Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui demitido pela segunda vez pelo mesmo motivo'
"Estou assustado", escreve um ouvinte. "Acabo de ser demitido do meu segundo emprego e pelo mesmo motivo que havia sido demitido do primeiro: problemas de relacionamento. A questão é que não sou um criador de casos, nunca destratei ninguém, sou do tipo quieto e fico sempre na minha. Na primeira demissão, eu me convenci de que o verdadeiro motivo deveria ser outro, mas depois da segunda demissão, passei a acreditar que alguma coisa em meu comportamento desagrada a quem trabalha comigo. Só que não consigo descobrir o que fiz de errado. Você pode me dar uma luz?"
Vou tentar.
Quando a gente ouve falar em problema de relacionamento, já imagina alguém meio fanfarrão, que briga, discute, não concorda com nada e nem com ninguém, fala alto, é fofoqueiro, é mau caráter, ou qualquer coisa nesse sentido. Porém, nem sempre o relacionamento desanda por essas razões, digamos, estriônicas. Alguém muito calado também pode ser isolado por um grupo. O mesmo ocorre com alguém que se recusa a participar das rodinhas nas quais os colegas riem e relaxam por alguns minutos durante o expediente.
Quando você diz "fico sempre na minha", você pode ter acertado na mosca. Para ser bem aceito, o funcionário precisa ficar sempre na média dos demais, nem muito exagerado, nem muito sumido. Em seu próximo emprego, eu sugiro que você tente deixar de "ficar na sua" e faça um esforço para "ficar na da coletividade". Não ser o único que destoa do grupo.
Tenha em mente também que existem empresas que apreciam os funcionários quietos e promovem os calados. Por isso, não diga em entrevistas que você vai mudar radicalmente de atitude. Primeiro, entenda o ambiente. E depois, tente se amoldar a ele. Não é tão difícil porque nove em cada dez funcionários conseguem fazer isso sem nenhum grande esforço.
Max Gehringer, para CBN.
Eu também já fui dispensado pela mesma razão, também duas vezes, assim como o ouvinte que consultou o Max. Bem... Acho que, no fim, saí ganhando, pois não teria como trabalhar em uma empresa que não respeita minha personalidade quieta e reservada. E eu ainda acho que competência conta muito mais do que ficar de risinhos com todo mundo (até porque muitos desses risinhos são falsos). Já vi de tudo nas empresas, incluindo gerentes preferindo funcionárias que dormiam com o cliente em vez do funcionário competente, porém calado. Vou dizer sinceramente que prefiro ser calado e a ser antiético. Posso até ser demitido, mas pelo menos coloco a cabeça no travesseiro em paz todas as noites, pois a única coisa que a gente leva dessa vida é nossa honra.
ResponderExcluirOlha só que coincidência. Já perdi dois empregos pela mesma razão. Eu sempre fui timida, na minha, nunca gostei de panelinhas. Sou contra essa opinião específica do Max Gehringer (embora goste muito do trabalho dele, em geral) pois acho que é muito agressivo mudar tanto a personalidade só pra fazer parte de um grupo, tal como o colega do outro comentário disse. Depois que saí do primeiro emprego, resolvi que não ia trabalhar pra ninguém mais. Hoje tenho minha empresa, ganho cinco vezes mais do que ganhava nas empresas que me demitiram, tenho qualidade de vida, viajo para o exterior várias vezes ao ano e, melhor de tudo, posso ser eu mesma. Hoje sou avaliada unicamente pela minha competência. E cliente é o que não me falta (chego a recusar trabalho por não dar conta da alta procura pelos meus serviços). Abraço!
ResponderExcluirSou muito introvertida e tímida, não sou de grupos por causa do tipo de conversa que tem. Sempre falando de tudo e de todos, perseguida pela supervisora por ser muito calada . Já passei por 5 empresas trabalhando por menos de 1 ano. Estou cansada disso!!!!!! Sou dedicada, pontual e responsável e pelo que vejo gostam de funcionários fofoqueiros, puxa sacos e irresponsáveis.
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