2011-10-24

Perfil pessoal pode ser critério de 'desempate' em contratação de funcionário - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/10/2011, sobre a avaliação do perfil pessoal e do perfil profissional num processo seletivo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Perfil pessoal pode ser critério de 'desempate' em contratação de funcionário
perfil profissional
"Em uma entrevista", pergunta uma ouvinte, "o que é levado mais em conta? O perfil pessoal ou o perfil profissional?"

Vamos lá. Não é bem o que é levado mais, e sim o que é levado antes: é o perfil profissional. Se o candidato não reúne as condições técnicas mínimas para desempenhar uma função, ele pode ser a pessoa mais simpática do mundo, e mesmo assim, não será contratado. O que ocorre é que normalmente aparecem vários candidatos cujos históricos atendem às exigências do perfil profissional. Aí, a escolha final será orientada pelo perfil pessoal.

E o que é o perfil pessoal? É o conjunto de características, de atitudes e de comportamento, que aquela empresa, e só aquela, aprecia em seus empregados. Isso quer dizer que uma pessoa que quase não fala e jamais dá um sorriso, pode ser contratada por ser assim ou pode ser rejeitada por ser assim. Depende de como a empresa é.

Dito isso, eu já recebi muitas mensagens de ouvintes reclamando que foram entrevistados por profissionais que não tinham um pingo de técnico específico sobre uma determinada vaga. Isso ocorre em áreas como a Informática, que não tem meio termo: não dá para alguém fingir que entende. E muitos desses profissionais foram descartados do processo antes mesmo de poder mostrar o que sabiam.

Nesse caso, a empresa optou por avaliar antes o perfil pessoal? Não, o perfil profissional foi avaliado antes, através dos currículos. E a única entrevista, com um profissional que não era do ramo, serviu para a avaliação do perfil pessoal.

Só que os candidatos não são informados por esse procedimento, e muitos saem da entrevista zangados por não terem podido conversar com alguém que pudesse avaliá-los devidamente. Na verdade, eles foram. Mas faltou alguém lhes explicar que já tinham sido.

Max Gehringer, para CBN.

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