2011-05-09

'Ganho mais só que produzo menos que meu colega' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/05/2011, sobre o que fazer quando um colega que produz mais, ganha menos do que você.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

'Ganho mais só que produzo menos que meu colega'

produtividade trabalho empresa
Já comentamos aqui vários casos de ouvintes que ganham menos do que colegas que fazem o mesmo trabalho. A consulta de hoje é a primeira em que ocorre o contrário. Um ouvinte escreve:

"Fui contratado com um salário compatível com a minha função, mas descobri que um colega ganha bem menos do que eu. Ele está na empresa há muitos anos e não tem a escolaridade que a função exige, mas tem conhecimento prático e experiência mais do que suficientes para a execução do trabalho. Confesso que devido ao pouco tempo que tenho de casa, esse colega é até mais produtivo do que eu. Ele não sabe que eu ganho mais do que ele, e quando fui contratado, o meu gerente me pediu para não comentar essa diferença salarial. Eu me sinto mal com a situação e não sei se posso ou devo fazer alguma coisa a respeito."

Bom, vamos começar pelo que é legal. Se você e seu colega têm funções com nomes idênticos e fazem exatamente a mesma coisa, a empresa está criando um passivo trabalhista. Algum dia, o seu colega poderá entrar com uma ação e requerer a equiparação, recebendo toda a diferença atrasada. Mas esse é um problema da empresa e não do nosso ouvinte.

A explicação mais plausível para o fato é que a empresa está pagando ao colega pelo que ele é, e ao nosso ouvinte, pelo que ele poderá vir a ser. A empresa acredita que não irá perder o funcionário mais antigo, mas sabe que não conseguiria contratar alguém com a formação requerida pelo mesmo salário.

O que provavelmente irá acontecer é que um dia o colega descobrirá a diferença e perguntará por que o nosso ouvinte se manteve calado. E a resposta será: "porque recebi ordens para não falar".

Resumindo a questão, a empresa do nosso ouvinte decidiu se guiar não pelo que a nós parece mais justo, mas pelo que a ela parece mais lógico.

Max Gehringer, para CBN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário