Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/09/2011, sobre quem é o dono das milhas aéreas quando o funcionário viaja pela empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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De quem são as milhas obtidas pelos funcionários?
A consulta de hoje é sobre programas de milhas de empresas aéreas. Esse não é um tema novo, mas ele ficou muito tempo restrito a um grupo reduzido de profissionais que viajavam por conta da empresa. Só que duas novidades mudaram esse panorama nos últimos anos.
A primeira é que com o celular e a internet, que permitem uma comunicação instantânea em qualquer ponto do país, as empresas puderam liberar seus profissionais para viajar mais. E a segunda novidade é a redução das tarifas aéreas, que em muitos casos, deixou uma viagem de avião mais barata do que uma viagem de ônibus. E o resultado pode ser visto nos aeroportos do Brasil: um enorme congestionamento humano porque nunca se viajou tanto a serviço.
Com isso, um empresário pergunta: "As milhas que os funcionários acumulam pertencem a quem? Nos programas de milhas aparece o nome do funcionário, porque a passagem é emitida em nome dele. Mas quem está pagando é a empresa. Nesse caso, a empresa pode determinar que o funcionário use as milhas acumuladas somente para viajar a serviço da empresa?"
Vamos lá. A argumentação do empresário é lógica. Se a empresa está pagando a conta, ela é a dona das milhas e não o funcionário. Só que eu ouvi essa mesma discussão há 15 anos e o resultado foi uma gritaria danada. Para o funcionário, as milhas são vistas como um benefício. Ele poderá aproveitá-las para sair de férias com a família, por exemplo. A empresa em que eu trabalhava fez as contas e percebeu que iria ganhar muito pouco caso se apropriasse das milhas.
A maioria das grandes empresas que eu conheço usou essa mesma estratégia camarada. E o resultado é que o funcionário ficou contente por receber um benefício adicional. Esse é um caso que a lógica certamente está do lado da empresa. Mas uma decisão de bom senso nem sempre é baseada 100% na lógica.
Max Gehringer, para CBN.
Impressionante! Não conhecia e nunca tinha visto. Vlw!
ResponderExcluirBeijokas e uma linda semana.