Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Meus funcionários reclamam muito e trabalham pouco'
"Sou gerente de uma empresa e o meu setor tem doze funcionários", escreve um ouvinte. "Quando entrei na empresa, faz quase um ano, senti que o pessoal estava acostumado a reclamar muito e a trabalhar pouco. Tentei de todas maneiras possíveis e saudáveis mudar esse panorama, mas não consegui. O pior é que meu diretor vivia me dizendo que eu que era exigente demais. Depois de muito pedir, consegui que o diretor aprovasse a contratação de uma consultoria, que revisou toda a rotina de trabalho e fez entrevistas com cada um dos funcionários.
O resultado foi o que eu esperava. Segundo a consultoria, pelo menos metade da equipe precisa ser substituída de imediato. Meu diretor ponderou que uma medida dessas teria um custo muito elevado, já que alguns dos funcionários que deveriam sair, têm vários anos de casa. Ele me pediu um tempo para pensar, mas já está pensando faz um mês e pelo jeito, continuará pensando pelo resto da vida. Não sei o que faço. Fico, vou embora, ou existe alguma outra solução?"
Sim, existe. Dentre os seis que foram colocados na marca do pênalti, certamente há um que é pior que os outros cinco. Sempre há. Creio que você conseguirá a concordância do seu diretor para fazer uma só dispensa. Aí, reúna os outros onze, e exponha os resultados do trabalho da consultoria.
Explique que você não gostaria de dispensar mais ninguém, mas que só poderá manter a equipe se o grupo inteiro mudar de atitude. Não cite nomes, nem nada. Apenas peça a colaboração de todos e diga que haverá uma nova avaliação dali a trinta dias. Coloque-se a disposição de quem quiser conversar, e dedique parte do seu tempo a orientar individualmente aqueles que estão com o desempenho pior.
Pode ser que dos cinco menos eficientes, um ou dois continuem a agir como sempre agiram. Mas, se você conseguir recuperar três deles, já será uma vitória.
Dispensar pessoas sempre é algo doloroso e deve ser a última das providências, após esgotadas todas as tentativas de recuperação. Mas, chega uma hora em que uma dispensa se torna inevitável, até por consideração aos que desejam trabalhar.
Max Gehringer, para CBN.
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