2012-05-20

'Quanto tempo posso ficar longe do mercado sem perder o interesse das empresas?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/05/2012, sobre quanto tempo é aceitável ficar longe do mercado de trabalho sem que as empresas percam o interesse no candidato.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Quanto tempo posso ficar longe do mercado sem perder o interesse das empresas?'


Dúvida de um ouvinte: "Estou desempregado no momento. Quanto tempo é razoável eu permanecer sem emprego antes que as empresas comecem a achar que não vale mais a pena me chamar para entrevistas?"

Bom, eu diria que a busca normal por uma recolocação tem dois limites iniciais. No caso de cargos de liderança, são seis meses. E no caso de funções sem subordinados, três meses. Isso levando em conta vagas que são normalmente oferecidas por empresas. Quem perde, por exemplo, um emprego de técnico florestal, levará mais tempo para encontrar outro, porque as vagas não são muitas e quem está empregado dificilmente muda por vontade própria.

Outra coisa: é bastante comum que alguém que perca um emprego foque em outro emprego semelhante. Isso faz sentido porque a experiência prática é um ponto a favor. Porém, os dois limites de tempo que mencionei são também o momento em que o candidato deve começar a se questionar. Ele não estaria procurando um emprego muito específico? Não estaria focando em apenas um segmento? Será que deveria aceitar um salário mais baixo do que tinha, para não passar mais tempo longe do mercado?

Esticando a pergunta do nosso ouvinte, qual seria o momento em que as empresas passam a desconsiderar um currículo? Seria de um ano para cargos de liderança e seis meses para os demais. O que normalmente acontece é que profissionais que insistiram em preservar o salário e a função que tinham e nos primeiros meses de desemprego recusaram propostas para ganhar menos, acabam depois por aceitar propostas inferiores àquelas que recusaram.

Em resumo, o instante de parar para pensar depende de três coisas: o tempo já decorrido, a paciência para continuar procurando e, principalmente, a situação financeira.

Max Gehringer, para CBN.

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