Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/04/2011, sobre um caso em que uma multinacional comprou uma empresa familiar e os funcionários desta se sentiram desvalorizados.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Multinacional compra empresa e desvaloriza funcionários antigos
"A empresa em que trabalho há sete anos foi comprada por outra", escreve um ouvinte. "Éramos uma firma familiar, com um bom ambiente e agora fazemos parte de uma multinacional. Isso aconteceu faz um mês, e no começo, achei que seria uma boa para minha carreira, mas me enganei. Um bando de gestores veio para ocupar os cargos mais importantes e o pessoal antigo de casa ficou desvalorizado. Não somos consultados para nada, não recebemos informações do que deverá acontecer e eu estou apavorado porque vou me casar no mês que vem."
Bom, o lado bom é que você está apavorado com a venda da empresa, e não com o casamento. Mas vamos lá.
Quem faz a transição de uma empresa familiar para uma multinacional, sente de imediato uma diferença no tratamento. Grandes empresas são metódicas, sistemáticas. Raramente uma situação é resolvida na base da conversa, porque tudo já estava previsto nos manuais operacionais. Isso torna a empresa, dependendo do ponto de vista, mais profissional ou menos pessoal. O carinho que o dono dispensava aos empregados é substituído por objetivos quantificáveis, avaliações periódicas de desempenho e coisas do gênero.
Certamente o nosso ouvinte está encontrando dificuldade para se adaptar a essa nova rotina. A sugestão que eu posso dar é a de evitar comparações. Não dizer que antes as coisas eram melhores ou mais fáceis ou menos complicadas.
Os novos gestores podem até dar a impressão de que estão ignorando os funcionários antigos, mas isso não é verdade. Eles estão vendo tudo e avaliando cada etapa do processo. Como dependerá deles a decisão de quem fica e quem sai, se é que alguém irá sair, colocar-se à disposição é o primeiro passo.
A minha experiência me diz que quem é bom, fica, e que boas oportunidades aparecem. Por isso, ficar apavorado não vai ajudar em nada no emprego e ainda pode respingar no casamento.
Max Gehringer, para CBN.
Muito bom o Blog, exelentes matérias, coloquei um link seu no meu blog, abraços
ResponderExcluirgeraldo
www.geraldofrazao.blogspot.com