Sistema de gestão arcaico de 'empurrar com a barriga' ainda é praticado por alguns - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/05/2011, sobre chefes que empurram com a barriga.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Sistema de gestão arcaico de 'empurrar com a barriga' ainda é praticado por alguns


Uma ouvinte inconformada pergunta: "O que se deve fazer quando um gerente faz promessas e se esquece delas? Nos últimos meses", ela diz, "meu gerente já me prometeu um aumento, o pagamento de um curso de inglês e uma mudança de função. Só que ele fala como se a promessa fosse um fato consumado, e depois esquece do que falou.

Eu esperei três meses pelo cumprimento da primeira promessa, a do aumento. E quando cobrei meu gerente, ele me respondeu que o aumento não havia sido autorizado, e me fez, na lata, a segunda promessa: a do curso. Passou-se um mês e quando o prazo para a inscrição no curso estava se esgotando, meu gerente alegou que a diretoria não havia aprovado a verba, e me garantiu que finalmente eu seria transferida para outra área, uma mudança que eu já vinha pleiteando faz algum tempo.

Isso faz dois meses e até agora, nada aconteceu. Sei que legalmente não posso provar nada, porque as conversas entre eu e meu gerente não tiveram testemunhas. Por isso, pergunto o que devo fazer."

Bom, infelizmente esse é um sistema de gestão arcaico, chamado empurrar com a barriga, que continua sendo praticado por alguns gestores arcaicos e barrigudos. O sistema consiste em manter o subordinado na constante expectativa de que algo irá acontecer. Quanto tempo isso dura, depende da paciência do subordinado.

No seu caso, eu diria que a melhor solução seria você conversar diretamente com o gerente da área para a qual você deseja ser transferida. E perguntar se essa possibilidade, de fato, existe.

Se você descobrir que é apenas mais uma invenção, você tem três opções: ou deixar de acreditar em promessas, ou pedir que a próxima promessa seja colocada por escrito, ou começar, com calma, a procurar outro gerente. Um que administre com a cabeça e não com barriga.

Max Gehringer, para CBN.