2012-11-16

'Preciso recuperar um funcionário com um gênio terrível' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/11/2012, com uma gerente que precisa recuperar um funcionário problemático.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Preciso recuperar um funcionário com um gênio terrível'

funcionário nervoso

Escreve uma ouvinte: "Sou gerente de uma empresa. Minha equipe é boa e nunca tivemos problemas de relacionamento. Por isso, recebi de meu diretor uma incumbência que não apreciei muito: a de recuperar um funcionário que todos consideram inteligente, mas que possui um gênio terrível. Apesar de seu reconhecido talento técnico, ele já passou por três outras áreas da empresa e em todas elas arrumou confusões, com vários colegas e sempre por razões banais. Confesso que não sei bem por onde começar, já que nunca tive que lidar com uma pessoa que explode por coisas insignificantes."

Vamos lá. A minha primeira sugestão é que você seja racional e profissional. Não tente entender, nem avaliar e nem relevar as razões pessoais que levam o funcionário a descarregar as frustrações nos colegas de trabalho. Isso é tarefa para um psiquiatra e essa não é a sua área de formação.

Eu sugiro que você comece explicando ao funcionário que ele é considerado muito bom no que faz, mas não é tão bom na maneira como age. Por isso, ele está tendo uma derradeira oportunidade, que terminará na primeira explosão. Aí, coloque-se a disposição para ajudar, mas deixe claro que ele não terá um tratamento diferenciado.

Se ele começar a explicar que os problemas anteriores não foram culpa dele, interrompa. E diga que a sua história com ele está começando naquele momento. Daí em diante, no final de cada dia, chame-o para conversar, elogie se ele se comportou bem, mas repita sempre que ele está sob observação constante.

Existem empresas como a sua, que fazem o possível para não demitir um funcionário. E isso é elogiável. Sobrou agora para você, mostrar onde passa a linha que separa a tolerância da omissão.

Max Gehringer, para CBN.

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