2012-04-11

'Meu gerente liga mais para a beleza do que para a competência dos funcionários' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/04/2012, sobre beleza física e o mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Meu gerente liga mais para a beleza do que para a competência dos funcionários'

beleza x feiura

Um ouvinte reclama: "Meu gerente dá mais atenção à beleza do que à competência dos funcionários."

Bom, vamos começar pelo que todo mundo sabe, mas nem todo mundo gosta de ouvir. Existe no mundo uma indústria trilionária voltada para a beleza: cosméticos, plásticas e por aí vai. O motivo para essa gastança generalizada é simples: qualquer ser humano normal é atraído pela beleza.

Aquela frase que diz que o mais importante é a beleza interior, faz todo o sentido, sem dúvida. Mas o resultado será muito melhor se a beleza interior vier acompanhada da beleza exterior.

Então, a primeira conclusão é a de que o gerente de nosso ouvinte é um ser humano normal. A questão é: o quanto essa atenção que ele dedica aos mais abençoados pela natureza está prejudicando os menos abençoados? Existem leis que proíbem a discriminação pela aparência física no mercado de trabalho. Se o gerente baseia suas decisões apenas naquilo que os olhos dele enxergam, isso sem dúvida, é discriminação. Se ele for além da simples atenção, pode ser assédio sexual.

Porém, se o gerente dispensa a todos os subordinados um tratamento profissional adequado, avaliando o trabalho de cada um, recomendando aumentos e promoções com base nos resultados e no comportamento, e depois disso ele dedica mais tempo para conversar com quem preferir, não sei bem do que ele poderia ser acusado.

Em resumo, se existem provas de que o gerente de nosso ouvinte privilegia somente a estética, ele deve ser anunciado. Uma carta à direção da empresa, assinada por todos os que se sentem prejudicados, seria suficiente.

Caso contrário, só nos resta aceitar, com variados graus de indignação, que deve existir um motivo para a ração humana gastar muito mais dinheiro para se embelezar do que para estudar.

Max Gehringer, para CBN.

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