2011-12-28

'Estou satisfeita com meu emprego, mas sinto vontade de mudar' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/12/2011, sobre satisfação no trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Estou satisfeita com meu emprego, mas sinto vontade de mudar'

vontade de mudar

Uma ouvinte escreve: "Estou satisfeita em meu emprego, mas ao mesmo tempo sinto vontade de mudar. Será que estou sendo ingrata com a minha empresa, da qual não posso me queixar?"

Não, você não está. Eu já vi várias pesquisas sobre satisfação no trabalho, feitas por institutos neutros, tanto no Brasil quanto em outros países. Os motivos podem variar, mas os resultados percentuais costumam ser bem semelhantes. De modo geral, 50% respondem que estão satisfeitos, mas considerariam mudar de emprego se aparecesse uma oportunidade melhor.

15% estão muito satisfeitos e não cogitam mudar. Na outra ponta, 20% estão totalmente insatisfeitos. São os que acreditam que trabalham na pior empresa da cidade e têm os piores chefes do mundo. E os restantes 15% se declaram neutros. Há dias em que tudo parece bem, há dias em que tudo parece ruim, e eles não conseguem chegar a uma conclusão definitiva.

Pode-se analisar os resultados das pesquisas de duas maneiras. A primeira é a otimista. Para a alegria das empresas, dois terços dos empregados se declaram satisfeitos.

E a outra é pessimista. Para a tristeza das empresas, 85% estariam dispostos a trocar de emprego. Esse número parece muito alto, mas não é tanto, considerando-se a quantidade de motivos que levariam alguém satisfeito a trocar de emprego. Por exemplo: salário mais compensador, benefícios melhores, oportunidades de carreira, função mais compatível com a formação, emprego mais perto de casa, horários mais convenientes.

Estar satisfeito não significa a certeza de estar no melhor emprego e na melhor empresa. Só que a maioria dos satisfeitos não confessa isso abertamente, o que levou a nossa ouvinte a pensar que ela é uma exceção, quando ela está bem dentro da curva da normalidade.

Max Gehringer, para CBN.

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