2011-12-01

'Sou obrigado a participar da festa de fim de ano da empresa?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/12/2011, sobre a obrigatoriedade de aparecer nas festas de fim de ano nas empresas.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

'Sou obrigado a participar da festa de fim de ano da empresa?'

festas fim de ano empresas obrigatória

Dezembro chegou. E com ele, a mesma pergunta de todos os anos: sou obrigado a participar da festa de confraternização da empresa?

Então, vamos dividir os interessados em três cenários distintos. Não apenas pela festa, mas também porque faz tempo que venho tentando encaixar a palavra 'cenário' em um comentário.

Primeiro cenário: todo mundo na empresa gosta da festa de fim de ano e tem só um par de chatos que é do contra.

Segundo cenário: uns 20%, que não são chatos, prefeririam declinar o convite. Mas o animado grupo responsável pela organização da festa fica pressionando para que todos compareçam.

Terceiro cenário: o ambiente da empresa não é dos melhores e não é uma festa anual que vai mudar essa situação.

Nas empresas em que trabalhei, eu me encaixava entre os chatos do primeiro cenário, era do contra. Mas ia, porque era obrigado. Mais tarde, quando assumi cargos de direção, optei por fazer o que eu gostaria que os mandatários tivessem feito na época em que ninguém se importava com o que eu achava ou deixava de achar. Eu decidi escrever um comunicado geral informando que a participação na festa era livre, que quem não quisesse comparecer não precisaria explicar nada, e que quem não comparecesse, não sofreria qualquer crítica ou represália. Para minha surpresa, no primeiro ano em que soltei o comunicado, todo mundo foi à festa, incluindo os chatos.

A conclusão é a seguinte: quando existe obrigatoriedade, há mais resistência. Quando a escolha é livre, há mais adesão.

E caso algum gestor resolva adotar a ideia do comunicado e aí descobrir que apenas uma minoria aceitou o convite, isso já vale por uma pesquisa de clima interno. É o terceiro cenário. Quando a maioria não quer ir é porque o ambiente não está nada bom.

Max Gehringer, para CBN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário