Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/12/2012, com dicas do que fazer quando temos um colega que não suportamos.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Não suporto minha colega, mas não sei explicar os motivos'
Uma ouvinte escreve: "Trabalho com uma colega que não suporto, mas não sei explicar bem porquê. Simplesmente não gosto dela. Temo que esta falta de química esteja fazendo com que eu veja nesta colega, mais defeitos do que ela realmente tenha, e me ponho a pensar que o problema talvez seja eu e não ela. Como posso manter essa minha impulsividade sob controle?"
Bom, primeiro, parabéns por sua avaliação da situação. Normalmente a tendência é determinar que o outro está errado e ponto final.
Cada um de nós tem uma sensibilidade mais extremada para um determinado tipo de pessoa: o sabe-tudo, o falador, o sarcástico. Essas não são características perigosas, que podem fazer a nossa carreira desmoronar, como seria, por exemplo, um fofoqueiro mal intencionado. Quando uma determinada característica nos incomoda, mas não aos nossos colegas, a conclusão é aquela a que a nossa ouvinte chegou: o problema é nosso e não da coletividade. Logo, procurar aliados não vai adiantar.
A maneira de lidar com emoções que começam a fugir da racionalidade é evitar contatos prolongados com a pessoa em questão: não esticar uma conversa de trabalho além do estritamente necessário, não omitir opiniões que possam ser mal interpretadas e, principalmente, não reagir com aquela cara de impaciência quando a pessoa nos procura, porque ela provavelmente nem sabe o efeito que causa.
A verdade é que nós não escolhemos os nossos colegas de trabalho. E um deles, no mínimo, será sempre alguém que nos cause antipatia. O mesmo ocorre com relação a nós. Sempre haverá um colega que não vai com a nossa cara. Ser compreensivo com os outros é apenas uma questão de reciprocidade. Às vezes, os outros somos nós.
Max Gehringer, para CBN.
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