Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/06/2012, com um sarcástico texto com prognósticos das mudanças no mercado de trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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As dez mudanças significativas do mercado de trabalho nos próximos 20 anos
Se pegarmos todos os prognósticos plenamente confiáveis de renomados especialistas sobre o mercado de trabalho, a conclusão é de que teremos dez mudanças significativas daqui a 20 anos. A saber:
Primeira: dada a velocidade com que as pessoas pulam de um emprego para outro, o tempo médio de permanência em um emprego será de 36 horas.
Segunda: a escolaridade mínima exigida para um cargo de assistente júnior do sub-coordenador, será de três doutorados. Mas, como centenas de candidatos se apresentarão com tal formação, o escolhido será aquele conseguir soletrar corretamente a palavra "empresa".
Terceira: em nome do politicamente correto, os chefes passarão a ter o título de "consultores emocionais para subordinados geniais".
Quinta: olhar para um subordinado por mais de cinco segundos, será considerado assédio moral.
Sexta: os organogramas serão extintos, para evitar que os ocupantes dos cargos mais baixos se sintam discriminados.
Sétima: um entrevistador não poderá fazer a um candidato a emprego, perguntas que possam ser percebidas como invasão de privacidade, como por exemplo, a idade, o sexo, o estado civil, o local da residência, o número de algum documento e qualquer menção à experiência profissional anterior.
Oitava: todo empregado efetivo terá assegurado o direito de discordar do que quiser, a hora que quiser, sem sofrer qualquer punição ou perseguição.
Nona: as empresas viverão num ambiente de cordialidade, igualdade, fraternidade, respeito e admiração mútua entre todos os seus felizes empregados.
E décima: os brasileiros já terão deixado, há muito tempo, de acreditar em prognósticos plenamente confiáveis de renomados especialistas sobre o mercado de trabalho.
Max Gehringer, para CBN.
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