2012-07-09

Expectativas aumentam frustrações no mercado de trabalho - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/07/2012, sobre como as expectativas em relação à carreira aumentaram e estas levaram à frustração com o mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Expectativas aumentam frustrações no mercado de trabalho

frustração

Uma palavra que vem aparecendo cada vez com mais frequência nas mensagens que recebo é frustração. Que, numa definição bem simples, é o desprazer de conviver com uma situação desconfortável e não encontrar maneiras para mudá-la. É, por exemplo, um profissional estar em um emprego muito aquém de seus estudos ou de suas habilidades, ou não ver perspectivas no trabalho atual, ou não ser reconhecido.

Algumas vezes a frustação é apenas momentânea e outras vezes pode até durar anos. E, nesse caso extremo, a sensação que fica é a da impotência para escapar da situação.

Existe um motivo para o aumento no número de frustrações. As expectativas cresceram. Ao entrar no mercado de trabalho, um jovem já acumula uma bagagem acadêmica muito maior do que aquela considerada essencial em gerações anteriores. Embora as oportunidades também tenham aumentado, proporcionalmente elas se tornaram menores em relação ao volume e ao tamanho das expectativas.

Então, aqui vão algumas dicas para evitar que a frustração momentânea possa ter consequências indesejáveis de longo prazo:

Primeira dica: não procurar culpados. Sem dúvida, culpar os chefes, os colegas ou a empresa, é mais fácil do que admitir que o problema está na própria pessoa e só pode ser resolvido por ela mesma.

Segunda: não dar atenção a gente negativa. É muito mais producente ouvir histórias de quem passou por um processo de frustração e conseguiu resolvê-lo.

Terceira: não se torturar. Ficar remoendo a mesma mágoa por horas a fio só desvia a atenção de coisas mais produtivas.

Quarta: agir. É melhor fazer alguma coisa, mesmo que dê errado, do que esperar que a situação se resolva sozinha.

E quinta: paciência. O mercado de trabalho é rápido e dinâmico, mas será sempre mais lento do que nós gostaríamos que ele fosse.

Max Gehringer, para CBN.

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