfiança e invasão de privacidade?
Recebi mensagens de dois ouvintes de cidades diferentes, reclamando da mesma situação. As empresas em que eles trabalham, instalaram câmeras no escritório. Elas não apenas captam a imagem, mas também o som ambiente. Um ouvinte pergunta se isso é desconfiança. E outro pergunta se isso não configura invasão de privacidade.
Muito bem. Assim como nossos dois ouvintes, e possivelmente como a quase totalidade de nosso ouvintes, eu também não gostaria de ser vigiado eletronicamente. Mas uma coisa é o que a gente gostaria, e outra coisa é o que a empresa poderia.
Voltando aos tempos antigos, os escritórios eram enormes salões abertos. As mesas dos funcionários eram dispostas de maneira a que o chefe, que se sentava de frente para eles, pudesse manter o olho em todo mundo, durante todo o tempo.
O que mudou de lá para cá foi a tecnologia. Em vez do chefe presente, as câmeras levam o som e a imagem para um lugar remoto, onde alguém, se é que existe alguém fazendo isso, pode manter todo mundo na mira.
Vamos começar pela pergunta sobre a privacidade. Empresas podem instalar câmeras no local de trabalho. A privacidade é respeitada nos sanitários, e não nas mesas do escritório ou no chão de fábrica.
E agora a pergunta sobre desconfiança. O objetivo da empresa é observar se todos os funcionários estão fazendo aquilo que estão sendo pagos para fazer. O simples fato de existir uma câmera já faz com que ninguém se arrisque a ficar batendo papos intermináveis ou a ficar falando longamente ao celular.
Vou assumir que nas empresas de nossos dois ouvintes, nada disso ocorre. Nelas, todo mundo é compenetrado e ninguém enrola. Nesse caso, as câmeras funcionam a favor de todos, e não contra. Se um novo funcionário for contratado e não quiser entrar no ritmo dos demais, ele será flagrado e perderá o emprego.
Repito que eu também não gostaria de virar personagem de um Big Brother corporativo, mas a legislação faculta às empresas, observar o que seus empregados fazem durante o expediente. Um caso semelhante e já comentado aqui, é que as empresas podem xeretar os emails que seus empregados recebem ou mandam.
Este é o século 21. No mais das vezes, a tecnologia funciona a nosso favor, e facilita as nossas vidas. Mas de vez em quando, ela já não é tão benvinda.
Max Gehringer, para CBN.
os patrões dessa empresa não confiam nos seus funcionários,a prova disso é que elas colocaram câmeras para vigiar eles,os relacionamentos são baseados na confiança
ResponderExcluiro fato de ter uma câmera filmando não significa que a pessoa vai ser punida se fizer algo,então o efeito inibidor dela não funciona
se nada disso ocorre para que as câmeras então?
se nada de errado acontece,as câmeras são inúteis,já que elas deveria captar os problemas
vamos vigiar todo mundo pela possibilidade de alguém cometer algo errado?
isso está parecendo o instituto pré-crime
tenho cameras na minha empresa para saber quando fulano mata o tempo com celulares com entrega de produtos errados
ResponderExcluirantes das cameras acontecia um evento e eu perguntava a todos alguem vi ?
a resposta era não fui eu eu não vi e eu
sempre ficava com o prejuizo agora finalmente acabou consigo localizar para quem foi etc...